As matas de várzea (componentes do Domínio Amazônico) são geralmente mais baixas, e as espécies características desenvolveram sofisticados mecanismos adaptativos para se fixar no solo alagadiço e pobre em oxigênio. Muitas dessas espécies possuem raízes aéreas, que levam oxigênio da atmosfera para as porções subterrâneas do solo.

Alternativa correta: E — Errado

Tema central: diferenças entre tipos de florestas inundáveis da Amazônia (várzea x igapó), porte das árvores e mecanismos adaptativos ao alagamento. É frequente em provas exigir distinção entre fertilidade do solo, altura das matas e tipos de adaptações fisiológicas e morfológicas.

Resumo teórico (essencial): As matas de várzea são áreas alagáveis pelos rios de água “branca” (ricos em sedimentos), o que as torna geralmente mais férteis e com maior produtividade que as matas de igapó (águas pretas/claras, pobres em nutrientes). Por isso, as várzeas costumam suportar árvores de maior porte do que as igapós. As adaptações das espécies a regimes de inundação incluem formação de tecidos aerênquimáticos, raízes adventícias, lenticelas e, em alguns casos, estruturas que facilitam trocas gasosas. Pneumatóforos (raízes eretas para troca de gases) são típicos de manguezais e não são a regra nas várzeas amazônicas (ver Junk et al., 1989; IBGE — Mapa de Vegetação).

Por que a afirmativa é errada:

• A afirmação de que as “matas de várzea são geralmente mais baixas” é incorreta: devido à fertilidade trazida por sedimentos dos rios de água branca, as várzeas frequentemente apresentam árvores de médio a grande porte, sendo mais altas e produtivas que as igapós.
• A afirmação sobre “raízes aéreas que levam oxigênio da atmosfera para as porções subterrâneas do solo” é uma simplificação imprecisa. Muitas espécies desenvolvem tecidos aerênquimáticos e raízes adventícias que permitem respiração em ambientes anóxicos; contudo, não é correto dizer que raízes aéreas “levam oxigênio ao solo” — elas permitem trocas gasosas para os tecidos da planta. Pneumatóforos bem desenvolvidos são característicos de manguezais, não da maioria das matas de várzea amazônica.

Dica de prova: ao ler afirmações sobre domínios morfoclimáticos, compare sempre várzea x igapó (fertilidade e porte) e questione termos absolutos como “geralmente mais baixas”. Identifique também se a descrição das adaptações é fisiologicamente consistente (ex.: transportar oxigênio ao solo vs. permitir respiração das raízes).

Fontes: Junk et al. (1989, 1997) sobre planícies de inundação amazônicas; IBGE — mapas e descrições de vegetação.

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