Questão 3834661a-b0
Prova:UFPR 2011, UFPR 2011, UFPR 2011, UFPR 2011, UFPR 2011
Disciplina:Literatura
Assunto:Modernismo, Escolas Literárias
Considerando os contos de Urupês, de Monteiro Lobato, e o romance Inocência, de Visconde de Taunay, assinale a
alternativa correta.
Considerando os contos de Urupês, de Monteiro Lobato, e o romance Inocência, de Visconde de Taunay, assinale a
alternativa correta.
A
Inacinho, do conto “Pollice Verso”, é pior profissional do que Cirino, de Inocência. Embora o primeiro tenha se formado
em medicina, ele é descrito de maneira mais caricata e sarcástica que Cirino, que não se formou. O vocabulário
sofisticado de Inacinho impressiona os itaoquenses, mas a qualidade de sua atuação é desmerecida pelo narrador, que
evidencia suas falhas de formação e de caráter.
B
Assim como Inocência, Zilda (de “O comprador de fazendas”) e Pingo d’Água (de “A colcha de retalhos”) evidenciam a
tentativa dos dois autores de caracterizar a vida da mulher brasileira do interior, representando literariamente a
submissão da filha à autoridade paterna, o casamento como escolha dos pais e o analfabetismo feminino.
C
No conto “O mata-pau”, um homem das cidades aprende sobre a flora sertaneja com seu camarada, que tanto lhe tira
dúvidas com relação à vegetação avistada quanto lhe conta histórias sobre os habitantes do lugar. É semelhante a essa
a relação entre o naturalista Meyer e seu camarada, também um sertanejo contador de causos.
D
A desconfiança que cerca o monstruoso Bocatorta (do conto homônimo) quanto às profanações de sepulturas, e que é
anunciada no medo que Cristina sente, é semelhante à desconfiança que ronda o anão Tico, que nutre uma paixão
doentia por Inocência, sentimento que ele dissimula como se quisesse protegê-la.
E
O sertanejo de Lobato é semelhante ao de Taunay sobretudo no que diz respeito a esta caracterização: “O legítimo
sertanejo, explorador dos desertos, não tem, em geral, família. Enquanto moço, seu fim único é devassar terras, pisar
campos onde ninguém antes pusera o pé, vadear rios desconhecidos, despontar cabeceiras e furar matas, que
descobridor algum até então haja varado” (Inocência, capítulo 1).