A Embrapa é uma das protagonistas na área de controle biológico no Brasil, com muitos resultados de pesquisa básica gerados nas últimas três décadas por cerca de 30 de suas unidades de pesquisa em todo o Território Nacional (fonte: https://www.embrapa.br/temacontrole-biologico/sobre-o-tema). No Brasil, pelo menos dois tipos de controle biológico são utilizados nos cultivos agroecológicos. Dentre os quais podemos citar dois exemplos:

I - A criação de condições favoráveis ao aparecimento das joaninhas Cryptolaemus spp. que são os agentes controles de pulgões (pragas de couves e alfaces) por se alimentarem deles.

II – Aplicação do fungo Beauveria bassiana em forma de pasta, em pedaços de bananeira que são colocados ao redor das árvores servindo de isca para o Besouro praga de bananeiras. O fungo se adere a essa praga e desenvolvendo uma doença.

Portanto, a técnicas de controle biológico são baseadas em relações ecológicas naturais, cujos exemplos indicam corretamente:

Gabarito: Alternativa B

Tema central e relevância: A questão trata de interações ecológicas usadas no controle biológico — fundamental em concursos de Ecologia/Ambiental. É preciso distinguir corretamente predação e parasitismo/patogenicidade, conceitos aplicados ao manejo de pragas (Ex.: joaninhas vs. pulgões; fungos entomopatogênicos vs. insetos).

Resumo teórico rápido e progressivo: - Predação: um indivíduo (predador) captura e consome outro (presa), geralmente matando-o rapidamente. Ex.: Coccinellidae (joaninhas) que se alimentam de pulgões. - Parasitismo/Patogenicidade: organismo vive à custa do hospedeiro, podendo causar doença e morte ao longo do tempo; no caso de fungos entomopatogênicos (ex.: Beauveria bassiana) há infecção que se desenvolve no corpo do inseto, caracterizando parasitismo/infecção (ver Embrapa; FAO; Begon et al., 2006).

Justificativa da alternativa B: - I — joaninhas (Cryptolaemus spp.) são predadoras de pulgões: comem e reduzem imediatamente as populações-praga. Logo, relação = predacao da joaninha sobre pulgões. - II — Beauveria bassiana age como fungo entomopatogênico: adere, invade e provoca doença no besouro; trata‑se de parasitismo/patogenicidade (fungo parasita o inseto), não de predação.

Análise das alternativas incorretas: - A: Erra ao dizer que fungos praticam predação — fungos não capturam e consomem ativamente insetos como predadores. - C e D: Atribuem parasitismo às joaninhas — incorreto; joaninhas são predadoras, não parasitas. - E: Afirma que as joaninhas são parasitas (errado) — e repete “parasitismo dos fungos” que estaria correto sozinho, mas combinação torna a alternativa incorreta.

Dica de interpretação: nas alternativas procure verbos-chave: “se alimentam”, “comem” → predador/predação; “desenvolve doença”, “infecta”, “adere e invade” → parasitismo/entomopatia. Use isso para eliminar opções com termos trocados.

Fontes: Embrapa – página sobre controle biológico; Begon, Townsend & Harper (Ecology, conceitos de interações ecológicas); literatura sobre entomopatogênicos (Ex.: Inglis et al.).

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