Questão 13530284-ec
Prova:
Disciplina:
Assunto:
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a análise crítica do poema
Arte de amar, extraído da coletânea 50 poemas escolhidos pelo autor, de Manuel
Bandeira, apresentado a seguir:
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma,
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação,
Não noutra alma.
Só em Deus – ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a análise crítica do poema
Arte de amar, extraído da coletânea 50 poemas escolhidos pelo autor, de Manuel
Bandeira, apresentado a seguir:
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma,
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação,
Não noutra alma.
Só em Deus – ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
A
Atente-se, por exemplo, nesta lindíssima metáfora, atrevida metonímia em que o
poeta, com um golpe de mestre, fundindo os dois termos de comparação, de modo
a se interpenetrarem no absoluto, estabelece paradoxalmente uma relação nova,
sutil, imprevista, absurda, de efeito a causa, de agente a paciente, entre o objeto e a
sensação do objeto. (Onestaldo de Pennafort).
B
Trata-se de um melancólico que ama a solidão, o lamento, as confissões. Trata-se de
um triste que, se acaso chega a ouvir a voz da alegria, é sempre como “uma voz de
fora”, que vem até ele e acorda muitas notas adormecidas, mas que não o consegue
empolgar e dominar muito tempo. (Octavio de Faria).
C
Em horas mais sombrias, entretanto, se não chega a traduzir o sentimento da vida
declinamente e a resignação ao mau destino, que são sugeridos, de preferência,
por analogias, representa claramente a própria transitoriedade e a fugacidade da
existência. (Sérgio Buarque de Holanda).
D
Nesse poema se opera um corte, sem maiores cerimônias, separando matéria e
espírito. A tônica insiste fortemente na ideia de amor como ato físico, relação em
que a instintiva sabedoria do corpo dispensa interferências de outra ordem, pois
estas servem apenas para atrapalhar um fato que tem tudo para ser agradável, desde
que não procure justificativa transcendental, razões de ordem superior. (José Carlos
Garbuglio).
E
Nesses versos já vibra o propósito do poeta de fugir às paragens etéreas e
intemporais e firmar pé na realidade cotidiana, desvencilhar-se dos olhos livrescos que
o impediam de mirar a verdade diária e, armado de olhos novos, e novos ouvidos,
aprender a ver e a escutar. (Ledo Ivo).