INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia o
trecho do diário de viagem de Mário de Andrade,
retirado de O turista aprendiz.
“Durante esta viagem pela Amazônia, muito resolvido
a... escrever um livro modernista, provavelmente mais
resolvido a escrever que a viajar, tomei muitas notas
como vai se ver. Notas rápidas, telegráficas muitas vezes.
Algumas porém se alongaram mais pacientemente,
sugeridas pelos descansos forçados do vaticano de
fundo chato, vencendo difícil a torrente do rio. Mas quase
tudo anotado sem nenhuma intenção da obra-de-arte,
reservada pra elaborações futuras, nem com a menor
intenção de dar a conhecer aos outros a terra viajada.
E a elaboração definitiva nunca realizei. Fiz algumas
tentativas, fiz. Mas parava logo no princípio, nem sabia
bem porque, desagradado. Decerto já devia me desgostar
naquele tempo o personalismo do que anotava. Se
gostei e gozei muito pelo Amazonas, a verdade é que vivi
metido comigo por todo esse caminho largo de água.”
Com base no excerto e em seu contexto, preencha
os parênteses com V para verdadeiro ou F para falso.
( ) O diário de viagem é uma modalidade de narrativa
que relata não só os acontecimentos
transcorridos durante o percurso, mas também
os sentimentos do sujeito viajante.
( ) As anotações do diário acompanhavam a rotina
do barco: às vezes eram breves, outras mais
longas em função das paradas e do movimento
da embarcação nas águas do rio.
( ) O narrador se assume como um tipo especial de
viajante porque não se integra à paisagem e ao
ambiente da Amazônia, uma vez que a viagem
que empreende é de ordem subjetiva.
( ) Mário de Andrade se identifica como um turista
aprendiz porque fez muitas anotações, escreveu
um livro sobre a viagem, corrigiu os originais e
experimentou um personalismo exacerbado.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses,
de cima para baixo, é:
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia o trecho do diário de viagem de Mário de Andrade, retirado de O turista aprendiz.
“Durante esta viagem pela Amazônia, muito resolvido a... escrever um livro modernista, provavelmente mais resolvido a escrever que a viajar, tomei muitas notas como vai se ver. Notas rápidas, telegráficas muitas vezes. Algumas porém se alongaram mais pacientemente, sugeridas pelos descansos forçados do vaticano de fundo chato, vencendo difícil a torrente do rio. Mas quase tudo anotado sem nenhuma intenção da obra-de-arte, reservada pra elaborações futuras, nem com a menor intenção de dar a conhecer aos outros a terra viajada. E a elaboração definitiva nunca realizei. Fiz algumas tentativas, fiz. Mas parava logo no princípio, nem sabia bem porque, desagradado. Decerto já devia me desgostar naquele tempo o personalismo do que anotava. Se gostei e gozei muito pelo Amazonas, a verdade é que vivi metido comigo por todo esse caminho largo de água.”
Com base no excerto e em seu contexto, preencha os parênteses com V para verdadeiro ou F para falso.
( ) O diário de viagem é uma modalidade de narrativa que relata não só os acontecimentos transcorridos durante o percurso, mas também os sentimentos do sujeito viajante.
( ) As anotações do diário acompanhavam a rotina do barco: às vezes eram breves, outras mais longas em função das paradas e do movimento da embarcação nas águas do rio.
( ) O narrador se assume como um tipo especial de viajante porque não se integra à paisagem e ao ambiente da Amazônia, uma vez que a viagem que empreende é de ordem subjetiva.
( ) Mário de Andrade se identifica como um turista aprendiz porque fez muitas anotações, escreveu um livro sobre a viagem, corrigiu os originais e experimentou um personalismo exacerbado.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses,
de cima para baixo, é:
Gabarito comentado
Tema central: A questão aborda a compreensão do gênero literário “diário de viagem” e sua manifestação em O Turista Aprendiz, de Mário de Andrade. Foca-se no entrelaçamento entre o relato das experiências externas e o registro dos sentimentos do autor-viajante.
A aplicação teórica: Para resolver esta questão, é fundamental reconhecer que o diário de viagem mistura o registro objetivo de eventos com reflexões subjetivas, algo bem ilustrado no trecho de Mário de Andrade. Lembre: uma leitura atenta do enunciado localiza termos como “metido comigo” e “notas rápidas, telegráficas”, revelando importantes pistas.
Análise das afirmativas:
1) Verdadeira. O diário de viagem expressa tanto acontecimentos quanto sentimentos do autor. O trecho demonstra esse equilíbrio, reforçando o caráter introspectivo junto ao relato externo.
2) Verdadeira. O ritmo das anotações acompanhava a dinâmica do barco: rápidas quando em movimento, mais longas nos descansos. É uma interpretação direta do texto.
Dica de prova: Repare nas descrições temporais e espaciais, que frequentemente apontam para este tipo de detalhe.
3) Verdadeira. O narrador é especial por viver a viagem de modo subjetivo (“vivi metido comigo”). Isso indica uma relação de autoconhecimento, não de interação com o meio físico.
4) Falsa. A identificação “turista aprendiz” não decorre de ter escrito, corrigido e publicado o relato, mas sim desta postura aberta ao aprendizado e da crítica ao personalismo excessivo. Mário de Andrade frustra-se com a subjetividade de suas anotações, diferente do que propõe o item.
Por que as outras sequências estão erradas? Todas alteram o julgamento correto dos itens, ou ignoram a natureza subjetiva e reflexiva do texto, ou confundem a intenção do autor acerca de seu diário.
Estratégias para evitar erros: Atenção a termos fortes como “sempre”, “todos”, “porque”, e repare em palavras-chave do texto. Se uma alternativa contradiz uma fala explícita do autor, ela deve ser falsa.
Gabarito correto: A) V – V – V – F
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