Mais do que um problema relacionado à raça, o homicídio no Brasil sempre se caracterizou por ser um
tipo de crime vinculado ao território. Nas últimas décadas, as principais vítimas e autores de
assassinatos foram homens, jovens, moradores de bairros com pouca infraestrutura urbana dos
grandes centros metropolitanos. Eles mataram e morreram por viverem em locais com grande
quantidade de armas, marcados pela desordem. São territórios com frágil presença policial,
vulneráveis à ação daqueles que estão dispostos a tentar exercer o domínio pela violência.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,homicidio-e-um-crime-territorial-e-nao-esta-vinculado-a-racas,
531604,0.htm. Acesso em 15/01/2014.
A afirmação que é coerente com a situação da violência homicida no Brasil e com o texto acima,
de autoria do jornalista Bruno Paes Manso, é:
Mais do que um problema relacionado à raça, o homicídio no Brasil sempre se caracterizou por ser um
tipo de crime vinculado ao território. Nas últimas décadas, as principais vítimas e autores de
assassinatos foram homens, jovens, moradores de bairros com pouca infraestrutura urbana dos
grandes centros metropolitanos. Eles mataram e morreram por viverem em locais com grande
quantidade de armas, marcados pela desordem. São territórios com frágil presença policial,
vulneráveis à ação daqueles que estão dispostos a tentar exercer o domínio pela violência.
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,homicidio-e-um-crime-territorial-e-nao-esta-vinculado-a-racas, 531604,0.htm. Acesso em 15/01/2014.
A afirmação que é coerente com a situação da violência homicida no Brasil e com o texto acima, de autoria do jornalista Bruno Paes Manso, é:
Gabarito comentado
Alternativa correta: C
Tema central: a questão trata da territorialização da violência homicida — ou seja, como a distribuição espacial da pobreza, segregação urbana e falta de infraestrutura criam ambientes de maior risco. Esse é um conteúdo recorrente em geografia urbana e segurança pública.
Resumo teórico: áreas periféricas e segregadas concentram exclusão socioespacial (moradia precária, serviços públicos insuficientes, comércio e lazer escassos). Essa configuração favorece redes ilícitas, circulação de armas, disputa por controle territorial e reduz efetividade estatal (polícia, justiça, políticas sociais). Estudos e relatórios como o Atlas da Violência (IPEA) e dados do IBGE corroboram que homicídios são mais frequentes entre jovens homens de bairros com baixa infraestrutura.
Justificativa da alternativa C: a alternativa afirma que "territórios segregados e desintegrados..., habitados por populações de baixa renda, são ambientes onde as pessoas são mais suscetíveis ao risco da violência homicida." Isso sintetiza corretamente a ideia do texto: o homicídio está fortemente vinculado ao território e à desigualdade espacial. A afirmação é coerente com a literatura sobre violência urbana e com fontes como IPEA e relatórios da ONU-Habitat que relacionam segregação à vulnerabilidade.
Análise das alternativas incorretas:
A — Incorreta. O texto não nega a existência de desigualdades raciais, mas enfatiza o vínculo territorial. Dizer que a violência "afeta indistintamente" branco e negro e que é "apenas geográfico" é absolutizar e excluir fatores raciais e socioeconômicos combinados; rendimento e raça interagem na vulnerabilidade.
B — Incorreta. Afirma que a presença policial, mesmo frágil, garante
D — Incorreta. Minimiza a importância da infraestrutura urbana. O enunciado dá destaque à infraestrutura e ao território como fatores centrais; dizer que eles não devem ser sobrevalorizados contraria essa ênfase e subestima evidências empíricas.
E — Incorreta. Afirma que homicídios "não podem ser combatidos por meio de políticas públicas de segurança ou de planejamento urbano" — é uma conclusão falsa. Políticas integradas de urbanismo, inclusão social e segurança pública (policiamento comunitário, iluminação, equipamentos sociais) são justamente as respostas recomendadas por especialistas e organismos como ONU-Habitat.
Dica de prova: desconfie de termos absolutos como "apenas", "garante" e "não pode". Relacione sempre a alternativa ao núcleo do texto: aqui, território e desigualdade espacial são palavras-chave.
Fontes indicadas: Atlas da Violência (IPEA), dados do IBGE, publicações da ONU-Habitat sobre cidades e segurança.
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