As sucessivas transformações espaciais engendradas pela reprodução do capital e pela ação humana que ocorrem em escala planetária, a partir das determinações econômicas do modo de produção capitalista, em suas manifestações críticas e contraditórias, mediadas pela generalização do mercado e da propriedade privada, podem ser adequadamente compreendidas sob a perspectiva da

Alternativa correta: A

1. Tema central
A questão trata da interpretação espacial a partir das relações de produção capitalista — ou seja, como a reprodução do capital e as determinações econômicas do modo de produção capitalista moldam transformações espaciais em escala planetária. Palavra-chave: reprodução do capital, que indica leitura marxista-dialética do espaço.

2. Resumo teórico progressivo
A perspectiva da produção do espaço (Lefebvre, 1974; Harvey, 1973/1989) entende o espaço não como pano de fundo neutro, mas como resultado social: o espaço é produzido pelas relações sociais e pelas dinâmicas do capital. Essa abordagem usa o materialismo histórico e dialético como método para explicar contradições, conflitos e desigualdades espaciais geradas pelo mercado, propriedade privada e acumulação de capital.

Fontes básicas: Henri Lefebvre, La production de l'espace (1974); David Harvey, Social Justice and the City (1973) e The Condition of Postmodernity (1989); textos clássicos de Marx sobre materialismo histórico.

3. Justificativa da alternativa correta (A)
O enunciado menciona explicitamente: reprodução do capital, determinações econômicas do modo de produção capitalista, mediação pela generalização do mercado e da propriedade privada — conceitos centrais da produção capitalista do espaço, que utiliza o materialismo histórico-dialético para explicar as transformações espaciais. Assim, a alternativa A corresponde exatamente a essa matriz teórica.

4. Por que as outras alternativas estão incorretas
B — Ecologia Humana, Escola de Chicago: focaliza interações entre população e ambiente urbano via estruturas sociais e institucionalismo, mas não enfatiza a centralidade do capital nem o método dialético; sua ênfase é funcionalista/empírica, não marxista.

C — Geografia Humanista: apoia-se em fenomenologia e enfatiza experiência, sentido e subjetividade do lugar (Yi-Fu Tuan), não explicando transformações espaciais a partir das determinações econômicas do capital.

D — Geografia Regional (origem francesa): trata de delimitação e caracterização de regiões; embora importante historicamente, não corresponde à explicação dialética e crítica da produção espacial vinculada ao capital.

5. Estratégia de prova
Procure por termos-chave: “reprodução do capital”, “modo de produção capitalista”, “mercado”, “propriedade privada” — eles sinalizam leitura marxista/estrutural. Elimine alternativas que privilegiam método fenomenológico, funcionalista ou descritivo-regional.

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