Os xilopódios são caules comuns em certas plantas do
Cerrado e da Caatinga. Um exemplo é o imbuzeiro
(umbuzeiro) e a maniçoba, da qual se extrai látex para a
produção de borracha. Essas estruturas armazenam água e
outras substâncias de reserva, sendo adaptações de certas
plantas a ambientes de restrição de água. No Cerrado,
assumem importância especial para a sobrevivência dessas
plantas quando ocorrem queimadas, pois, a partir de suas
gemas, o xilopódio brota, dando origem a uma nova planta
após a passagem do fogo.
(V. L. Mendonça, Biologia: ecologia: Seres vivos: volume 2: ensino médio
/ Vivian L. Mendonça. 3ª ed. São Paulo: Editora AJS, 2016.)
O caule comum nessas plantas é conhecido como:
Gabarito comentado
Resposta: Alternativa D — Subterrâneo do tipo tuberoso
Tema central: adaptações anatômicas de caules em ambientes secos (Cerrado/Caatinga) — armazenamento de água e reservas e capacidade de rebrotar após fogo. Esse conhecimento exige entender os tipos de caules modificados e como distinguir caules de raízes.
Resumo teórico: Caules modificados subterrâneos incluem rizomas (típicos horizontais, com gemas e nós), tubérculos/tuberosos (acúmulo de reservas formando órgãos inchados com gemas capazes de originar brotos), cormos e bulbos. Importante: um caule tuberoso apresenta gemas (olhos) que permitem rebrote; raízes tuberosas armazenadoras geralmente não têm gemas (não originam broto diretamente). Fontes: Mendonça (2016); Taiz & Zeiger, Raven & Evert.
Por que a alternativa D está correta: O texto descreve órgãos subterrâneos que armazenam água e reservas e, a partir de suas gemas, brotam após queimadas. Isso é característico de caules subterrâneos tuberosos (xilopódios são, em essência, tubérculos lenhosos ou tuberosos que servem de reserva e possuem gemas). Portanto, a designação "subterrâneo do tipo tuberoso" descreve adequadamente a função e a morfologia citadas (armazenamento + gemas para rebrote).
Análise das alternativas incorretas: A — Aéreo do tipo volúvel: volúvel refere-se a caules trepadores que enrolam (ex.: certas trepadeiras). Não é subterrâneo nem adaptado a armazenamento de água; portanto incorreto. B — Subterrâneo do tipo rizoma: rizomas são caules horizontais subterrâneos que promovem propagação e armazenamento moderado, mas não costumam ser órgãos globosos e fortemente reservantes com gemas protegidas para rebrotar após fogo como os tubérculos/xilopódios. Logo, não é a melhor descrição. C — Modificado do tipo rizóforo: “rizóforo” não é termo adequado para caules tuberosos (e está fora do contexto; rizóforos referem-se a estruturas de algumas raízes aéreas em mangues). Assim, é incorreto e provavelmente é uma pegadinha terminológica.
Dica de interpretação: ao ler enunciados sobre armazenamento + rebrote por gemas, busque termos que indiquem órgãos com gemas (caule), não apenas raízes. Pergunte-se: há gemas/olhos? Se sim, é caule (ex.: tuberoso); se não, pode ser raiz tuberosa.
Referências breves: Mendonça, V. L. (2016). Biologia: Ecologia. Taiz, L. & Zeiger, E.; Raven, P. H. & Evert, R. F. — manuais clássicos de botânica e fisiologia vegetal.
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