Tendência de revalorização da área central da cidade
do Rio de Janeiro
Esse objetivo vincula-se ao propósito de tentar requalificar o espaço
urbano do centro do Rio de Janeiro mediante a sua valorização
mais simbólica-subjetiva, para, depois, atingir uma valorização
mais objetiva-econômica que permita, que as forças do
mercado deem mais vigor e autonomia ao processo.
Fonte: Santana, F e Duarte, R. Rio de Janeiro: Estado e Metrópole. São Paulo: Ed. Do
Brasil, 2009. p.193.
Esse processo em curso é chamado de gentrificação
e provoca impactos sócioespaciais que contribuem
com
Tendência de revalorização da área central da cidade do Rio de Janeiro
Esse objetivo vincula-se ao propósito de tentar requalificar o espaço urbano do centro do Rio de Janeiro mediante a sua valorização mais simbólica-subjetiva, para, depois, atingir uma valorização mais objetiva-econômica que permita, que as forças do mercado deem mais vigor e autonomia ao processo.
Fonte: Santana, F e Duarte, R. Rio de Janeiro: Estado e Metrópole. São Paulo: Ed. Do Brasil, 2009. p.193.
Esse processo em curso é chamado de gentrificação e provoca impactos sócioespaciais que contribuem com
Gabarito comentado
Alternativa correta: A
Tema central: a questão trata da gentrificação — processo urbano em que áreas centrais são requalificadas em termos simbólicos e econômicos, atraindo investimentos e moradores de maior renda, com impactos socioespaciais.
Resumo teórico claro: Gentrificação é um fenômeno estudado por Ruth Glass (1964) e aprofundado por autores como Neil Smith. Inicia-se frequentemente por uma valorização simbólica (cultura, estética, segurança) que precede a valorização imobiliária. O resultado típico é a elevação dos preços do solo e dos aluguéis, promovendo a substituição de moradores de renda mais baixa por classes sociais mais abastadas — ou seja, exclusão residencial e mudança na composição social do bairro (Glass, 1964; Smith, 1979). No Brasil, políticas urbanas e instrumentos como o Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001) visam regular intervenções, mas nem sempre evitam deslocamentos.
Justificativa da alternativa A: O enunciado descreve exatamente a sequência simbólica → econômica que caracteriza gentrificação. O impacto mais direto e reconhecido desse processo é a substituição da população residente por classes de maior poder aquisitivo, ou seja, deslocamento e elitização do espaço central. Autores e estudos de caso (ex.: Santana & Duarte, 2009) mostram que a requalificação pensada para atrair mercado leva à renovação dos imóveis e à mudança do perfil demográfico.
Análise das alternativas incorretas:
B — “democratização do uso do espaço público e acesso à infraestrutura e moradia”: é o oposto do que a gentrificação costuma provocar. Embora haja investimento infraestrutural, ele se direciona mais a consumidores e investidores, não garantindo acesso universal ou moradia acessível.
C — “ampliação das áreas destinadas às moradias populares nos moldes europeus”: gentrificação não amplia moradias populares; geralmente reduz a oferta socialmente acessível no centro, aumentando a exclusão.
D — “valorização da cultura e reafirmação da identidade afro-brasileira”: requalificações simbólicas podem usar elementos culturais, mas frequentemente ocorre apropriação comercial dessas culturas sem reforçar a permanência ou autonomia dos grupos originais — não caracteriza a consequência central da gentrificação.
Estratégia para provas: ao ver “valorização simbólica → valorização econômica” procure por alternativas que indiquem elitização, aumento de preços, deslocamento. Desconfie de alternativas que transformam impactos negativos em benefícios coletivos sem indicar políticas compensatórias.
Fontes sugeridas: Ruth Glass (1964), Neil Smith (1979/1987), Santana & Duarte (2009); legislação relevante: Lei nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade).
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