Questão 71d24912-e0
Prova:UEM 2010
Disciplina:Educação Física
Assunto:Bases Sócio-Históricas da Educação Física

No século XIX, mesmo com as reinvindicações da classe operária por redução das jornadas de trabalho, os trabalhadores não obtiveram acesso a um tempo destinado ao lazer.

Com as novas possibilidades de desenvolvimento da economia, desde o final do século XVIII, e com a intensificação da produção industrial, os valores se modificaram, impondo alterações no modo e nas condições de vida, permitindo pouco tempo para o lazer. Sobre o tema, assinale a alternativa correta.

C
Certo
E
Errado

Gabarito comentado

O
Osvaldo TorresMonitor do Qconcursos

Resposta: E — Errado

Por que a sentença é equivocada?

A afirmação absoluta de que, no século XIX, "os trabalhadores não obtiveram acesso a um tempo destinado ao lazer" é incorreta. Embora a Revolução Industrial tenha imposto longas jornadas e condições duras, o século XIX também testemunhou conquistas graduais da classe operária que abriram espaço para tempo livre e formas de lazer.

Pontos-chaves históricos:

- Movimentos operários e legislação: leis inglesas como o Factory Act (1833) e a Ten Hours Act (1847) limitaram jornadas para mulheres e crianças e impulsionaram debates sobre redução do tempo de trabalho; isso sinaliza ganhos parciais no acesso ao tempo livre.

- Cultura e lazer urbanos: a urbanização e os transportes (ferrovias) permitiram passeios, visitas a parques, casas de espetáculo, salões e o surgimento de clubes esportivos (futebol, por exemplo) já na 2ª metade do século XIX.

- Luta por jornada de 8 horas: a reivindicação ganhou força no final do século XIX e levou a avanços no início do século XX (a OIT consolidou normas sobre jornada em 1919), mostrando um processo em construção já no século XIX.

Estratégia para provas: desconfie de enunciados absolutos ("não obtiveram", "sempre", "nunca"). Historicamente é mais frequente encontrar processos graduais e desigualdade no acesso aos benefícios — alguns grupos obtiveram melhorias antes de outros.

Fontes sugeridas: E.P. Thompson, The Making of the English Working Class (1963); Eric Hobsbawm, The Age of Capital (1975); legislação britânica (Factory Acts) e convenções da OIT.

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