A crise na usina nuclear Daiichi, de Fukushima, despertou preocupações sobre os efeitos para a saúde da exposição à radiação. (COMO..., 2011) (QUAIS SÃO..., 2011).
Com base nos conhecimentos sobre níveis de radiação e sobre as formas de como pode ameaçar a saúde, é correto afirmar:
Com base nos conhecimentos sobre níveis de radiação e sobre as formas de como pode ameaçar a saúde, é correto afirmar:
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa A.
Tema central: exposição à radiação ionizante e seus efeitos na saúde — especialmente a diferença entre contaminação interna (material radioativo dentro do corpo) e exposição externa, vias de entrada (ingestão, inalação), tipos de radiação e consequências agudas e crônicas.
Resumo teórico progressivo:
- Radiação ionizante: partículas alfa, beta e radiações eletromagnéticas (gama e raios‑X). Alfa: alto poder de ionização, baixa penetração externa; Beta: penetração intermediária; Gama/X‑rays: alta penetração, menor ionização por caminho (WHO; ICRP).
- Contaminação interna (ingestão/inhalação) cria risco de transferência para a cadeia alimentar — água, plantas, animais — e exposição prolongada a doses locais (UNSCEAR, CDC).
- Efeitos: determinísticos (ex.: síndrome aguda por altas doses) dependem da dose e velocidade; estocásticos (câncer, mutações) dependem da probabilidade aumentada com dose acumulada.
Por que A está correta:
A descreve a principal via de risco pós‑acidente nuclear: material radioativo depositado no ambiente pode entrar na cadeia alimentar e atingir humanos por água, vegetais ou carne de animais contaminados. Essa é uma preocupação real em Fukushima e em guias de resposta a emergências radiológicas (WHO; IAEA), pois leva a exposição interna prolongada e contaminação alimentar.
Análise das alternativas incorretas:
B — Incorreta. Radiações podem alterar DNA; se as células germinativas forem afetadas, alterações podem ser transmitidas às gerações seguintes. Em humanos isso é raro, mas não é impossível; portanto a afirmação absoluta “não podem” é falsa (UNSCEAR).
C — Incorreta. Afirma que alfa e beta têm energia maior que gama/raios‑X e maior penetração — falso. Alfas têm maior poder de ionização mas baixa penetração (parados por pele ou papel); gammas/raios‑X penetram mais profundamente. Internamente, partículas alfa são muito perigosas por dano localizado, mas externamente são menos penetrantes (ICRP).
D — Incorreta. Uma dose alta num curto período é geralmente mais danosa (efeitos determinísticos, risco de síndrome aguda) que a mesma dose distribuída ao longo do tempo, devido à capacidade de reparo celular e recuperação dos tecidos entre exposições (princípio da dose e dose‑taxa, ICRP).
E — Parcialmente incorreta. A radiação realmente pode destruir a medula óssea e causar doenças do sangue, mas citar o rim como órgão hematopoiético é incorreto — os principais são medula óssea e, em menor grau, baço. A presença do termo “rins” torna a alternativa errada.
Dica de prova: Foque em palavras absolutas (“sempre”, “nunca”) e em precisão anatômica e física. Identifique se a alternativa confunde penetração com poder ionizante ou confunde órgãos e funções — isso costuma ser o erro.
Referências úteis: WHO (Ionizing radiation and health), ICRP Publications, UNSCEAR reports, IAEA guidance.
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