Questõesde UNICAMP 2016

1
1
Foram encontradas 85 questões
6e69c5cd-1d
UNICAMP 2016 - Biologia - Evolução biológica, Origem e evolução da vida

“Um poeta chamado Zhu Xi escreveu o seguinte há cerca de 1200 anos: ‘No topo das altas montanhas vejo conchas que me dizem que antigos lugares de baixa altitude se elevaram para os céus e moram agora nos mais elevados picos. Estas conchas dizem-me também que materiais vivos de animais se converteram nas mais duras e inertes rochas.’ Essas palavras foram durante séculos lidas como se fossem versos. Mas Zhu Xi não era apenas um poeta: era um cientista, aquilo que, até há pouco se chamava um naturalista.”
(Mia Couto,”Rios, Cobras e Camisas de Dormir”, em E se Obama fosse africano? E outras intervenções. 2.ed. Lisboa: Editorial Caminho, 2009, p.58.)
O poema citado por Mia Couto faz referência

A
ao processo de migração de moluscos marinhos para topos de montanhas e a sua posterior fossilização.
B
ao processo de decomposição de materiais vivos que ocorre nas rochas duras e inertes presentes nos topos das montanhas.
C
à presença de fósseis de moluscos em montanhas que se formaram em regiões antes cobertas por água.
D
à existência de fósseis de moluscos que habitavam topos de montanhas e hoje estão extintos.
6e640a33-1d
UNICAMP 2016 - Química - Equilíbrio Químico, Sistemas Homogêneos: Constantes: Kc e Kp. Deslocamento do Equilíbrio: Fatores.

Uma equação química é uma equação matemática no sentido de representar uma igualdade: todos os átomos e suas quantidades que aparecem nos reagentes também devem constar nos produtos. Considerando uma equação química e sua correspondente constante de equilíbrio, pode-se afirmar corretamente que, multiplicando-se todos os seus coeficientes por 2, a constante de equilíbrio associada a esta nova equação será

A
o dobro da constante da primeira equação química, o que está de acordo com um produtório.
B
o quadrado da constante da primeira equação, o que está de acordo com um produtório.
C
igual à da primeira equação, pois ela é uma constante, o que está de acordo com um somatório.
D
a constante da primeira equação multiplicada por ln 2, o que está de acordo com um somatório.
6e5e4357-1d
UNICAMP 2016 - Biologia - Transcrição e Tradução, Moléculas, células e tecidos

Em certa espécie animal a proporção de nucleotídeos Timina na molécula de DNA é igual a t > 0. Então, a proporção de nucleotídeos Citosina nesse mesmo DNA é igual a

A
1 − t.
B
t/2.
C
1 − t/2.
D
1/2 − t.
6e507193-1d
UNICAMP 2016 - Matemática - Polinômios

Considere o polinômio p(x) = xn + xm + 1, em que n > m ≥ 1. Se o resto da divisão de p(x) por x + 1 é igual a 3, então

A
n é par e m é par.
B
n é ímpar e m é ímpar.
C
n é par e m é ímpar.
D
n é ímpar e m é par.
6e5b81a4-1d
UNICAMP 2016 - Matemática - Relações Trigonométricas no Triângulo Retângulo, Leis dos Senos e Cossenos., Trigonometria, Relações Métricas no Triângulo Retângulo, Lei dos Cossenos, Geometria Plana

Considere o triângulo retângulo ABD exibido na figura abaixo, em que AB = 2 cm, BC = 1 cm e CD = 5 cm. Então, o ângulo θ é igual a

A
15º .
B
30º .
C
45º .
D
60º .
6e58e2d7-1d
UNICAMP 2016 - Matemática - Seno, Cosseno e Tangente, Progressão Aritmética - PA, Trigonometria, Secante, Cossecante e Cotangente e Ângulos Notáveis, Progressões

Seja x um número real, 0 < x < π/2, tal que a sequência (tan x , sec x , 2) é uma progressão aritmética (PA). Então, a razão dessa PA é igual a 

A
1.
B
5/4.
C
4/3.
D
1/3.
6e560a8c-1d
UNICAMP 2016 - Matemática - Poliedros

Um paralelepípedo retângulo tem faces de áreas 2 cm2 , 3 cm2 e 4 cm2 . O volume desse paralelepípedo é igual a

A
2√3 cm3 .
B
2√6 cm3 .
C
24 cm3 .
D
12 cm3 .
6e532d1a-1d
UNICAMP 2016 - Matemática - Números Complexos

Seja i a unidade imaginária, isto é, i2 = −1. O lugar geométrico dos pontos do plano cartesiano com coordenadas reais (x, y) tais que (2x + yi)(y + 2xi) = i é uma

A
elipse.
B
hipérbole.
C
parábola.
D
reta.
6e4dd105-1d
UNICAMP 2016 - Matemática - Álgebra Linear, Sistemas Lineares

Sejam a e b números reais. Considere, então, os dois sistemas lineares abaixo, nas variáveis x, y e z:

Sabendo que esses dois sistemas possuem uma solução em comum, podemos afirmar corretamente que

A
ab = 0.
B
a + b = 1.
C
a − b = 2.
D
a + b = 3
6e4291c5-1d
UNICAMP 2016 - Matemática - Álgebra, Problemas, Funções, Equações Exponenciais

Considere as funções f (x) = 3x e g(x) = x3 , definidas para todo número real x. O número de soluções da equação f (g(x)) = g(f(x)) é igual a

A
1.
B
2.
C
3.
D
4.
6e4b11d6-1d
UNICAMP 2016 - Matemática - Matrizes, Álgebra Linear

Sendo a um número real, considere a matriz A = Então, A2017 é igual a

A


B


C


D


6e48707f-1d
UNICAMP 2016 - Matemática - Circunferências, Geometria Analítica, Estudo da Reta

Considere a circunferência de equação cartesiana x2 + y2 = x − y. Qual das equações a seguir representa uma reta que divide essa circunferência em duas partes iguais?

A
x + y = −1.
B
x − y = −1.
C
x − y = 1.
D
x + y = 1.
6e459869-1d
UNICAMP 2016 - Matemática - Áreas e Perímetros, Funções, Geometria Plana, Função de 1º Grau, Função de 2º Grau

Considere o quadrado de lado a > 0 exibido na figura abaixo. Seja A(x) a função que associa a cada 0 ≤ x ≤ a a área da região indicada pela cor cinza.

O gráfico da função y = A(x) no plano cartesiano é dado por

A


B


C


D


6e3fbc58-1d
UNICAMP 2016 - Matemática - Funções

Seja f(x) uma função tal que para todo número real x temos que xf (x − 1) = (x − 3) f (x) + 3. Então, f (1) é igual a

A
0.
B
1.
C
2.
D
3.
6e2c38a8-1d
UNICAMP 2016 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

O romance Memórias póstumas de Brás Cubas é considerado um divisor de águas tanto na obra de Machado de Assis quanto na literatura brasileira do século XIX. Indique a alternativa em que todas as características mencionadas podem ser adequadamente atribuídas ao romance em questão.

A
Rejeição dos valores românticos, narrativa linear e fluente de um defunto autor, visão pessimista em relação aos problemas sociais.
B
Distanciamento do determinismo científico, cultivo do humor e digressões sobre banalidades, visão reformadora das mazelas sociais.
C
Abandono das idealizações românticas, uso de técnicas pouco usuais de narrativa, sugestão implícita de contradições sociais.
D
Crítica do realismo literário, narração iniciada com a morte do narrador-personagem, tematização de conflitos sociais.
6e37270b-1d
UNICAMP 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sabe-se que Coração, cabeça e estômago é uma obra atípica na produção ficcional de Camilo Castelo Branco. Em relação a essa obra, assinale a alternativa em que todas as características listadas são corretas.

A
Inclusão da edição do livro como parte do jogo narrativo; sátira da poesia e das motivações espirituais; caracterização do herói como alguém incapaz de amar
B
Paródia da vida romântica e natural; espiritualização das necessidades do corpo; transformação do herói ao longo da narrativa.
C
Descrição da formação do indivíduo; caricatura dos valores e sentimentos românticos; impossibilidade de adaptação do herói à vida social.
D
Caricatura das questões relacionadas ao espírito e à posição social; elogio irônico das motivações fisiológicas; ridicularização do herói.
6e346cc6-1d
UNICAMP 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“São Francisco botava o dedo nas feridas dos leprosos. Mas é que ele era um santo, fazia milagres, e ela é simplesmente Doralice Leitão Leiria, um ser humano como qualquer outro.”
(Érico Veríssimo, Caminhos cruzados. São Paulo: Companhia de Bolso, 2016, p.77.)
“ – Queres seguir a política? Então? Procura imitar Bismarck! Haverá padrão melhor?” (Idem, p. 290.)
Os fragmentos acima captam um dos traços principais de Caminhos cruzados no que diz respeito à identidade narrativa das personagens. Considerando o conjunto do romance, tal traço consiste em uma

A
percepção de que a necessidade de status na vida social e a produção de desejos políticos e religiosos nascem da cópia de um modelo consagrado.
B
afirmação, por meio do narrador, da necessidade de protagonistas bem construídos para o êxito da narrativa ficcional.
C
recusa dos modelos bem sucedidos na vida social, pois eles constrangem a imaginação artística e moral dos romancistas.
D
representação literária da condição humana, que não necessita de figuras imaginárias para atribuir sentido à vida religiosa e política.
6e31a183-1d
UNICAMP 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Essas duas cenas de ciúmes concluem dois textos diferentes de Jorge de Lima. A primeira pertence ao conhecido poema modernista “Essa negra Fulô”; a segunda, ao poema “História”, de Poemas Negros (1947). Em relação a “Essa negra Fulô”, o poema “História”, especificamente, representa

“O Sinhô foi açoitar
sozinho a negra Fulô.
A negra tirou a saia
e tirou o cabeção,
de dentro dêle pulou
nuinha a negra Fulô.

Essa negra Fulô!
Essa negra Fulô!

Ó Fulô! Ó Fulô!
Cadê, cadê teu Sinhô
que Nosso Senhor me mandou?
Ah! Foi você que roubou,
foi você, negra Fulô?

Essa negra Fulô!”
(Jorge de Lima, Poesias Completas, v.1. Rio de Janeiro/Brasília: J.Aguilar e INL,
1974, p. 121.)

“A Sinhá mandou arrebentar-lhe os dentes:
Fute, Cafute, Pé-de-pato, Não-sei-que-diga,
avança na branca e me vinga.
Exu escangalha ela, amofina ela,
amuxila ela que eu não tenho defesa de homem,
sou só uma mulher perdida neste mundão.
Neste mundão.
Louvado seja Oxalá.
Para sempre seja louvado.”
(Idem, p.164.)

A
a reiteração da denúncia das relações de poder, muito arraigadas no sistema escravocrata, que colocam no mesmo plano violências raciais e sexuais.
B
a passagem de uma caracterização da mulher negra como sedutora para uma postura solidária em relação à escrava, que explicita as estratégias compensatórias de que se vale para sobreviver.
C
a permanência de uma visão pitoresca sobre a situação da mulher negra nos engenhos de açúcar, que oculta os mecanismos de poder que garantiam sua exploração.
D
a superação da visão idílica da vida na senzala, graças a uma postura realista e social, que revela a violência das relações entre senhores e escravos.
6e2eeb15-1d
UNICAMP 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No conto “Amor”, de Clarice Lispector, após ver um cego mascando chicletes, a personagem passa por uma situação que, segundo o narrador, ela própria chama de “crise”:
“O que chamava de crise viera afinal. E sua marca era o prazer intenso com que olhava agora as coisas, sofrendo espantada. O calor se tornara mais abafado, tudo tinha ganho uma força e vozes mais altas.”
(Clarice Lispector, Laços de Família. Rio de Janeiro: Rocco, 2009, p.23.)
Essa crise, que transforma a relação da personagem com o mundo e com a família,

A
nasce do colapso da vontade de viver da personagem, em razão do doloroso prazer com que passou a ver as coisas.
B
revela o conflito vivido pela personagem entre o tipo de vida que havia escolhido e as coisas que passou a desejar.
C
constitui, para a personagem, uma alteração no modo de vida que antes a fazia sofrer e do qual agora havia se libertado.
D
remete à excitação da personagem por ter conseguido harmonizar sua antiga vida com os novos desejos e sensações.
6e295d97-1d
UNICAMP 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Uma peripécia, uma reviravolta nas circunstâncias, de uma hora para outra transforma uma sequência rotineira de acontecimentos numa história.”
(Jerome Bruner, Fabricando histórias. Direito, literatura, vida. São Paulo: Letra e Voz, 2014, p.15.)
Levando-se em conta a noção acima proposta por Jerome Bruner, qual é a peripécia que ocorre no terceiro ato da peça Lisbela e o prisioneiro

A
O disparo de arma de fogo em direção a Frederico Evandro, realizado por Lisbela, e a descoberta posterior de que as balas do revólver eram de festim.
B
O encontro furtivo de Lisbela e Leléu na prisão, que torna possível a fuga do casal de amantes e produz o desenlace do drama.
C
A fuga de Leléu da prisão, que somente foi possível devido às artimanhas de Lisbela ao pedir que seu pai desse uma corda para o prisioneiro.
D
O retorno heroico de Frederico Evandro à prisão, com o intuito de salvar Leléu e assassinar o Tenente Guedes.