Com relação aos movimentos sociais no Paraná, assinale a alternativa correta.
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa D
Tema central: a questão aborda os movimentos sociais rurais no Paraná, sobretudo aqueles vinculados à posse da terra e à reforma agrária — tema recorrente em provas de história/região porque exige conhecer atores (sem-terra, pequenos proprietários, latifundiários), cronologia e características dos conflitos fundiários.
Resumo teórico: no Paraná, como em grande parte do Sul e Centro‑Oeste, a estrutura fundiária concentrada e a expansão do agronegócio geraram conflitos por terra. Esses conflitos alimentaram movimentos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e outras mobilizações de posseiros e agricultores sem terra. Fontes úteis: INCRA (política de reforma agrária), IBGE (recorte fundiário) e estudos sobre a história agrária do Paraná.
Justificativa da alternativa D: os principais movimentos rurais paranaenses têm como base os conflitos de posse e acesso à terra — ocupações, demandas por titulação e por reforma agrária. Portanto, afirmar que "os conflitos em torno da posse da terra constituíram a base dos principais movimentos rurais do Paraná" descreve corretamente a gênese e a dinâmica desses movimentos (ex.: MST e mobilizações de trabalhadores rurais).
Análise das alternativas incorretas
A — incorreta: a UDR (União Democrática Ruralista) foi criada por grandes proprietários e produtores para combater as demandas por reforma agrária e fortalecer a defesa dos latifúndios — não é fruto de pequenos proprietários que reivindicam reforma agrária.
B — incorreta: o movimento dos trabalhadores sem terra teve grande repercussão no Paraná; o estado foi palco de ocupações e conflitos intensos, justamente por causa da concentração fundiária, e não por ser um modelo bem‑sucedido de pequenas propriedades.
C — incorreta: o sindicalismo urbano no Paraná existe e há lutas importantes, mas a alternativa exagera ao apontar a indústria automotiva como vetor único e ao afirmar que esse sindicalismo foi "o mais ativo" em detrimento dos fortes movimentos rurais; no contexto paranaense, a pauta agrária é central.
E — incorreta: as Ligas Camponesas tiveram importância nos anos 1940‑50 em algumas regiões do país, mas foram duramente reprimidas após 1964 e não foram o ator preponderante na redemocratização; esse processo contou mais com movimentos urbanos, sindicatos e a sociedade civil.
Dica de prova: busque palavras‑chave (posse, reforma agrária, latifúndio, MST) e cheque atores cronológicos. Desconfie de alternativas que invertem papel dos sujeitos (ex.: grandes latifundiários apresentados como pequenos proprietários) ou que usam termos absolutos ("preponderante", "o mais ativo").
Fontes sugeridas: INCRA (políticas de reforma agrária), estudos do IBGE sobre estrutura fundiária, e bibliografia sobre movimentos sociais rurais (historiadores e cientistas sociais especializados em agrarianismo no Brasil).
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