O modo de produção industrial “flexível” que substituiu o modo de produção Fordista recebeu o nome de Toyotismo, porque começou a ser desenvolvido na fábrica da Toyota Motor. O Toyotismo constitui-se em um novo modelo de produção econômica que utiliza equipamentos tecnologicamente mais avançados, evita o desperdício e promove novas relações de trabalho nas fábricas.

Assinale a alternativa que corresponde ao Toyotismo:

A prática da terceirização da mão de obra menos qualificada a fim de obter economia no pagamento dos salários e aumento dos lucros.

A produção de carros em série, com a criação de grandes estoques, tornando-os mais baratos ao consumo.

Adoção da esteira rolante, divisão do trabalho e repetição das tarefas no ritmo das máquinas.

Alienação do trabalho, uma vez que o operário não conhece todo o processo de produção.

Gabarito comentado

Paula DelgadoMonitor do Qconcursos

Alternativa correta: A

Tema central: trata-se da transição do fordismo para o modelo flexível (Toyotismo/produção enxuta). É importante entender diferenças entre produção em massa (fordismo) e produção flexível/just-in-time (Toyotismo), bem como consequências sobre organização do trabalho e estoques.

Resumo teórico: O Toyotismo (Toyota Production System) baseia-se em: redução de estoques (just-in-time), eliminação de desperdícios, produção por demanda, equipes multifuncionais, controle de qualidade na origem e maior terceirização de atividades não essenciais. Conceitos-chave: lean manufacturing, kanban, multiqualificação e flexibilidade produtiva (Ohno, 1988; Womack, Jones & Roos, 1990).

Por que a alternativa A está correta
Terceirização de serviços e de etapas menos estratégicas é prática associada ao Toyotismo para reduzir custos fixos, aumentar flexibilidade e focar na competência central da empresa. Isso permite montar redes de fornecedores especializados e ajustar rapidamente a produção à demanda — traços típicos da produção flexível.

Análise das alternativas incorretas

B — Errada. Descreve produção em série com grandes estoques (produção para estoque), característica do Fordismo, não do Toyotismo, que busca baixos estoques.

C — Errada. Remete à esteira, divisão rígida e trabalho repetitivo — características do fordismo/classificação Taylorista, opostas à multifuncionalidade e flexibilidade do Toyotismo.

D — Errada. A alienação e o desconhecimento do processo são efeitos associados mais diretamente à produção fordista/taylorista; o Toyotismo tende a qualificar o trabalhador e integrá‑lo em equipes com maior responsabilidade sobre qualidade.

Dica de interpretação: ao ler enunciados sobre modelos produtivos, busque palavras-chave: “estoques grandes”, “esteira”, “repetição” → fordismo; “just-in-time”, “flexibilidade”, “terceirização”, “controle de qualidade” → toyotismo.

Fontes sugeridas: Taiichi Ohno, Toyota Production System (1988); James P. Womack et al., The Machine That Changed the World (1990).

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