Leia com atenção o texto abaixo.
Estima-se que no início do século XVI, o litoral brasileiro, em função da presença dos povos indígenas, já possuía uma densidade entre 4 e 5 habitantes por quilômetro quadrado e de até 9 habitantes por quilômetro quadrado em algumas regiões. Através da presença destes povos, a paisagem brasileira já havia sido apresentada a um elemento bastante influente: o fogo. Seu uso sistemático para caçar favoreceu, por exemplo, a extensão ou manutenção dos cerrados em detrimento de áreas florestais: “Na toponímia tupi, retomada de relatos do século XVI, (...) há uma enorme diversidade de palavras retratando padrões de vegetação originados pelos desmatamentos, pelos retalhamentos de florestas e pelo uso do fogo. Muitos desses termos são nomes de bairros e cidades no Brasil: caapuera (roça que já foi); Ibirapuera (árvore que já foi); Caucaia (mato queimado ou incêndio da mata); Catumbi (beira da mata); Caatanduva (mato ralo e áspero); capixaba (roçado preparado para plantio); cairussu (queimada)”. Adaptado de Miranda, National Geographic.
Na pesquisa de processos como o descrito, existe uma noção que vem sendo revista e um fator que ajudou a provocar essa releitura.
A noção e o fator são, respectivamente:
Estima-se que no início do século XVI, o litoral brasileiro, em função da presença dos povos indígenas, já possuía uma densidade entre 4 e 5 habitantes por quilômetro quadrado e de até 9 habitantes por quilômetro quadrado em algumas regiões. Através da presença destes povos, a paisagem brasileira já havia sido apresentada a um elemento bastante influente: o fogo. Seu uso sistemático para caçar favoreceu, por exemplo, a extensão ou manutenção dos cerrados em detrimento de áreas florestais: “Na toponímia tupi, retomada de relatos do século XVI, (...) há uma enorme diversidade de palavras retratando padrões de vegetação originados pelos desmatamentos, pelos retalhamentos de florestas e pelo uso do fogo. Muitos desses termos são nomes de bairros e cidades no Brasil: caapuera (roça que já foi); Ibirapuera (árvore que já foi); Caucaia (mato queimado ou incêndio da mata); Catumbi (beira da mata); Caatanduva (mato ralo e áspero); capixaba (roçado preparado para plantio); cairussu (queimada)”. Adaptado de Miranda, National Geographic.
Na pesquisa de processos como o descrito, existe uma noção que vem sendo revista e um fator que ajudou a provocar essa releitura.
A noção e o fator são, respectivamente:
Gabarito comentado
O texto do enunciado trata das mudanças na natureza feitas desde antes da colonização europeia, quando o território era ocupado apenas por indígenas. Isso significa que não é preciso que haja população muito numerosa nem que ela tenha acesso à tecnologia moderna para que a relação do homem com a natureza gere impactos no meio ambiente. As alternativas (C), (D) e (E) tratam de espaços geográficos que nem sequer existiam na época em que somente os índios habitavam o Brasil. Já a alternativa (B) está incorreta porque é impertinente falar em ações governamentais em época que não existiam ideia nem instituições políticas. A alternativa (A), por sua vez, aborda assunto que é coerente tanto há mais de 500 anos quanto nos dias atuais: contínua e transformadora interferência humana sobre a Terra.
A alternativa correta é a letra (A).