A indústria de alta tecnologia no Brasil é uma atividade recente e incipiente.
Predominam pequenas e médias empresas e algumas grandes corporações do ramo de
montagem de celulares, processadores, computadores portáteis, câmeras etc. São sérios
os problemas limitantes ao seu desenvolvimento de forma mais competitiva. Que problemas
afetam o desenvolvimento da indústria de alta tecnologia no Brasil?
I. Ausência de uma política industrial federal que estimule a indústria nacional de alta
tecnologia.
II. Dificuldades com a transferência do que é produzido pela ciência para o setor industrial.
III. Insuficiência de políticas de crédito e financiamento de longo prazo e insuficientes
incentivos fiscais.
IV. Insuficiente capacitação das empresas nacionais para desenvolver novos processos e
produtos.
São corretas as afirmativas:
A indústria de alta tecnologia no Brasil é uma atividade recente e incipiente. Predominam pequenas e médias empresas e algumas grandes corporações do ramo de montagem de celulares, processadores, computadores portáteis, câmeras etc. São sérios os problemas limitantes ao seu desenvolvimento de forma mais competitiva. Que problemas afetam o desenvolvimento da indústria de alta tecnologia no Brasil?
I. Ausência de uma política industrial federal que estimule a indústria nacional de alta tecnologia.
II. Dificuldades com a transferência do que é produzido pela ciência para o setor industrial.
III. Insuficiência de políticas de crédito e financiamento de longo prazo e insuficientes incentivos fiscais.
IV. Insuficiente capacitação das empresas nacionais para desenvolver novos processos e produtos.
São corretas as afirmativas:
Gabarito comentado
Resposta correta: B - I, II e IV, apenas.
Tema central: a questão trata dos obstáculos ao desenvolvimento da indústria de alta tecnologia no Brasil — tópico clássico em geografia econômica e política industrial. É preciso distinguir problemas estruturais (falta de política consistente, capacidade tecnológica das empresas, transferência de conhecimento) de afirmações absolutas que podem ser contestadas.
Resumo teórico: a industrialização de alta tecnologia depende de três pilares: (1) políticas industriais coerentes e de longo prazo; (2) mecanismos eficazes de transferência tecnológica entre universidades/centros de pesquisa e empresas; (3) capacidade interna das empresas (P&D, engenharia, produção) e mecanismos de financiamento/incentivos. No Brasil existem instrumentos de fomento (BNDES, FINEP, Lei nº 11.196/2005 — "Lei do Bem", PADIS etc.), mas a crítica recai sobre a insuficiência e descontinuidade dessas ações.
Por que a alternativa B é a correta?
- I (correta): Há falta de uma política industrial federal contínua e coordenada específica e robusta para promover competitividade em alta tecnologia — há programas pontuais, mas não uma política estável e integrada.
- II (correta): A transferência do conhecimento científico para o setor produtivo é de fato um gargalo: muitos centros de pesquisa não conseguem converter inovações em produtos industrializáveis.
- IV (correta): Muitas empresas nacionais têm capacidade limitada para desenvolver processos e produtos de alto valor agregado, o que restringe a cadeia de inovação.
Por que a alternativa III está incorreta (e, portanto, excluída)?
A afirmativa III diz haver insuficiência de políticas de crédito/financiamento de longo prazo e insuficientes incentivos fiscais. Essa afirmação, apresentada como absoluta, torna-se incorreta diante da existência de instrumentos específicos de fomento e incentivos no Brasil — por exemplo, BNDES e FINEP oferecem linhas de crédito de longo prazo; a "Lei do Bem" (Lei nº 11.196/2005) concede incentivos fiscais para P&D; programas como PADIS e subvenção econômica já apoiaram setores estratégicos. Logo, embora tais instrumentos muitas vezes sejam insuficientes em escala ou continuidade, não é correto afirmar simplesmente que eles não existem — por isso a proposição é considerada incorreta na prova.
Dica de interpretação: fique atento a afirmações absolutas. Em questões sobre políticas públicas, diferencie “ausência total” de “insuficiência” e verifique se há instrumentos existentes — mesmo que limitados. Procure termos como “sempre”, “nunca”, ou generalizações que podem ser contestadas com exemplos reais (leis, agências, programas).
Fontes citadas (para estudo): Lei nº 11.196/2005 (Lei do Bem); sites do BNDES e da FINEP; estudos sobre política industrial brasileira.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!






