Sobre a América Latina, assinale a proposição CORRETA.
A qualificação de algumas cidades latino-americanas como “cidades globais” não as põe em situação de igualdade com as outras cidades da rede e nem mesmo entre elas próprias. Há uma hierarquia das cidades nessa rede.
Sobre a América Latina, assinale a proposição CORRETA.
A qualificação de algumas cidades latino-americanas como “cidades globais” não as põe em situação de igualdade com as outras cidades da rede e nem mesmo entre elas próprias. Há uma hierarquia das cidades nessa rede.
O processo de colonização da América define, de modo geral, as grandes desigualdades
socioeconômicas da América Latina nos dias atuais.
Gabarito comentado
Resposta: Alternativa C — CERTO
Tema central: cidades globais e a hierarquia urbana na América Latina. É preciso entender que pertencer à rede mundial de cidades não torna todas as cidades dessa rede iguais — há posições distintas, funções e níveis de influência.
Resumo teórico: o conceito de cidade global (Saskia Sassen) refere-se a centros que concentram serviços avançados, finanças, decisões corporativas e fluxos globais. Pesquisas como as do GaWC (Globalization and World Cities Research Network) mostram uma hierarquia — cidades alfa, beta, gama — refletindo diferentes graus de integração na economia mundial. Em âmbito latino-americano, por exemplo, São Paulo e Cidade do México ocupam posições mais altas que outras capitais regionais.
Por que a alternativa C está correta: a proposição afirma que a qualificação de algumas cidades como “cidades globais” não as coloca em igualdade entre si nem com as demais; isso é consistente com a literatura que aponta para uma rede desigual, onde funções e importância variam. Ou seja, existir na rede global implica participação em diferentes níveis hierárquicos — logo, a afirmação é verdadeira.
Exemplo prático: dentro da mesma rede, São Paulo concentra sedes regionais de bancos e multinacionais, enquanto cidades menores podem ter papéis especializados (logística, indústria cultural) mas com menos influência decisória global. O GaWC e estudos urbanos mostram essas diferenças funcionais e hierárquicas.
Fonte e leitura recomendada: Saskia Sassen — The Global City (1991); estudos do GaWC (Peter J. Taylor) e relatórios do UN‑Habitat (World Cities Report) são referências úteis para aprofundar o tema.
Dica de interpretação para provas: ao avaliar sentenças sobre redes urbanas, verifique se a afirmação confunde presença na rede com igualdade funcional. Termos absolutos como “todas iguais” costumam ser armadilhas; procure evidências de hierarquia ou diferenciação.
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