Questão 34186c41-f1
Prova:Univap 2016
Disciplina:Geografia
Assunto:Meio Ambiente na Geografia, Impactos e soluções nos meios natural e rural

O elemento principal para explicar a formação e os tipos de solo é o clima, já que o solo resulta da decomposição das rochas pelo intemperismo. Nas regiões tropicais, como é o caso da maior parte do Brasil, as chuvas exercem papel decisivo na formação dos solos, acarretando o predomínio do intemperismo químico e a decomposição profunda da rocha. Os solos de maior fertilidade natural do Brasil localizam- -se em áreas de planaltos sedimentares basálticos, principalmente nos Estados de São Paulo e Paraná. No entanto, a agricultura extensiva, o uso excessivo da terra, bem como a utilização de agrotóxicos, pesticidas e fertilizantes vêm provocando sérios agravantes ambientais.
VESENTINI, José Willian. Brasil Sociedade e Espaço. São Paulo: Ática, 2014, p. 256.


Dentre os sérios problemas ambientais provocados pelo uso excessivo de agrotóxicos, pesticidas e fertilizantes, destaca-se

A
a evaporação excessiva dos materiais particulados presentes no solo.
B
a contaminação dos lençóis freáticos.
C
a deterioração dos compostos orgânicos presentes no solo.
D
a presença de compostos alcalinos que favorecem os diferentes tipos de cultura.
E
a secagem do solo, ampliando a área agricultável.

Gabarito comentado

T
Taina VegaMonitor do Qconcursos

Gabarito: B — a contaminação dos lençóis freáticos

Tema central: impacto dos agrotóxicos, pesticidas e fertilizantes no meio ambiente, especialmente no ciclo da água e na qualidade dos solos. É essencial entender processos como lixiviação, percolação e contaminação de aquíferos.

Resumo teórico: em climas tropicais, solos profundos e chuvas intensas favorecem o intemperismo químico (Vesentini). Substâncias solúveis aplicadas ao solo (nitratos, herbicidas, inseticidas) podem ser carregadas pela água da chuva para camadas mais profundas — processo chamado lixiviação — e atingir os lençóis freáticos. Isso traz riscos à saúde humana (ex.: nitratos na água potável) e à biodiversidade aquática (FAO, OMS; normas ambientais nacionais regulam qualidade da água).

Por que a alternativa B está correta: ela descreve o efeito mais direto e documentado do uso excessivo desses insumos — a infiltração e contaminação de águas subterrâneas e poços por resíduos químicos solúveis. Esse é um problema crônico em áreas agrícolas intensivas e bem respaldado por estudos e legislações de controle da qualidade da água.

Análise das alternativas incorretas:

A — evaporação excessiva dos materiais particulados: partículas do solo não “evaporam”; há suspensão (aerossóis) ou erosão eólica, mas não é efeito típico de agrotóxicos/fertilizantes.

C — deterioração dos compostos orgânicos no solo: adubos e pesticidas podem afetar matéria orgânica e microrganismos, mas o impacto ambiental mais grave e característico citado no enunciado é a contaminação hídrica; a alternativa é vaga e não aponta o problema principal.

D — presença de compostos alcalinos que favorecem culturas: fertilizantes não geram em geral um efeito generalizado de alcalinização favorável; muitos fertilizantes acidificam o solo a longo prazo. Além disso, a afirmação não é um “agravante ambiental”.

E — secagem do solo ampliando área agricultável: uso de agroquímicos não provoca secagem que aumente área cultivável; práticas inadequadas podem causar compactação, erosão ou desertificação, mas não “ampliar” terras agricultáveis.

Dica de prova: ao ver “agrotóxicos, pesticidas e fertilizantes”, associe rapidamente a lixiviação e risco a águas superficiais e subterrâneas — isso elimina distrações que tratam de evaporação ou falsas vantagens.

Fontes/Referências: Vesentini (Brasil: Sociedade e Espaço); FAO/OMS sobre resíduos agrícolas e qualidade da água; normas ambientais brasileiras que tratam do assunto.

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