Num jogo de palavras muito criativo, o texto abaixo trata sobre a velhice. Vejamos:
“Síndrome de Velhice é quando as pessoas acreditam que é tarde para aprender. É preciso infundir nas pessoas a Síndrome da Juventude, ou seja,
quando acreditam que nunca é tarde para aprender.”
MARTINS, L. “Tenha a atitude de aprender sempre”. In: Superdicas para ensinar a aprender. 2. ed. São Paulo: Saraiva,
2009. p. 135. Série Superdicas.
A alternativa que apresenta o correto entendimento do emprego do advérbio nunca, no texto
acima, é
Gabarito comentado
Análise da Questão – Emprego do Advérbio “nunca”
Tema central: A questão exige interpretação de texto e semântica do advérbio “nunca”, analisando sua função na construção do sentido do texto segundo a norma-padrão.
Entendimento gramatical: “Nunca” é advérbio de tempo, ou seja, indica que certa ação não ocorre em momento algum. Segundo Evanildo Bechara (Moderna Gramática Portuguesa), advérbios alteram o sentido do verbo, do adjetivo ou de outro advérbio, expressando circunstâncias como tempo, lugar, negação.
No contexto, a frase “quando acreditam que nunca é tarde para aprender” utiliza o advérbio para negar a existência de um momento em que seja tarde para aprender. Portanto, a ideia central é: em nenhum momento é tarde demais para recomeçar ou aprender, independentemente da idade.
Alternativa correta: D
A alternativa D equipara o advérbio “nunca” a um termo inerte do ponto de vista argumentativo: sua função principal é meramente reforçar a negação da existência de um tempo inadequado para aprender, não sendo o centro da argumentação do texto. A argumentação está na contraposição entre “síndrome da velhice” e “síndrome da juventude” (atitude diante do aprendizado), não no advérbio.
Análise das alternativas incorretas:
- A. “Nunca” não é o argumento central, mas um reforço semântico. O principal argumento é a postura diante do aprendizado.
- B. Erro de interpretação: o texto afirma que qualquer pessoa pode aprender, jamais que pessoas mais velhas não aprendem.
- C. O advérbio não é apenas estilístico: tem papel semântico claro ao negar limitação temporal.
- E. Não há contradição no uso de “nunca”; o autor foi coerente em sua defesa ao aprendizado contínuo.
Estratégia para questões assim: Atente sempre para o papel do termo na frase: se está servindo de núcleo de argumentação ou apenas como reforço semântico ou circunstancial. Cuidado com generalizações e falsas inferências!
Referência: Consulte Celso Cunha & Lindley Cintra, “Nova Gramática do Português Contemporâneo”, capítulos sobre Advérbios, para exemplos e regras.
Resumo: “Nunca” expressa que não há momento inadequado para aprender, mas não é o núcleo argumentativo do texto; por isso, leia sempre além dos termos isolados e busque o eixo argumentativo da passagem.
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