As mutações cromossômicas favorecem a manutenção da variabilidade genética de populações naturais, embora, no processo evolutivo, tenham menor influência do que as mutações gênicas.

Alternativa correta: C — Certo

Tema central: teoria sintética da evolução — integração da genética mendeliana com a seleção natural. É preciso saber o que são mutações gênicas (pequenas alterações em genes) e mutações cromossômicas (deleções, duplicações, inversões, translocações e poliploidia) e como cada uma contribui para a variabilidade genética.

Resumo teórico

Mutações gênicas (substituições pontuais, pequenas inserções/deleções) geram grande parte da variabilidade aleatória em níveis populacionais e são a fonte contínua de novos alelos sobre os quais a seleção natural atua. Mutações cromossômicas são alterações em larga escala do material genético; algumas são deletérias, outras podem criar novas combinações de genes ou isolar sequências (ex.: inversões que protegem conjuntos adaptativos ligados).

Por que a afirmativa está correta?

Porque mutations cromossômicas contribuem para a manutenção e reorganização da variabilidade genética (por exemplo, inversões que preservam combinações vantajosas de alelos; poliploidia em plantas que aumenta a diversidade genética e pode levar à especiação). Porém, em muitas populações naturais, as mutações gênicas ocorrem com maior frequência e são a principal fonte contínua de pequenas variações sobre as quais a seleção natural e a deriva atuam — por isso as mutações gênicas têm, em média, maior influência nos processos microevolutivos cotidianos. Essa distinção entre frequência/escala de efeito e impacto evolutivo explica a frase do enunciado.

Exemplos práticos: inversões em Drosophila mantêm adaptações locais; poliploidia em plantas (ex.: trigo, muitas espécies de Brassica) produz diversidade e especiação rápida. Já substituições pontuais estão por trás de variações finas em proteínas ou regulação gênica frequentemente selecionadas.

Dica de interpretação para provas: foque nas palavras-chave — "manutenção da variabilidade" e "menor influência". Perguntas que comparam tipos de mutações costumam pedir distinções entre frequência/escala e impacto evolutivo. Lembre-se: raridade não significa irrelevância; alterações cromossômicas podem ter efeitos maiores por evento, mas ocorrem menos e, em geral, contribuem menos que mutações gênicas para a variabilidade contínua.

Fontes: Theodosius Dobzhansky (1937); Ernst Mayr (1942); Futuyma, D. J., Evolutionary Biology (capítulos sobre mutação e variação).

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