Um dos mais ilustrativos exemplos de pediplanação encontra-se no Sertão paraibano, onde a paisagem é pontilhada por INSELBERGUES, que são
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa B
Tema central: pediplanação e inselbergs — conhecimento essencial em Geografia Física para identificar formas residuais das superfícies de aplainamento em áreas cristalinas, especialmente em climas semiáridos.
Resumo teórico: Inselberg (do alemão "ilha+montanha") é um morro isolado que sobressai de uma planície aplainada. Na pediplanação, processos prolongados de intemperismo e erosão nivelam vastas áreas formando um pediplano; apenas blocos de rocha mais resistente ou menos fraturada permanecem como morros residuais (inselbergs). Em zonas semiáridas, o intemperismo físico e a erosão mecânica predominam, favorecendo esse tipo de relevo (ver Summerfield; Twidale).
Por que B está correta: descreve exatamente inselbergs como morros residuais que sobreviveram ao aplainamento regional (pediplanação), com predomínio do intemperismo físico no Sertão paraibano — coerente com clima semiárido e rochas cristalinas locais.
Análise das incorretas:
A — fala de geleiras/icebergs: incorreto historicamente; a região não foi coberta por grandes geleiras na Era Glacial.
C — "pães-de-açúcar" e intemperismo químico em clima quente e úmido: essa descrição cabe a formas resultantes de intemperismo profundo tropical (ex.: inselbergs em clima tropical), mas a ênfase na pediplanação do Sertão e no intemperismo físico torna C inadequada aqui.
D — sedimentos em bajada: bajada é depósito aluvial piedmont (luneta de cones de bacia), não morros residuais que emergem da planície.
E — cones vulcânicos: inselbergs do Sertão não são cones vulcânicos; não há registro de atividade vulcânica recente responsável por esses morros na região.
Dica de prova: procure palavras-chave (pediplanação → aplainamento prolongado; inselberg → morro residual). Desconfie de alternativas que invoquem fenômenos pouco prováveis localmente (geleiras, vulcões) ou que troquem o agente modelador (químico vs físico) sem justificar o clima/tempo geológico.
Fontes sugeridas: Summerfield, M. (1991) "Global Geomorphology"; Twidale, C.R. (2000) trabalhos sobre inselbergs e pediplanation; literatura brasileira de Geomorfologia.
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