Leia o excerto abaixo:
Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Leeds, no
Reino Unido, e publicado na revista Nature apontou que o desmatamento em grande escala na Amazônia pode levar à diminuição das
chuvas no Brasil. O bioma seria o mais afetado pelo desmate da floresta
tropical, correndo o risco de apresentar, até 2050, uma queda de 21%
na quantidade de precipitações durante o período de seca e de 12%
durante a estação úmida. Mas o regime de chuvas em outras regiões
do país também pode apresentar mudanças por conta do desmatamento na Floresta Amazônica: nas áreas próximas à bacia do rio Prata,
por exemplo, que está localizada no sul do Brasil, as chuvas tendem a
diminuir, pelo menos, 4% nos próximos 30 anos por conta do desmate.
(http://exame.abril.com.br/mundo/noticias/
desmatamento-na-amazonia-afeta-regime-de-chuvas Acesso:18/08/2015)
A diminuição das chuvas, em todo o Brasil, tem como uma de suas
causas fundamentais o desmatamento da Floresta Amazônica, devido
ao fato de:
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa A
1. Tema central: Entendimento de como o desmatamento na Amazônia altera o ciclo hidrológico regional e nacional, especialmente por redução da evapotranspiração e da reciclagem de umidade atmosférica (os chamados “rios voadores”). Esse conhecimento é recorrente em questões de ecologia aplicada e clima.
2. Resumo teórico: Plantas liberam água para a atmosfera por evapotranspiração. Na Amazônia esse vapor é transportado pelos ventos para outras regiões do Brasil, contribuindo para a formação de nuvens e precipitação. O corte da vegetação reduz a quantidade de vapor liberado, diminuindo a umidade disponível e, consequentemente, as chuvas em áreas distantes (conceito apoiado por estudos científicos sobre reciclagem de umidade, p.ex. trabalhos sobre “flying rivers” e simulações climáticas publicados em periódicos como Nature).
3. Justificativa da alternativa A: A alternativa A explica precisamente esse mecanismo: evapotranspiração favorece formação de nuvens, o que pode levar à precipitação em outras regiões. É o elo causal correto entre desmatamento na Amazônia e a diminuição das chuvas no Brasil.
4. Por que as outras alternativas estão incorretas:
B: Assoreamento reduz capacidade dos rios, mas não é o mecanismo principal que controla regime de chuvas em larga escala; chuva depende mais da umidade atmosférica transportada que do volume fluvial.
C: Lixiviação refere‑se à remoção de nutrientes do solo e não “dificulta a evaporação da água dos rios”; a lógica é inconsistente.
D: Eutrofização altera qualidade da água e pode gerar florações, mas não reduz significativamente o volume de água transportado a ponto de alterar o regime pluviométrico regional.
E: Desmatamento pode afetar recarga de lençóis freáticos localmente, porém a causa direta da redução de chuvas em escala regional/nacional é a menor evapotranspiração e reciclaje de umidade atmosférica, não exclusivamente a diminuição de aquíferos.
5. Estratégia para prova: Procure palavras‑chave como evapotranspiração, reciclagem de umidade ou “transporte atmosférico de vapor”. Desconfie de alternativas que misturam processos locais (eutrofização, assoreamento) com efeitos climáticos em larga escala sem conexão causal clara.
Fontes/leituras recomendadas: relatórios do IPCC sobre ciclo hidrológico, artigos sobre “flying rivers” (Antonio Nobre) e estudos climáticos publicados em Nature e similares.
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