In Text 7 we can see a repetition of the sentence
“ninguém nunca os viu.” By translating it to English
mark the sentence which is grammatically correct:
TEXTO 7
Ao mar
Choveu dias e depois amanheceu. Joel chegou à
janela e olhou o quintal: estava tudo inundado! Joel
vestiu-se rapidamente, disse adeus à mãe, embarcou
numa tábua e pôs-se a remar. Hasteou no mastro
uma bandeira com a estrela de David...
O barco navegava mansamente. As noites se
sucediam, estreladas. No cesto de gávea Joel vigiava
e pensava em todos os esplêndidos aventureiros:
Krishna, o faquir que ficou cento e dez dias comendo
cascas de ovo; Mac-Dougal, o inglês que escalou
o Itatiaia com uma das mãos amarradas às costas;
Fred, que foi lançado num barril ao golfo do México
e recolhido um ano depois na ilha da Pintada. Moma,
irmão de sangue de um chefe comanche; Demócrito
que dançava charleston sobre fios de alta tensão...
— A la mar! A la mar! – gritava Joel entoando
cânticos ancestrais. Despertando pela manhã,
alimentava-se de peixes exóticos; escrevia no diário
de bordo e ficava a contemplar as ilhas. Os nativos
viam-no passar – um ser taciturno, distante, nas
águas, distante do céu. Certa vez – uma tempestade!
Durou sete horas. Mas não o venceu, não o venceu!
E os monstros? Que dizer deles, se nunca ninguém
os viu?
Joel remava afanosamente; às vezes, parava só
para comer e escrever no diário de bordo. Um dia,
disse em voz alta: "Mar, animal rumorejante!" Achou
bonita esta frase; até anotou no diário. Depois, nunca
mais falou.
À noite, Joel sonhava com barcos e mares, e ares
e céus, e ventos e prantos, e rostos escuros, monstros
soturnos. Que dizer destes monstros, se nunca ninguém
os viu?
— Joel, vem almoçar! – gritava a mãe.
Joel viajava ao largo; perto da África.
(SCLIAR, Moacyr. Melhores contos. Seleção de Regina
Zilbermann. São Paulo: Global, 2003. p. 105/106.)
Ao mar
Choveu dias e depois amanheceu. Joel chegou à janela e olhou o quintal: estava tudo inundado! Joel vestiu-se rapidamente, disse adeus à mãe, embarcou numa tábua e pôs-se a remar. Hasteou no mastro uma bandeira com a estrela de David...
O barco navegava mansamente. As noites se sucediam, estreladas. No cesto de gávea Joel vigiava e pensava em todos os esplêndidos aventureiros: Krishna, o faquir que ficou cento e dez dias comendo cascas de ovo; Mac-Dougal, o inglês que escalou o Itatiaia com uma das mãos amarradas às costas; Fred, que foi lançado num barril ao golfo do México e recolhido um ano depois na ilha da Pintada. Moma, irmão de sangue de um chefe comanche; Demócrito que dançava charleston sobre fios de alta tensão...
— A la mar! A la mar! – gritava Joel entoando cânticos ancestrais. Despertando pela manhã, alimentava-se de peixes exóticos; escrevia no diário de bordo e ficava a contemplar as ilhas. Os nativos viam-no passar – um ser taciturno, distante, nas águas, distante do céu. Certa vez – uma tempestade! Durou sete horas. Mas não o venceu, não o venceu!
E os monstros? Que dizer deles, se nunca ninguém os viu?
Joel remava afanosamente; às vezes, parava só para comer e escrever no diário de bordo. Um dia, disse em voz alta: "Mar, animal rumorejante!" Achou bonita esta frase; até anotou no diário. Depois, nunca mais falou.
À noite, Joel sonhava com barcos e mares, e ares e céus, e ventos e prantos, e rostos escuros, monstros soturnos. Que dizer destes monstros, se nunca ninguém os viu?
— Joel, vem almoçar! – gritava a mãe. Joel viajava ao largo; perto da África.
(SCLIAR, Moacyr. Melhores contos. Seleção de Regina Zilbermann. São Paulo: Global, 2003. p. 105/106.)
Gabarito comentado
Resposta correta: C - Nobody has ever seen them.
Tema central: tradução e análise sintática de negações. É preciso reconhecer que ninguém já é uma palavra negativa em português; em inglês usamos nobody e, para expressar "nunca" no sentido de "em qualquer tempo", é natural empregar o present perfect com ever.
Resumo teórico: - "Nobody" é um pronome negativo; não se combina com outra forma de negação (evita-se dupla negação em inglês padrão). - Para indicar experiência ao longo do tempo até o presente, usa-se present perfect (have/has + past participle) com ever/never. Fontes: Michael Swan, Practical English Usage; Cambridge Grammar.
Justificativa da alternativa C: "Nobody has ever seen them." traduz corretamente "ninguém nunca os viu" no sentido habitual de "até hoje ninguém os viu". Aqui: - "Nobody" fornece a negação; - "has seen" (present perfect) indica experiência até o presente; - "ever" reforça o sentido de "em algum momento (até agora)".
Análise das incorretas: - A: "Nobody never saw them." — contém dupla negação (nobody + never) e usa passado simples; em inglês padrão isso é errado/coloquial e confuso. - B: "Nobody didn’t see them." — usa auxílio negativo "didn’t" junto com "nobody": estrutura logicamente contraditória e gramaticalmente incorreta. - D: "Nobody hasn’t seen them." — dupla negação (nobody + hasn’t) produz incoerência; além disso a negativa no auxiliar não combina com "nobody".
Dica prática: ao traduzir negativas, identifique primeiro se o sujeito já é negativo (nobody, nothing, no one). Se sim, evite adicionar outra negação; para "nunca" no sentido de experiência use present perfect + ever/never.
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