O vazamento de petróleo causado pela explosão da plataforma oceânica no Golfo do México, em abril de 2010,
provocou um desastre ambiental de grandes proporções. Com relação às possíveis consequências das manchas de petróleo na superfície do oceano, considere as afirmativas a seguir.
I. Interferem na passagem de luz, prejudicando a fotossíntese das algas.
II. Provocam a proliferação de dinoflagelados, causando o fenômeno da “maré vermelha”.
III. Modificam o pH da água do oceano, liberando gases que ocasionam o aumento do buraco na camada de
ozônio.
IV. Afetam a difusão do oxigênio da atmosfera para a água do oceano.
Assinale a alternativa correta.
Gabarito comentado
Alternativa correta: B — Somente as afirmativas I e IV são corretas.
Tema central: impactos de derramamentos de petróleo na superfície marinha — sobretudo efeitos sobre fotossíntese e trocas gasosas. Conhecimentos necessários: ecologia de ecossistemas marinhos, processos de penetração de luz na coluna d’água, e mecanismos de difusão gasosa entre ar e água.
Resumo teórico: uma película de óleo na superfície forma uma barreira física que reduz a entrada de luz e dificulta a difusão de gases (O2 e CO2). Fotossíntese de fitoplâncton depende de luz; a troca gasosa depende da área molhada e do contato direto entre água e ar. Manifestações como “maré vermelha” (blooms de dinoflagelados) resultam principalmente de excesso de nutrientes e condições oceanográficas, não diretamente do óleo. A destruição da camada de ozônio é associada a substâncias halogenadas estratosféricas (CFCs), não a óleos derramados.
Justificativa da alternativa B: I — correta: a película de óleo diminui a penetração de luz, prejudicando a fotossíntese de algas (fonte: NOAA/EPA sobre impactos de oil spills). IV — correta: filme oleoso reduz a difusão do oxigênio da atmosfera para a água, favorecendo zonas com menor oxigenação localmente.
Por que II e III estão erradas:
II — incorreta: derramamento de petróleo não provoca diretamente proliferação de dinoflagelados; blooms (maré vermelha) são associados a nutrientes (eutrofização), temperatura, correntes e ciclo de vida dos organismos (fonte: UNESCO/IOC, NOAA sobre HABs).
III — incorreta: óleo derramado não altera o pH oceânico de forma a liberar gases que aumentem o buraco da camada de ozônio. A destruição da camada de ozônio está ligada a substâncias halogenadas estratosféricas (ex.: CFCs), conforme UNEP/WMO; emissões por queima de petróleo geram poluentes atmosféricos, mas não aumentam o “buraco” por esse mecanismo.
Dica de prova: procure relações causais diretas no enunciado; desconfie de alternativas que misturam processos de escalas distintas (local vs. estratosfera). Leia palavras-chave como “provocam” e verifique se há mecanismo plausível.
Fontes sugeridas: NOAA (oil spills & impacts), EPA (ecological effects of oil spills), UNEP/WMO (ozone), UNESCO/IOC (HABs).
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