Em junho de 2015, o Papa Francisco tornou pública a
encíclica Laudato sí (Louvado sejas), na qual trata do
meio ambiente e da atual crise ecológica, conforme
trecho a seguir.
48. O ambiente humano e o ambiente natural degradam-se
em conjunto; e não podemos enfrentar adequadamente a
degradação ambiental, se não prestarmos atenção às causas
que têm a ver com a degradação humana e social. De fato, a
deterioração do meio ambiente e a da sociedade afetam de
modo especial os mais frágeis do planeta: 'Tanto a experiência
comum da vida quotidiana como a investigação científica
demonstram que os efeitos mais graves de todas as agressões
ambientais recaem sobre as pessoas mais pobres'. Por exemplo
(...), a poluição da água afeta particularmente os mais pobres
que não têm possibilidades de comprar água engarrafada, e a
elevação do nível do mar afeta principalmente as populações
costeiras mais pobres que não têm para onde se transferir. O
impacto dos desequilíbrios atuais manifesta-se também na
morte prematura de muitos pobres, nos conflitos gerados pela
falta de recursos e em muitos outros problemas que não têm
espaço suficiente nas agendas mundiais.
Apud http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/
papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html
No trecho selecionado da encíclica, o papa estabelece
Em junho de 2015, o Papa Francisco tornou pública a encíclica Laudato sí (Louvado sejas), na qual trata do meio ambiente e da atual crise ecológica, conforme trecho a seguir.
48. O ambiente humano e o ambiente natural degradam-se em conjunto; e não podemos enfrentar adequadamente a degradação ambiental, se não prestarmos atenção às causas que têm a ver com a degradação humana e social. De fato, a deterioração do meio ambiente e a da sociedade afetam de modo especial os mais frágeis do planeta: 'Tanto a experiência comum da vida quotidiana como a investigação científica demonstram que os efeitos mais graves de todas as agressões ambientais recaem sobre as pessoas mais pobres'. Por exemplo (...), a poluição da água afeta particularmente os mais pobres que não têm possibilidades de comprar água engarrafada, e a elevação do nível do mar afeta principalmente as populações costeiras mais pobres que não têm para onde se transferir. O impacto dos desequilíbrios atuais manifesta-se também na morte prematura de muitos pobres, nos conflitos gerados pela falta de recursos e em muitos outros problemas que não têm espaço suficiente nas agendas mundiais.
Apud http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/ papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html
No trecho selecionado da encíclica, o papa estabelece
Gabarito comentado
Resposta: Alternativa A
Tema central: a questão trata da relação entre desigualdade social e a fragilidade do equilíbrio ecológico — isto é, como a degradação ambiental e a vulnerabilidade humana se reforçam mutuamente, afetando especialmente os mais pobres.
Resumo teórico: conceitualmente, isso envolve noções de vulnerabilidade socioambiental e justiça ambiental: comunidades com menor poder econômico e político sofrem mais com poluição, perda de recursos e eventos climáticos extremos. A leitura crítica usa exemplos práticos (poluição da água, elevação do nível do mar) para mostrar impacto desigual. Fontes úteis: Encíclica Laudato Si’ (Papa Francisco, 2015, n.48), Relatórios do IPCC (2021) sobre impactos diferenciados do clima, e o princípio constitucional brasileiro sobre meio ambiente (CF/88, art.225) que relaciona proteção ambiental e bem-estar social.
Por que A é correta: o trecho explora explicitamente que “o ambiente humano e o ambiente natural degradam‑se em conjunto” e que os efeitos mais graves das agressões ambientais “recaem sobre as pessoas mais pobres”. Essa formulação expressa exatamente a relação entre desigualdade social e fragilidade ecológica, conforme afirmado na alternativa A.
Análise das alternativas incorretas:
B — fala de responsabilidade humana no aquecimento global e sua ligação com elevação do nível do mar. Embora o texto cite a elevação do nível do mar, sua ênfase é sobre quem sofre (os pobres), não sobre atribuição científica de causa.
C — aborda desenvolvimento tecnológico e progresso moral; o trecho não discute tecnologia nem um progresso moral correlato, portanto é desviada do foco.
D — aponta a política internacional para uso das águas. O texto menciona acesso à água, mas enfatiza desigualdade interna e impacto sobre os pobres, não política internacional.
E — destaca preservar o bem comum e a água potável. Embora parcialmente relacionado (água é exemplo), a alternativa reduz o tema ao bem comum/água, sem abarcar a relação social-ecológica central do trecho.
Dica de prova: identifique palavras-chave (ex.: “mais frágeis”, “mais pobres”, “em conjunto”) e questione se a alternativa reproduz a ideia global do trecho ou apenas um detalhe; elimine opções muito específicas ou que acrescentam conceitos não presentes.
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