Se uma mulher de visão normal é filha de mãe
daltônica, qual a probabilidade dela ter um
menino daltônico tendo relações sexuais com um
homem de visão normal?
Gabarito comentado
Resposta correta: C - 1/4
Tema central: herança ligada ao cromossomo X (daltonismo é geralmente recessivo e ligado ao X). A questão exige identificar genótipos parentais e calcular probabilidade combinando sexo da prole e transmissão do alelo recessivo.
Resumo teórico: em herança X‑ligada recessiva, homens têm genótipo X•Y e expressam o traço se o X contiver o alelo mutante (Xd). Mulheres só expressam o traço se forem Xd Xd; mulheres X+ Xd são portadoras sem manifestar o fenótipo. Filhos homens recebem o X da mãe e o Y do pai — por isso um filho fica daltônico se a mãe passar Xd.
Raciocínio e justificativa: a mãe da mulher é daltônica (Xd Xd). Para a mulher ser de visão normal ela necessariamente recebeu Xd da mãe e X+ do pai — logo sua constituição é X+ Xd (portadora certa). O homem com visão normal é X+ Y. Cruzando X+ Xd (mulher) × X+ Y (homem): metade dos filhos serão meninos; dentre os meninos, metade receberão Xd da mãe e serão daltônicos. Probabilidade de ter um menino daltônico = P(ser menino) × P(mãe transmitir Xd) = 1/2 × 1/2 = 1/4.
Análise das alternativas incorretas:
A — 1/2: seria a chance de um filho homem ser daltônico condicionado a já sabermos que é filho (ou se a pergunta fosse "se ela tiver um menino, qual a probabilidade de ele ser daltônico?"). Não é a probabilidade de ter um menino daltônico entre todas as gestações.
B — 2/3: valor típico de problemas condicionados (por ex., entre filhos afetados) — não se aplica aqui; não surge do cruzamento X+Xd × X+Y.
D — 1/8: muito baixa; corresponderia a multiplicação indevida de eventos extras (ex.: três eventos 1/2 independentes) — não é o caso.
E — 1: impossível pois a mãe é apenas portadora; nem todos os filhos serão afetados.
Dica de prova: identifique primeiro se o caráter é autossômico ou ligado ao sexo. Em ligações ao X, lembre-se: homens não transmitem X aos filhos homens; mulheres portadoras transmitem X mutante com probabilidade 1/2.
Fontes básicas: livros de genética mendeliana e molecular (por ex., Pierce — Genetics: A Conceptual Approach; Campbell — Biology) e materiais didáticos de genética humana.
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