Na análise do desenvolvimento regional do Brasil, vários estados do Nordeste sofreram menores impactos diante da atual crise mundial, indicando crescimento superior à média nacional. Esse crescimento é explicado
Gabarito comentado
Alternativa correta: C — pelo aumento do consumo interno facilitado pela influência dos programas sociais.
Tema central: análise do crescimento regional brasileiro em contexto de crise mundial — aqui é preciso identificar fatores que protegem algumas regiões (como o Nordeste) de choques externos. A chave é entender dinâmica entre consumo interno, transferências públicas e estrutura produtiva regional.
Resumo teórico: regiões com maior dependência do mercado interno e forte presença de renda proveniente de programas sociais (transferências condicionais de renda, por exemplo) tendem a manter níveis de consumo em crises globais, reduzindo retração econômica local. No Brasil, políticas como o Bolsa Família/auxílios e o aumento do poder de compra entre famílias de baixa renda elevaram a demanda por bens e serviços locais, estimulando comércio, serviços e alguns setores industriais regionais (fontes: IBGE, IPEA).
Por que a alternativa C está certa: o Nordeste recebeu parcela significativa de transferências sociais e viu ampliação do consumo das camadas populares, o que manteve o fluxo da demanda interna. Esse consumo é menos sensível a choques externos do que setores exportadores, explicando desempenho relativo melhor na crise (dados e análises do IPEA e IBGE sobre impacto das políticas sociais no consumo).
Análise das alternativas incorretas:
A — exportações para os EUA: o Nordeste não teve aumento expressivo de exportações tradicionais direcionadas aos EUA que justifique crescimento acima da média nacional; sua economia é mais orientada ao mercado interno.
B — setor petroquímico: embora exista indústria petroquímica no Nordeste, ela não foi o fator determinante generalizado para o crescimento regional em crise — o emprego gerado é concentrado e insuficiente para explicar o efeito observado.
D — celulose e barateamento do dólar: um dólar depreciado torna exportações menos competitivas e não explica aumento de produção por exportação; além disso, a celulose não é a base da economia nordestina que sustentou o consumo interno.
E — estreitamento com Centro-Oeste: redes inter-regionais existem, mas não são a explicação principal do menor impacto da crise no Nordeste; o fator mais robusto é a demanda doméstica mantida por transferências sociais.
Estratégia de prova: prefira respostas que conectem efeitos macro (crises externas) a variáveis locais (renda, consumo, políticas públicas). Desconfie de alternativas que citam ganhos por exportação quando a região é conhecida por foco no mercado interno.
Fonte(s): análises do IBGE e IPEA sobre impactos de políticas sociais no consumo e estudos sobre regionalização do crescimento econômico brasileiro.
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