Assinale a alternativa INCORRETA a respeito do romance “Terras do sem fim”, de Jorge Amado.
Gabarito comentado
Tema central: A questão aborda o romance “Terras do Sem Fim”, de Jorge Amado, explorando as características do Modernismo (segunda fase), regionalismo e crítica social, bem como os elementos estéticos que fundamentam a obra.
Conceitos-chave: A segunda fase do Modernismo brasileiro (1930-1945) caracteriza-se por uma literatura voltada à denúncia social, ao regionalismo e aos conflitos de classe. Jorge Amado é referência desse contexto, focando em temáticas como coronelismo, luta por terras, injustiças sociais e retratando a Bahia do cacau.
Justificativa da alternativa correta:
A alternativa E é a INCORRETA porque afirma que o romance está integrado à estética romântica, o que não procede. No Romantismo há idealização do herói (virtuoso, exemplo moral), mas em “Terras do Sem Fim” os personagens, inclusive Leonardo, são complexos e cheios de ambiguidade, representando a realidade social e não valores românticos. A obra, portanto, não apresenta um “herói nacional virtuoso e sem desvios”, mas retrata figuras inseridas nos conflitos humanos e sociais.
Por que as demais alternativas estão corretas?
A) Correta. Destaca justamente a posição da obra na segunda fase modernista, marcada pela denúncia social.
B) Correta. O romance aborda as lutas de posse do cacau no recôncavo baiano, diferencia-se pelo olhar do autor sobre os conflitos rurais da região.
C) Correta. Poder, riqueza, esperança e violência são temas centrais, costurando a narrativa.
D) Correta. O autor utiliza experiências de vida e indignação social, conjugando neorrealismo ao regionalismo, apresentando lutas de classes e aspectos do papel da mulher na sociedade.
Estratégia de prova: Note o uso dos termos “herói”, “estética romântica” ou idealização: em autores modernistas como Jorge Amado, isso é um erro fácil de identificar! Atenção também para antagonismos de escola literária e descrições demasiado genéricas. Tais pegadinhas são comuns!
Referência: Candido (“Formação da Literatura Brasileira”), Bosi (“História Concisa da Literatura Brasileira”) e a própria obra de Amado detalham esse tratamento realista e crítico.
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