Sabe-se que “a salinização dos solos ocorre quando a concentração de sais se eleva a ponto de afetar a germinação e a densidade das culturas, bem como seu desenvolvimento vegetativo, reduzindo sua produtividade e, nos casos mais sérios, levando a morte generalizada das plantas. Aproximadamente 35% das áreas com projetos públicos no Nordeste brasileiro apresentam problemas de salinização, algumas dessas áreas já não produzem mais”. (Adaptado. www.codevasf.gov.br). Marque a opção que contém corretamente o fator causador principal e o tipo de região do mundo em geral mais suscetível à salinização dos solos.
Gabarito comentado
Alternativa correta: D — Irrigação e drenagem malfeitas – com baixo índice pluviométrico.
Tema central: salinização do solo. É o acúmulo de sais solúveis na zona das raízes a ponto de prejudicar a germinação, o crescimento e a produtividade das plantas. Esse processo é relevante em concursos porque relaciona práticas agrícolas, clima (precipitação) e manejo hídrico.
Resumo teórico claro: em regiões de clima árido ou semiárido, a evapotranspiração supera largamente a chuva. Quando se aplica água de irrigação que contém sais e não há drenagem adequada nem chuva suficiente para lixiviar esses sais para camadas mais profundas, ocorre acúmulo na superfície. Sinais: crosta salina branca, má germinação, folhas queimadas e queda de rendimento. Fontes: FAO (salinização e manejo), EMBRAPA e manuais técnicos de irrigação (ex.: CODEVASF).
Por que D é correta: a alternativa indica duas causas essenciais e integradas: manejo hídrico inadequado (irrigação mal feita) e baixa pluviosidade. Juntas, elas explicam a dinâmica da salinização — aporte de água com sais + pouca chuva para lixiviação + drenagem deficiente = acumulação salina. Essa combinação é típica do Nordeste semiárido brasileiro e de muitas áreas irrigadas no mundo.
Análise das alternativas incorretas:
A — Desmatamento abusivo: pode agravar erosão e alterar ciclo hídrico, mas não é a causa principal da salinização por si só.
B — Erosão em encostas tropicais: erosão remove o horizonte fértil (problema distinto). Encostas tropicais normalmente têm muita chuva, o que tende a evitar acúmulo salino.
C — Ação dos mares e ventos em planícies costeiras: intrusão salina e salinização por salinidade marinha ocorrem localmente (ex.: mangues, intrusão salina em aquíferos costeiros), mas globalmente a maior suscetibilidade vem de áreas áridas irrigadas.
E — Uso de agrotóxicos: contaminação química é problema diferente; agrotóxicos não são causa direta de aumento da salinidade do solo.
Dica de prova: associe a causa (acúmulo de sais) ao mecanismo físico (falta de lixiviação + água de irrigação com sais + drenagem ruim). Elimine alternativas que tratam de processos distintos (erosão, agrotóxicos) ou que representam casos locais, não a regra global.
Referências indicativas: FAO — materiais sobre salinização e manejo de irrigação; EMBRAPA — publicações sobre solos e irrigação; CODEVASF — relatórios sobre áreas salinizadas no Nordeste.
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