Nas planícies costeiras brasileiras de baixa altitude a ação das marés permite que a foz dos rios seja invadida pelas águas marinhas, ocorrendo mistura de água doce e salgada. Nessas planícies, a predominância climática é dinamizada pelas massas tropical e equatorial atlântica, quente e úmida, e a formação vegetal arbórea típica caracteriza-se por apresentar plantas
Gabarito comentado
Resposta correta: A — halófitas com raízes respiratórias.
Tema central: adaptações de plantas em ambientes litorâneos salinos (manguezais). Importância: cadeias produtivas costeiras, conservação ambiental e questões recorrentes em concursos sobre fitofisionomias e adaptações ecológicas.
Resumo teórico e conceitos-chave: Halófitas são plantas tolerantes ao sal; características típicas de mangues incluem mecanismos de exclusão/excreção de sal, succulence e adaptações radiculares para solo alagado e pobre em oxigênio. Em sedimentos anóxicos os mangues exibem raízes respiratórias (pneumatóforos) ou raízes suportantes (stilt roots) que facilitam trocas gasosas. Exemplos: Avicennia (pneumatóforos), Rhizophora (raízes suportantes). Fontes: Tomlinson (1986), Alongi (2008); manuais e artigos de ecologia costeira confirmam essas adaptações.
Justificativa da alternativa A: O enunciado descreve planícies costeiras sujeitas à ação das marés e à intrusão de água marinha — cenário clássico de manguezal. As plantas dominantes são halófitas com estratégias para lidar com sal e encharcamento; as raízes respiratórias permitem captar O2 na maré alta. Logo, a alternativa A corresponde exatamente às adaptações esperadas.
Análise das alternativas incorretas: - B (xerófitas com raízes profundas): xerófitas são adaptadas à aridez (ex.: deserto), com redução de perda de água e raízes profundas para acessar lençol freático — não se aplicam a mangues úmidos e salgados. - C (hidrófitas com raízes fasciculadas): hidrófitas vivem totalmente na água doce (ex.: aguapés); muitas têm raízes reduzidas ou aerenquimáticas, não “fasciculadas” como adaptação principal em mangues. - D (epífitas com raízes aéreas): epífitas crescem sobre outras plantas (flores, orquídeas); não formam fisionomia arbórea dominante em solos alagados costeiros. - E (mesófitas com raízes tuberosas): mesófitas preferem umidade média do solo e tubérculos são armazenamento de reservas — incompatível com solo salino e anaeróbico de manguezal.
Dica de prova / estratégia: Procure palavras-chave do enunciado: “marés”, “mistura água doce e salgada”, “planícies costeiras” → remete a manguezal. Em seguida, associe adaptações funcionais (sal, anóxia) às opções. Elimine rapidamente alternativas que tratam de ambientes secos, epífitos ou água doce.
Fontes recomendadas: Tomlinson PB (1986) — The Botany of Mangroves; Alongi DM (2008) — Mangrove forests: Resilience, protection from tsunamis and responses to global climate change; livros-texto de ecologia e fitogeografia.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!






