A partir das últimas décadas do século XX, a indústria
brasileira
Gabarito comentado
Resposta correta: alternativa C
Tema central: industrialização brasileira — especialmente as transformações ocorridas desde as últimas décadas do século XX: crises, perda de participação relativa no PIB e processo de desindustrialização/terciarização.
Resumo teórico e contexto: A indústria experimentou crescimento intenso até meados do século XX; a partir das últimas décadas surgem fatores como abertura comercial, concorrência internacional, mudança tecnológica e políticas macroeconômicas que provocaram crises setoriais e queda relativa da participação industrial no PIB. Conceitos úteis: desindustrialização (queda do peso relativo da indústria), terciarização (expansão dos serviços) e recomposição produtiva (novos polos e setores).
Fontes relevantes: dados e análises do IBGE (Contas Nacionais; Pesquisa Industrial), IPEA (estudos sobre estrutura produtiva) e relatórios internacionais (UNIDO) ajudam a comprovar as tendências mencionadas.
Por que a alternativa C é correta? Porque sintetiza o fato histórico: a indústria brasileira viveu várias crises nas últimas décadas (anos 80, década de 1990, crise recente pós-2014) e, de modo geral, sua participação no PIB tem apresentado redução relativa frente a serviços. Essa é uma leitura reconhecida na literatura e em estatísticas oficiais (IBGE/IPEA).
Análise das assertivas incorretas:
A — incorreta: alegar que mais da metade da produção industrial destina‑se a exportações não condiz com a realidade; grande parte da indústria atua no mercado interno e a pauta exportadora é concentrada em bens básicos e semimanufaturados.
B — incorreta: fala em “forte concentração e sudeste com cerca de 30% das indústrias em 2014”. O Sudeste concentra muito mais do que 30% do parque industrial; portanto o número está subestimado.
D — incorreta: afirmar que o parque industrial brasileiro se igualou ao de países europeus como Itália é exagero — há diferenças de tecnologia, escala, produtividade e integração em cadeias globais.
E — incorreta: a indústria não emprega “quase a metade” da mão de obra economicamente ativa; o emprego industrial representa uma fração bem menor, pois o setor de serviços absorve grande parcela da força de trabalho.
Estrategia para prova: desconfie de termos absolutos (“mais da metade”, “quase a metade”, “igualou‑se”) e verifique se a alternativa reflete tendências reconhecidas por fontes oficiais; priorize alternativas que representem mudanças estruturais documentadas (queda relativa da indústria, crises, terciarização).
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