No Brasil, o uso de tecnologias propiciou o aumento da produtividade, mas não do desenvolvimento econômico do meio rural, pois acentuaram-se a concentração fundiária, a dependência tecnológica e a poluição proveniente do uso de pesticidas.

Alternativa correta: C — Certo

Tema central: impacto das tecnologias na agropecuária brasileira — aumento da produtividade versus desenvolvimento econômico do meio rural. É preciso diferenciar rendimento técnico (produtividade) de bem‑estar e desenvolvimento local (renda distribuída, emprego, serviços).

Resumo teórico: desde a chamada "Revolução Verde" e com a modernização do agronegócio, tecnologias (máquinas, sementes híbridas/biotecnologia, fertilizantes, pesticidas) elevaram significativamente a produção agrícola. Porém, ganhos técnicos nem sempre geram desenvolvimento rural amplo, porque:

• Economias de escala favorecem grandes propriedades, acelerando a concentração fundiária (IBGE, Censo Agropecuário).
• Pequenos produtores ficam dependentes de insumos, crédito e assistência técnica de empresas, aumentando a dependência tecnológica e vulnerabilidade econômica (Embrapa; FAO).
• Uso intensivo de pesticidas causa poluição e problemas de saúde e ambientais, gerando custos sociais que não beneficiam o desenvolvimento local (Lei nº 7.802/1989 regulamenta agrotóxicos no Brasil; estudos ambientais e relatórios da Anvisa/IBAMA).

Justificativa da resposta: a assertiva sintetiza um diagnóstico reconhecido na literatura e em dados nacionais — tecnologias aumentaram produtividade, mas os efeitos socioeconômicos no meio rural foram desiguais, perpetuando concentração, dependência de insumos e externalidades ambientais. Portanto, a frase está correta.

Análise da alternativa incorreta (E — errado): marcá‑la como errada seria ignorar evidências históricas e estatísticas sobre a desigualdade fundiária, a verticalização do agronegócio e os impactos ambientais do uso de pesticidas no Brasil.

Dica de interpretação: em questões assim, diferencie termos: "produtividade" ≠ "desenvolvimento". Procure evidências empíricas e pense em efeitos distributivos e ambientais, não apenas técnicos.

Fontes sugestivas: IBGE (Censo Agropecuário), Embrapa — estudos sobre modernização agrícola, FAO — relatórios sobre tecnologia e desenvolvimento rural, Lei nº 7.802/1989 (agrotóxicos).

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