Um dos principais objetivos de se dar continuidade às pesquisas em erosão dos solos é o de procurar resolver os problemas oriundos desse processo, que, em última análise, geram uma série de impactos ambientais. Além disso, para a adoção de técnicas de conservação dos solos, é preciso conhecer como a água executa seu trabalho de remoção, transporte e deposição de sedimentos. A erosão causa, quase sempre, uma série de problemas ambientais, em nível local ou até mesmo em grandes áreas.
GUERRA, A. J. T. Processos erosivos nas encostas. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. Geomorfologia: uma atualização de bases e conceitos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2007 (adaptado).

A preservação do solo, principalmente em áreas de encostas, pode ser uma solução para evitar catástrofes em função da intensidade de fluxo hídrico. A prática humana que segue no caminho contrário a essa solução é

As alternativas (A), (B), (C) e (D) estão incorretas porque representam, de maneira geral, práticas que colaboram para a preservação do solo, e não o contrário, como demanda o enunciado. A alternativa (A), que trata da aração, deve ser observada com cautela. A aração, quando feita do topo ao vale em áreas de encosta, pode ter efeito erosivo, com potencialidade para gerar catástrofes. Isso, inclusive, esteve presente em outra questão do ENEM. Entretanto, como a alternativa mencionou apenas aração, sem dar maiores detalhes, ela está incorreta, pois esse método, dependendo de como é executado, pode ajudar na preservação do solo. O terraceamento, que está na alternativa (B), é geralmente utilizado em terrenos íngremes, onde são feitas rampas em níveis diferentes, o que também ajuda a controlar a erosão hídrica e, portanto, a evitar catástrofes. Na alternativa (C), o pousio significa o repouso das terras cultiváveis, o que permite a recuperação do solo. Já a drenagem, prevista na alternativa (D), é o escoamento de água de terrenos encharcados, o que também colabora para a preservação do solo.

A alternativa correta é, dessa forma, a letra (E). O desmatamento leva à erosão e ao empobrecimento dos solos e, nas áreas de encosta, uma das consequências disso é a facilitação de deslizamentos de terra nos períodos de chuva. Isso foi o que se observou em grande parte das catástrofes ocorridas em Friburgo e Teresópolis, no estado do Rio de Janeiro, no início de 2012.