Leia o texto.
Muitas invenções e descobertas dessa fase foram fruto de pesquisas científicas sistemáticas realizadas em laboratórios
de universidades ou de indústrias. Os empresários passaram a investir no trabalho dos cientistas, buscando inventos que
gerassem lucros.
A indústria química, por exemplo, benefiiou-se dessa aproximação, o que resultou na produção de fibras sintéticas,
inseticidas, celuloide [...], borracha vulcanizada [...], corantes artificiais, adubos, explosivos [...], entre outros.
DOMINGUES, Joelza Esther. História em Documento. Imagem e texto. 8. 2ªed. São Paulo: FTD, 2013. p.192.
O texto descreve a relação entre ciência e indústria característica da
Gabarito comentado
Resposta: Alternativa D — Segunda Revolução Industrial (séc. XIX–XX)
Tema central: a questão avalia a capacidade de identificar o período histórico em que a relação entre ciência e indústria se fortaleceu por meio de laboratórios, pesquisa sistemática e investimento empresarial — fenômeno que impulsionou a indústria química e a produção de fibras sintéticas, corantes, adubos e explosivos.
Resumo teórico: A Segunda Revolução Industrial (aprox. 1870–1914) caracteriza‑se pela expansão de indústrias químicas e elétricas, uso intensivo de aço, petróleo e eletricidade, e pela institucionalização da pesquisa aplicada. Empresas passaram a manter laboratórios próprios e a financiar cientistas para gerar inovações comerciais (ex.: BASF, Bayer, DuPont). Esse período marcou a transição de invenções artesanais para inovação científica orientada ao mercado (ver Domingues; Ashton; Mokyr).
Por que a alternativa D está correta: o enunciado enfatiza “pesquisas científicas em laboratórios” e a parceria entre empresários e cientistas, além de produtos típicos da química industrial moderna (fibras sintéticas, corantes artificiais, adubos, borracha vulcanizada). Esses elementos são distintivos da Segunda Revolução Industrial, quando a ciência aplicada passou a ser parte integrante do processo produtivo e da estratégia empresarial.
Análise das alternativas incorretas:
A — Revolução Agrícola Brasileira (séc. XVI): incorreta — trata de transformação agrária colonial, sem conexão com laboratórios, indústria química moderna ou investimento industrial em pesquisa científica.
B — Revolução Agrícola Europeia (séc. XII–XIII): incorreta — refere‑se a inovações agrícolas medievais (rotatividade de culturas, arado pesado), sem industrialização química nem pesquisa em laboratórios.
C — Primeira Revolução Industrial (séc. XVIII): parcialmente enganosa — foi o início da industrialização (máquinas a vapor, indústria têxtil), mas nessa fase a inovação era mais mecânica e empiricamente orientada; a integração sistemática entre ciência e indústria e o surgimento de grandes laboratórios industriais ocorrem sobretudo na segunda fase.
E — Terceira Revolução Industrial (séc. XXI): incorreta — refere‑se à revolução digital, informática e automação (final do séc. XX e séc. XXI), com ênfase em eletrônica, TI e biotecnologia, não à emergência histórica das indústrias química e de massa descritas no texto.
Dica de interpretação: ao resolver, busque palavras‑chave (“laboratórios”, “investimento empresarial em ciência”, “fibras sintéticas”, “corantes”, “adubos”) e relacione‑as ao período histórico que institucionalizou P&D industrial — isso elimina rapidamente alternativas que tratam de agricultura ou da primeira fase industrial.
Fontes indicadas: DOMINGUES, J. E. História em Documento; ASHTON, T. S. The Industrial Revolution; MOKYR, J. The Gifts of Athena (sobre ciência e tecnologia).
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