A concordância nominal e verbal da Língua Portuguesa obedece a algumas regras específicas. No trecho: “boa
parte de nossas escolas é um escoadouro das mazelas sociais e éticas”
Leia o texto a seguir para responder a questão
O ambiente escolar é um excelente laboratório para a vida adulta de nossas crianças e adolescentes. Entre inúmeras
virtudes, a escola desenvolve resiliência às frustrações e propicia a convivência com a diversidade, pois é um espaço
de aprendizado e alegria.
Ademais, a escola tem legitimidade e autoridade intelectual e moral para ser um agente de transformação da comunidade na qual está inserida. Desgraçadamente, no entanto, não é isso que ocorre em uma boa parte de nossos
estabelecimentos de ensino. Mesmo reconhecida por uma maioria como a “nova riqueza das nações”, a escola, no
Brasil, tem sido exacerbadamente o espaço de frequentes agressões físicas e morais, muito acima da média mundial,
como bem demonstram estatísticas comparativas internacionais.
Sem forças para reverter uma dura realidade boa parte de nossas escolas é um escoadouro das mazelas sociais e
éticas. Destarte, vivenciam-se a violência física e o bullying, cuja frequência e intensidade indicam o quanto a escola
está moralmente comprometida, como decorrência da falta de regras claras e de punição adequada, conflitos mal
resolvidos e ausência de uma cultura mais humana no colégio ou em casa.
[...] Além disso, nos últimos anos temos passado por um agravamento de toda essa problemática, uma vez que o Brasil
vivencia a imbricação de três graves crises: econômica, política e, a mais avassaladora delas, a crise moral. E, como
professa Aristóteles, “o homem guiado pela ética é o melhor dos animais; quando sem ela, é o pior”.
Assim, quando os valores, virtudes, mérito, dedicação aos estudos e ao trabalho duro são relegados por uma boa
parcela de nossos políticos e da população, cabe à pergunta: que força tem a escola para romper os grilhões de
violências físicas e morais? Quando o entorno é conflagrado, a agressividade e a intimidação adentram as escolas –
se não for pelas portas ou pelas janelas, será pelas frestas. E como estancar essa invasão indesejada e deletéria?[...]
Um bom educador é comprometido com a sua comunidade escolar, pois ele carrega dentro de si a chama esplendorosa
do entusiasmo em promover o ser humano nos espectros ético, cognitivo, social e espiritual. (Gazeta do Povo, Jacir J.
Venturi, coordenador da Universidade Positivo, 10 set. 2017, com adaptações)
Leia o texto a seguir para responder a questão
O ambiente escolar é um excelente laboratório para a vida adulta de nossas crianças e adolescentes. Entre inúmeras virtudes, a escola desenvolve resiliência às frustrações e propicia a convivência com a diversidade, pois é um espaço de aprendizado e alegria.
Ademais, a escola tem legitimidade e autoridade intelectual e moral para ser um agente de transformação da comunidade na qual está inserida. Desgraçadamente, no entanto, não é isso que ocorre em uma boa parte de nossos estabelecimentos de ensino. Mesmo reconhecida por uma maioria como a “nova riqueza das nações”, a escola, no Brasil, tem sido exacerbadamente o espaço de frequentes agressões físicas e morais, muito acima da média mundial, como bem demonstram estatísticas comparativas internacionais.
Sem forças para reverter uma dura realidade boa parte de nossas escolas é um escoadouro das mazelas sociais e éticas. Destarte, vivenciam-se a violência física e o bullying, cuja frequência e intensidade indicam o quanto a escola está moralmente comprometida, como decorrência da falta de regras claras e de punição adequada, conflitos mal resolvidos e ausência de uma cultura mais humana no colégio ou em casa.
[...] Além disso, nos últimos anos temos passado por um agravamento de toda essa problemática, uma vez que o Brasil vivencia a imbricação de três graves crises: econômica, política e, a mais avassaladora delas, a crise moral. E, como professa Aristóteles, “o homem guiado pela ética é o melhor dos animais; quando sem ela, é o pior”.
Assim, quando os valores, virtudes, mérito, dedicação aos estudos e ao trabalho duro são relegados por uma boa
parcela de nossos políticos e da população, cabe à pergunta: que força tem a escola para romper os grilhões de
violências físicas e morais? Quando o entorno é conflagrado, a agressividade e a intimidação adentram as escolas –
se não for pelas portas ou pelas janelas, será pelas frestas. E como estancar essa invasão indesejada e deletéria?[...]
Um bom educador é comprometido com a sua comunidade escolar, pois ele carrega dentro de si a chama esplendorosa
do entusiasmo em promover o ser humano nos espectros ético, cognitivo, social e espiritual. (Gazeta do Povo, Jacir J.
Venturi, coordenador da Universidade Positivo, 10 set. 2017, com adaptações)
Gabarito comentado
Tema central: Concordância verbal com ênfase nas particularidades do verbo “ser” em construções com expressões partitivas e predicativos.
A questão trata da concordância do verbo “ser” no trecho: "boa parte de nossas escolas é um escoadouro das mazelas...". O desafio envolve compreender como o verbo “ser” se comporta quando o sujeito é uma expressão partitiva (por exemplo, boa parte de), seguida de um termo plural, e o predicativo está no singular.
Regra gramatical essencial:
Segundo Evanildo Bechara e Celso Cunha & Lindley Cintra, nessas estruturas o verbo pode concordar tanto com o núcleo do sujeito (singular: “boa parte”) quanto com o termo especificador (plural: “nossas escolas”). Porém, quando o predicativo do sujeito está no singular, como ocorre neste exemplo, a concordância no singular é a forma mais natural e preferida na norma-padrão.
Justificativa para a alternativa correta (B):
A alternativa B está correta porque nessas construções, a concordância do verbo “ser” pode ocorrer tanto com a expressão partitiva (“boa parte”) quanto, em outros casos, com o termo plural (“escolas”). Neste caso específico, o predicativo “um escoadouro” obriga o uso do verbo no singular, mas a flexibilidade da construção seria possível, principalmente se o predicativo estivesse no plural.
Análise das alternativas incorretas:
A) Incorreta: Diz que a concordância no singular é obrigatória, mas não é; há compatibilidade com o plural em contextos diferentes.
C) Incorreta: Afirma a obrigatoriedade do plural, o que contraria a norma, pois o singular é preferível neste caso.
D) Incorreta: Generaliza a concordância exclusiva com o sujeito, ignorando as exceções típicas do verbo “ser”.
Pegadinhas e orientações: Atenção aos sujeitos partitivos! Observe sempre se o predicativo está no singular ou plural, pois isso influencia fortemente a concordância do verbo “ser”. Não se prenda apenas ao termo mais próximo; avalie toda a estrutura da frase.
Em resumo: Neste tipo de construção, a flexibilidade da concordância é aceita na norma-padrão, mas, diante do predicativo singular, o verbo deve ir naturalmente para o singular.
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