As proposições a seguir tratam do sistema de transporte no Brasil. Analise-as e identifique a resposta INCORRETA.
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa D
Tema central: trata-se da estrutura e da política de transportes no Brasil e seu impacto nos custos logísticos, competitividade e organização modal. Para responder é preciso entender conceitos de matriz de transportes, custos logísticos e intermodalidade.
Resumo teórico: A matriz brasileira é predominantemente rodoviária, o que eleva custos por tonelada-quilômetro, aumenta consumo de combustível e desgaste de infraestrutura. Políticas recentes (PNLT, diretrizes do Ministério da Infraestrutura e estudos do IPEA) defendem reforçar ferrovias, hidrovias e terminais intermodais para reduzir custos, aumentar eficiência e melhorar a competitividade das exportações.
Por que D é a INCORRETA? A alternativa D afirma que “os custos com deslocamentos não incidem sobre as matérias-primas e no produto final para os consumidores.” Isso é falso: custos de transporte são componentes claros do custo logístico e, portanto, afetam o preço das matérias-primas, insumos e do produto final. Custos maiores de frete encarecem produtos internos e exportações, reduzindo competitividade.
Análise das demais alternativas (corretas):
A – correta: o reordenamento da rede de transportes visa ampliar a eficiência econômica e dar fluidez ao mercado, objetivo declarado em políticas públicas de logística.
B – correta: o predomínio rodoviário eleva custos de transporte, impactando preços internos e competitividade externa — argumento amplamente documentado por estudos logísticos.
C – correta: a nova política busca mais que substituir a prioridade rodoviária; objetiva criar bacias de drenagem logísticas com investimentos ferroviários/hidroviários privados para integrar o país globalmente.
E – correta: terminais intermodais e estações especializadas são essenciais para o sucesso das redes integradas (ferrovia/hidrovia/porto), reduzindo custos e tempo de transporte.
Dica de prova: atente para negações absolutas ("não incidem") e relacione afirmações aos efeitos econômicos diretos (custos logísticos → preço final). Pergunte-se sempre: “isso aumenta ou reduz custo/competitividade?” para checar consistência.
Fontes indicadas: Plano Nacional de Logística (PNLT), estudos do IPEA e publicações do Ministério da Infraestrutura sobre matriz de transportes.
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