No período: “O pai lembrou a filha do seu dever” observa-se uma possível dúvida com relação ao sentido pretendido devido ao uso
Gabarito comentado
Tema central: A questão exige o reconhecimento da ambiguidade causada pelo uso do pronome possessivo "seu" na frase apresentada. Trata-se, portanto, de uma questão sobre morfossintaxe (pronomes possessivos) e interpretação semântica, tópico comum em provas de Vestibular.
Justificativa da alternativa correta (D):
O pronome possessivo “seu” pode se referir tanto a “O pai” quanto a “a filha”, tornando ambíguo a quem pertence o dever: seria o dever do pai ou o dever da filha? Esse tipo de ambiguidade é claramente destacado em gramáticas consagradas, como Bechara e Cunha & Cintra. Para desfazer a ambiguidade, recomenda-se substituir “seu” por “dele” ou “dela”:
“O pai lembrou a filha do dever dela” (dever da filha) ou “do dever dele” (dever do pai).
O Manual de Redação da Presidência da República orienta a evitar ambiguidade especialmente em comunicações oficiais, e o mesmo se aplica em vestibulares: sempre que houver risco de dupla interpretação, a forma mais explícita deve ser escolhida.
Análise das alternativas incorretas:
A) O artigo “O” define "pai", não gera ambiguidade.
B) O artigo “a” também apenas define "filha", sem causar dúvida.
C) A preposição “de” é parte da regência verbal correta após “lembrar”, e não provoca imprecisão.
E) “dever” não é um substantivo indefinido, mas concreto no contexto apresentado.
Atenção para pegadinhas: Muitos candidatos se confundem por excesso de análise sobre artigos ou regência, mas o centro da questão sempre será aquilo que realmente compromete a clareza semântica do período.
DICA: Sempre verifique se o pronome possessivo é, de fato, inequívoco no contexto dado. Se não for, prefira formas como “dele/dela”.
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