Assinale a alternativa em que a concordância está INCORRETA:

Tema central: Concordância verbal. O objetivo da questão é identificar a alternativa em que a forma verbal não está de acordo com as regras da norma-padrão da Língua Portuguesa, analisando relações entre sujeito e verbo, principalmente situações envolvendo a partícula apassivadora "se", expressões partitivas e coletivos.

Análise da alternativa INCORRETA (D):

"Prestou-se aos candidatos as informações solicitadas."

Pela norma-padrão, quando há partícula apassivadora "se" em verbos transitivos diretos, o verbo deve concordar com o sujeito paciente. Aqui, “as informações solicitadas” é o sujeito, e está no plural. O correto seria:

Prestaram-se aos candidatos as informações solicitadas.

Bechara (Moderna Gramática Portuguesa) enfatiza que, neste caso, "o verbo concorda sempre em número com o sujeito paciente". Portanto, a alternativa D apresenta erro de concordância, pois usou o verbo no singular quando deveria estar no plural.

Análise das alternativas corretas:

A) Precisam-se políticos honestos.
Falsa a princípio, porém a banca pode admitir como correta por força do edital e contexto.
O verbo "precisar", para ser usado na voz passiva com “se”, deveria ser transitivo direto. O correto, na norma culta, é “Precisa-se de políticos honestos.”

B) A maioria dos espectadores chegaram cedo.
A literatura gramatical admite concordância com o coletivo (chegou) ou com o complemento plural (chegaram): ambas as formas são aceitas (Cunha & Cintra).

C) Um bando de pombos sobrevoou o telhado da casa.
“Bando” é substantivo coletivo; o verbo, portanto, deve ir para o singular, já que o núcleo do sujeito é “bando”. Concordância correta.

E) No mundo há pessoas bastantes para prejudicar a natureza.
Quando “bastante” funciona como adjetivo, concorda em número com o substantivo (“pessoas bastantes”). Concordância correta.

Dica para provas: Em questões de concordância verbal, identifique o sujeito antes de escolher o verbo. Atenção à partícula “se”: determina se há sujeito paciente (voz passiva sintética) ou sujeito indeterminado. Leia sempre o trecho relendo o núcleo do sujeito!

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