Leia:
"O tombamento dos Jardins [modalidade de bairro no
município de São Paulo] foi pioneiro na polêmica
atitude dos órgãos de preservação de buscar
salvaguardar extensos contextos urbanos cuja
destruição ocorre em vista das precariedades das
legislações de zoneamento. Buscaram-se mecanismos
para proteger a 'paisagem urbana' (...)"
(Silvia F. S. WOLFF. Jardim América. São Paulo: Edusp, 2015. p. 23)
Tendo em vista essa intenção de preservar "paisagens
urbanas" pode ser dito que
Leia:
"O tombamento dos Jardins [modalidade de bairro no município de São Paulo] foi pioneiro na polêmica atitude dos órgãos de preservação de buscar salvaguardar extensos contextos urbanos cuja destruição ocorre em vista das precariedades das legislações de zoneamento. Buscaram-se mecanismos para proteger a 'paisagem urbana' (...)"
(Silvia F. S. WOLFF. Jardim América. São Paulo: Edusp, 2015. p. 23)
Tendo em vista essa intenção de preservar "paisagens
urbanas" pode ser dito que
Gabarito comentado
Alternativa correta: A
Tema central: preservação do patrimônio e a noção de paisagem urbana. A questão exige compreender que ações de tombamento e proteção de conjuntos urbanos integram políticas de patrimônio cultural e ambiental praticadas em muitas cidades e países.
Resumo teórico rápido: "Tombamento" é instrumento jurídico de proteção do patrimônio (podendo ser federal, estadual ou municipal). A partir da Constituição Federal (art. 216) e do marco legal como o Decreto‑Lei nº 25/1937 (criação do tombamento no Brasil) e políticas urbanas (Lei nº 10.257/2001 — Estatuto da Cidade), gestores adotaram a proteção de conjuntos e paisagens urbanas. Internacionalmente, a recomendação "Historic Urban Landscape" da UNESCO (2011) reforça a ideia de proteger contextos urbanos amplos, não só edifícios isolados.
Por que a alternativa A é correta: afirma que essas ações se inserem em políticas comuns a diversos países e cidades — isto é verdade. Há um movimento global de conservação urbana que alia patrimônio arquitetônico, paisagístico e ambiental (ex.: áreas históricas protegidas, zonas de proteção ambiental urbana, sítios do patrimônio mundial). A referência à busca de salvaguardar contextos urbanos diante de legislações de zoneamento fracas se encaixa exatamente nessa tendência.
Análise das alternativas incorretas:
B: Incorreta — nega a existência de "paisagens urbanas". Na geografia e no planejamento, paisagem é conceito aplicável ao urbano: trata-se de composição física, cultural e social visível no espaço da cidade. Portanto a expressão é legítima e usada amplamente.
C: Incorreta — afirma que proteção não faz sentido porque contextos urbanos são rígidos e se degradam pouco. Ao contrário, contextos urbanos são dinâmicos e sujeitos à pressão imobiliária, demolições e perda de valores patrimoniais, justificando mecanismos de proteção.
D: Incorreta — diz que populações não reivindicam proteção urbana por suposta falta de afeição. Muitos movimentos comunitários defendem patrimônios locais (memória, identidade, qualidade ambiental), portanto a afirmação é generalizadora e falsa.
Dica de interpretação: procure palavras‑chave (ex.: "paisagem urbana", "mecanismos para proteger") e relacione com políticas públicas e tendências internacionais. Desconfie de alternativas que neguem conceitos consagrados ou façam afirmações absolutas.
Fontes úteis: Constituição Federal (art. 216), Decreto‑Lei nº 25/1937, Lei nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade), UNESCO — Historic Urban Landscape (2011).
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