Uma crítica ao modelo tradicional de desenvolvimento proposto pela Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA) no continente sul americano refere-se à:

Alternativa correta: E

Tema central: a questão aborda críticas ao modelo de desenvolvimento baseado na Integração da Infraestrutura Regional Sul‑Americana (IIRSA). É preciso entender como projetos de infraestrutura transfronteiriça impactam meio ambiente, povos tradicionais e a regulamentação ambiental.

Resumo teórico: IIRSA propõe corredores rodoviários, hidroviários e elétricos para integrar mercados. Críticas centrais — apontadas por organismos como CEPAL/ECLAC e ONGs socioambientais — destacam a promoção do extrativismo, a priorização de grandes obras e a pressão para flexibilizar licenças e normas ambientais, o que pode ameaçar comunidades indígenas, quilombolas e pequenos agricultores. Instrumentos internacionais relevantes: Convenção 169 da OIT e a Declaração da ONU sobre Direitos dos Povos Indígenas; no Brasil, o artigo 231 da Constituição reconhece direitos territoriais indígenas.

Justificativa da alternativa correta (E): A crítica mencionada refere‑se diretamente à flexibilização das leis ambientais para viabilizar obras de grande porte — por exemplo, rodovias, hidrelétricas e minerodutos — sem consulta ou proteção adequadas. Isso resulta em perda de territórios, degradação de recursos naturais e ameaças a modos de vida de indígenas e quilombolas, condizendo com as principais objeções ao modelo IIRSA.

Análise das alternativas incorretas:

A: Ampliação do poder de agências norte‑americanas como o FMI — não é a crítica principal a IIRSA; IIRSA é um programa regional de integração física, não uma política de ajuste macroeconômico conduzida pelo FMI.

B: Limitação de circulação de pessoas — ao contrário: IIRSA busca aumentar a conectividade e circulação de bens e pessoas.

C: Acumulação de poder nas potências tradicionais (Brasil e Argentina) — embora haja assimetrias regionais, a crítica dominante concentra‑se nos impactos socioambientais e no favorecimento de atores econômicos, não especificamente na concentração bilateral de poder.

D: Redução das soberanias nacionais pela abertura das fronteiras — a integração física pode provocar tensões sobre soberania, mas a crítica mais direta é sobre a flexibilização ambiental e social para viabilizar projetos, não a perda formal de soberania.

Dica para prova: identifique palavras‑chave no enunciado como “crítica ao modelo… IIRSA” e relacione com impactos socioambientais. Em questões sobre infraestrutura regional, aponte sempre a ligação entre obras, flexibilização normativa e afetados locais.

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