Em gatos domésticos pode ocorrer três cores básicas (preto, branco e bege), contudo apenas as gatas (fêmeas) podem ter três cores, enquanto os gatos (machos) apenas duas. Essa condição pode ser explicada porque:
Gabarito comentado
Alternativa correta: B
Tema central: herança ligada ao sexo e mosaicismo por inativação do cromossomo X (hipótese de Lyon). É essencial para entender por que algumas características (como coloração em gatos) aparecem de forma diferente em fêmeas e machos.
Resumo teórico (claro e progressivo):
Genes de cor em gatos — o gene que determina a cor laranja versus não-laranja (preto/bege) está localizado no cromossomo X. As fêmeas (XX) podem carregar duas alelos diferentes e, por inativação randômica de um dos X em células somáticas (Lyon, 1961), formam mosaicos: grupos de células expressando um alelo e outros grupos expressando o outro, resultando em manchas de cores diferentes (calico/tricolor). Os machos (XY) têm apenas um X funcional, logo expressam apenas um alelo por célula e normalmente apresentam até duas cores (por ex., pelo e branco devido a outros loci), não o padrão tricolor típico das fêmeas. Existe exceção rara: machos XXY (síndrome de Klinefelter) podem ser tricolores.
Fontes relevantes: Lyon (1961) sobre inativação do X; capítulos de genética mendeliana e citogenética em Griffiths et al., "An Introduction to Genetic Analysis" e Lodish et al., "Molecular Cell Biology".
Justificativa da alternativa B: Afirma corretamente que se trata de herança ligada ao sexo: as gatas têm dois X e, por inativação aleatória, podem expressar dois alelos distintos em manchas diferentes — explicando três cores. Os gatos machos, com um único X, não apresentam essa mosaicariedade.
Análise das alternativas incorretas:
A — incompleta: herança sem dominância não explica a dependência do sexo nem o padrão em manchas; trata de relação entre alelos, não de X-inativação.
C — pleiotropia é quando um gene afeta múltiplos traços; aqui o fenômeno é mosaico de expressão, não um único gene produzindo vários efeitos.
D — herança quantitativa envolve muitos genes somando efeitos (ex.: altura); não explica a dependência ligada ao cromossomo sexual nem as manchas discretas.
E — crossing‑over é recombinação entre homólogos na meiose; não é o mecanismo que cria padrões em mosaico somático por X-inativação.
Dica de prova: ao ver “somente fêmeas” e “relacionado a cores”, pense imediatamente em cromossomo X e inativação (palavras-chave que eliminam opções sobre dominância, pleiotropia e quantitativa).
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