Questão 6cec7667-eb
Prova:
Disciplina:
Assunto:
“Nos anos 20, Henry Ford fabricava mais de dois milhões de automóveis por ano, cada
um idêntico nos mínimos detalhes ao anterior e ao próximo da linha de montagem.
Certa vez, Ford comentou ironicamente que seus clientes podiam escolher qualquer cor
que quisessem para seu modelo T, contanto que fosse preto. Este princípio de produtos
padronizados fabricados em massa definiu a regra para a industrialização, por mais de
meio século” (Jeremy Rifkin, O fim dos empregos: o declínio dos níveis dos empregos e a
redução da força global de trabalho). Sobre o conceito de fordismo, é correto afirmar:
“Nos anos 20, Henry Ford fabricava mais de dois milhões de automóveis por ano, cada
um idêntico nos mínimos detalhes ao anterior e ao próximo da linha de montagem.
Certa vez, Ford comentou ironicamente que seus clientes podiam escolher qualquer cor
que quisessem para seu modelo T, contanto que fosse preto. Este princípio de produtos
padronizados fabricados em massa definiu a regra para a industrialização, por mais de
meio século” (Jeremy Rifkin, O fim dos empregos: o declínio dos níveis dos empregos e a
redução da força global de trabalho). Sobre o conceito de fordismo, é correto afirmar:
A partir da leitura do texto “De volta à condição proletária”, de Ruy Braga e Marco
Aurélio Santana, responda à questão.
“Berço histórico do chamado ‘novo sindicalismo’ brasileiro, o Sindicato dos Metalúrgicos
do ABC comemorou 50 anos de existência no último dia 12 de maio. É praticamente
impossível lembrar dessa efeméride sem associá-la àquele movimento grevista do ano de
1978 que renovou o cenário político brasileiro catalisando o fim da ditadura e impulsionando a luta pela redemocratização do país por meio, principalmente, da criação do Partido
dos Trabalhadores (PT) – e, posteriormente, da Central Única dos Trabalhadores (CUT). (…)
Amalgamada pelo desenvolvimento industrial acelerado, pelo despotismo fabril, por
condições de trabalho degradantes, pelo autoritarismo estatal e por intensos fluxos migratórios, essa ‘nova’ classe trabalhadora fordista, periférica, do ABC paulista não tardaria a
contradizer os prognósticos sociológicos do início dos anos 1970. Em vez de politicamente
‘passiva’, pois carente de ‘tradições’ organizativas, ela seria militante e rebelde. (…)
Contudo, como indicava a filósofa Simone Weil, ‘a condição operária muda continuamente’ (…)
As razões para o desmanche da classe mobilizada e o retorno a uma condição proletária
indiferenciada são conhecidas e enlaçam processos econômicos, políticos e simbólicos. Indo
do geral ao particular, parece-nos que a mundialização capitalista, tendo os mercados financeiros à frente, responde por parte substantiva dos motivos que geraram essa realidade.
Nos países capitalistas avançados, após a longa transição dos anos 1970, a entrada em
cena de quantidades desmedidas de capitais financeiros – na forma de fundos de pensão,
fundos mútuos, seguros e fundos hedge – reconfigurou o modelo de desenvolvimento
fordista que vigorava até então. Resultante da desregulamentação dos mercados de capitais e da contraonfesiva política neoliberal, somadas ao desenvolvimento das tecnologias
da informação, um novo regime de acumulação financeirizado emergiu para restabelecer a
lucratividade da empresas. (…)
No Brasil, a década de 1990 foi marcada por essas características. As transformações
produtivas incrementaram o desemprego e degradaram o ambiente laboral, desestruturando ainda mais nosso mercado de trabalho. O aumento da concorrência entre os trabalhadores foi acompanhado pela multiplicação das formas, até então atípicas, de contratação
de trabalho. (…)
Uma imagem capaz de ilustrar com nitidez o especial significado das transformações do
mundo do trabalho no Brasil contemporâneo talvez seja a da ocupação que mais cresceu
em termos numéricos nos anos recentes: os operários de telemarketing. Amalgamado
pelos investimentos no setor de serviços, pelas privatizações, pelas tercerizações, pela rotatividade, pela informatização e pela financeirização das empresas, esse ‘infoproletariado’,
carente de tradições organizativas e, portanto, despolitizado e com baixa aparição coletiva
na cena pública, é a verdadeira antítese da classe mobilizada das greves de 1978”.
“De volta à condição proletária”, Ruy Braga e Marco Aurélio Santana, Revista Cult, ano 12, número
139. Texto adaptado.
A partir da leitura do texto “De volta à condição proletária”, de Ruy Braga e Marco
Aurélio Santana, responda à questão.
“Berço histórico do chamado ‘novo sindicalismo’ brasileiro, o Sindicato dos Metalúrgicos
do ABC comemorou 50 anos de existência no último dia 12 de maio. É praticamente
impossível lembrar dessa efeméride sem associá-la àquele movimento grevista do ano de
1978 que renovou o cenário político brasileiro catalisando o fim da ditadura e impulsionando a luta pela redemocratização do país por meio, principalmente, da criação do Partido
dos Trabalhadores (PT) – e, posteriormente, da Central Única dos Trabalhadores (CUT). (…)
Amalgamada pelo desenvolvimento industrial acelerado, pelo despotismo fabril, por
condições de trabalho degradantes, pelo autoritarismo estatal e por intensos fluxos migratórios, essa ‘nova’ classe trabalhadora fordista, periférica, do ABC paulista não tardaria a
contradizer os prognósticos sociológicos do início dos anos 1970. Em vez de politicamente
‘passiva’, pois carente de ‘tradições’ organizativas, ela seria militante e rebelde. (…)
Contudo, como indicava a filósofa Simone Weil, ‘a condição operária muda continuamente’ (…)
As razões para o desmanche da classe mobilizada e o retorno a uma condição proletária
indiferenciada são conhecidas e enlaçam processos econômicos, políticos e simbólicos. Indo
do geral ao particular, parece-nos que a mundialização capitalista, tendo os mercados financeiros à frente, responde por parte substantiva dos motivos que geraram essa realidade.
Nos países capitalistas avançados, após a longa transição dos anos 1970, a entrada em
cena de quantidades desmedidas de capitais financeiros – na forma de fundos de pensão,
fundos mútuos, seguros e fundos hedge – reconfigurou o modelo de desenvolvimento
fordista que vigorava até então. Resultante da desregulamentação dos mercados de capitais e da contraonfesiva política neoliberal, somadas ao desenvolvimento das tecnologias
da informação, um novo regime de acumulação financeirizado emergiu para restabelecer a
lucratividade da empresas. (…)
No Brasil, a década de 1990 foi marcada por essas características. As transformações
produtivas incrementaram o desemprego e degradaram o ambiente laboral, desestruturando ainda mais nosso mercado de trabalho. O aumento da concorrência entre os trabalhadores foi acompanhado pela multiplicação das formas, até então atípicas, de contratação
de trabalho. (…)
Uma imagem capaz de ilustrar com nitidez o especial significado das transformações do
mundo do trabalho no Brasil contemporâneo talvez seja a da ocupação que mais cresceu
em termos numéricos nos anos recentes: os operários de telemarketing. Amalgamado
pelos investimentos no setor de serviços, pelas privatizações, pelas tercerizações, pela rotatividade, pela informatização e pela financeirização das empresas, esse ‘infoproletariado’,
carente de tradições organizativas e, portanto, despolitizado e com baixa aparição coletiva
na cena pública, é a verdadeira antítese da classe mobilizada das greves de 1978”.
“De volta à condição proletária”, Ruy Braga e Marco Aurélio Santana, Revista Cult, ano 12, número
139. Texto adaptado.
A
Trata-se de um modelo de produção que, comparado à produção em massa, combina novas
técnicas gerenciais e utiliza metade dos recursos humanos e materiais, com base no princípio justin-time.
B
Trata-se de uma forma específica de organização do processo de trabalho industrial que aprimorou
os princípios tayloristas e introduziu novos, segundo o qual a concepção e o ritmo de produção
escapam ao controle do trabalhador, que executa tarefas pré-definidas de modo repetitivo.
C
Trata-se de um modelo de produção apoiado no trabalho de equipe polivalente e concebido
para extrair o máximo da capacidade elaborativa de todas as pessoas envolvidas no processo de
produção do automóvel.
D
Trata-se de um modelo de engenharia cooperativa baseado na ideia de que a projeção de
uma nova mercadoria depende do trabalho conjunto, sintonizado e articulado de todos os
trabalhadores, durante todas as etapas: projeto, produção, distribuição, marketing e vendas.
E
Trata-se de um modelo apoiado no princípio clássico taylorista de administração científica que suprime a tradicional hierarquia gerencial pelo trabalho em equipes polivalentes, situadas diretamente na
produção.