Questõesde UEG 2017

1
1
Foram encontradas 131 questões
8211d003-f8
UEG 2017 - Biologia - Sistema Digestório Humano, Identidade dos seres vivos

A digestão humana é um processo físico-químico complexo e que mobiliza vários sistemas e órgãos para proporcionar a assimilação dos nutrientes indispensáveis à sobrevivência. Os órgãos que participam deste processo possuem uma relação direta ou de interdependência, conforme ilustrado a seguir, entre o fígado e o pâncreas com o duodeno:


LOPES, S.; ROSSO, S. Bio. São Paulo: Saraiva, vol. 2, 2010. p. 150.


Sobre o papel fisiológico do fígado e do pâncreas, verifica-se que

A
o pâncreas é uma glândula endócrina e exócrina que regula a formação ou a quebra de glicogênio no fígado.
B
o mecanismo hepático de regulação da glicemia ocorre pelas vias de armazenamento de glicose no pâncreas.
C
a insulina e o glucagon são secretados no duodeno pelo ducto pancreático sob a forma de suco pancreático.
D
a digestão de carboidratos complexos é realizada pela amilase secretada pelo ducto colédoco no duodeno.
E
a quimiotripsina é uma enzima digestiva com função de lipase secretada no estômago pelo ducto pancreático.
8215e991-f8
UEG 2017 - Química - Transformações Químicas: elementos químicos, tabela periódica e reações químicas, Transformações Químicas

No processo de evolução da tabela periódica, os modelos de Mendeleev e Moseley foram as formulações mais bem-sucedidas para demonstrar a periodicidade das propriedades dos elementos químicos. Nesse contexto, a diferença básica entre os modelos de Mendeleev e Moseley residem, respectivamente, na forma de organização dos seguintes parâmetros atômicos:

A
massa atômica e elétrons
B
massa atômica e nêutrons
C
elétrons e número de prótons
D
nêutrons e número de prótons
E
massa atômica e número de prótons
82084013-f8
UEG 2017 - Biologia - Problemas ambientais e medidas de conservação, Ecologia e ciências ambientais

As notas jornalísticas a seguir remetem a fatos ocorridos durante o período de instalações da barragem da Usina Hidrelétrica Belo Monte:



Disponível em: <http://amazoniareal.com.br/barragemdebelomonteagravousecanavoltagrandedoxingunopara>. Acesso em: 22 set. 2017.



No Brasil, as barragens de rios são construídas visando principalmente à produção de energia elétrica, como é o caso da Barragem de Belo Monte, no Rio Xingu. Levando-se em consideração a extensão e a profundidade da área inundada, essas construções podem causar problemas ambientais complexos e irreversíveis. As barragens construídas em biomas brasileiros que agregam expressiva biodiversidade ocasionam: 

A
formação de correntes de água renovável com ambientes anóxicos na superfície.
B
melhorias nas condições socioeconômicas e na saúde pública da região.
C
a proliferação de micro-organismos anaeróbicos por eutrofização.
D
preservação da diversidade biológica de fitoplâncton nos reservatórios de água.
E
inundações em pastos propícios para o crescimento do capim e engorda do gado.
820d637d-f8
UEG 2017 - Biologia - Sistema Imunológico, Identidade dos seres vivos

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), acidentes por picadas de animais peçonhentos são um dos maiores problemas de saúde pública em países tropicais como o Brasil. Isso porque as ocorrências estão entre as principais intoxicações do público adulto jovem, entre 20 e 49 anos. No país, o maior número de acidentes registrado é com escorpiões, seguido por serpentes e aranhas.

Em Goiás, a grande incidência desse tipo de agravo pode ser notada no Hospital de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT/HAA), referência em doenças infectocontagiosas e dermatológicas. Os acidentes com animais peçonhentos representam o segundo maior número de atendimento no hospital, ficando atrás apenas das assistências a pacientes portadores do vírus HIV. Todavia, a grande maioria da população desconhece os procedimentos de socorro em casos de acidente com picada de animais peçonhentos.

Disponível em:<http://www.goiasagora.go.gov.br/saude-alerta-para-os-acidentes-com-animais-peconhentos> . Acesso em: 22 set. 2017.


Sobre a produção e o uso dos soros em acidentes por picadas de animais peçonhentos, verifica-se que

A
a escolha do soro e a quantidade independem do diagnóstico, visto que o soro antipeçonhento pode atingir um espectro humano maior para cada tipo de acidente, uma vez que antes de se administrá-lo é preciso avaliar se há manifestações clínicas que indiquem que o indivíduo foi picado por um animal peçonhento.
B
os soros hiperimunes heterólogos produzidos para combater complicações nesses acidentes são medicamentos que contêm anticorpos produzidos por animais não-imunizados, utilizados para o tratamento de intoxicações causadas por venenos de animais, toxinas ou infecções por vírus e nematódeos.
C
o processo de produção do soro inicia-se com a manutenção da imunização de cavalos com antígenos não-específicos preparados com a mistura dos venenos de serpentes, aranhas, escorpiões e lagartas para produção dos soros hiperimunes.
D
a validação experimental no processo de produção dos soros hiperimunes de cavalo não inviabiliza sua utilização, haja vista que a eliminação de diversos tipos de vírus, durante o fracionamento do plasma, não requer etapas mais específicas.
E
o plasma obtido pelas sangrias dos cavalos é submetido a uma sequência de processos físicos e químicos para a purificação das imunoglobulinas, com emprego de testes de qualidade em diversas fases da produção e para a liberação de cada lote produzido.
81fea63d-f8
UEG 2017 - Química - Radioatividade: Reações de Fissão e Fusão Nuclear, Desintegração Radioativa e Radioisótopos., Transformações Químicas e Energia

No dia 13 setembro de 2017, fez 30 anos do acidente radiológico Césio -137, em Goiânia – GO. Sabe-se que a meia-vida desse isótopo radioativo é de aproximadamente 30 anos. Então, em 2077, a massa que restará, em relação à massa inicial da época do acidente, será

A
1/8
B
1/2
C
1/16
D
1/4
E
1/24
81f5cf5b-f8
UEG 2017 - Física - Plano Inclinado e Atrito, Dinâmica, Leis de Newton

Uma caixa, de massa m, é puxada por uma corda com uma força , horizontal e de módulo constante, sobre uma superfície horizontal com atrito, na superfície da Terra.



O número total de forças que atuam no conjunto (caixa, corda e Terra) é de

A
10
B
2
C
8
D
4
E
6
81fb069c-f8
UEG 2017 - Física - Resistores e Potência Elétrica, Dinâmica, Trabalho e Energia, Eletricidade

Uma pessoa utiliza um ferro elétrico de 1.000 W de potência, seis dias por semana, 30 min por dia. Qual será sua economia aproximada, em porcentagem, por semana, se passar a utilizar o ferro por 2 h e apenas um dia na semana?

A
33
B
22
C
44
D
55
E
66
820446a5-f8
UEG 2017 - Biologia - Evolução biológica, Origem e evolução da vida

Uma importante teoria sobre o povoamento do continente americano, conhecida como “Primeiros americanos” ou “Clovis first”, defende que pequenos grupos de indivíduos chegaram à América há cerca de 20.000 anos, durante o último período glacial. De acordo com essa teoria, esses ancestrais saíram da Sibéria e chegaram ao Alaska por uma faixa de terra existente no Estreito de Berings, representado na figura a seguir:


Disponível em: <http://correiobrasiliense.com.br/ciencia-e-saude>. Acesso em 22 ago. 2017.


Fenotipicamente, os descendentes nativos americanos foram caracterizados pela ausência virtualmente completa do grupo sanguíneo B. A denominação do evento genético que caracteriza esse processo de colonização é:

A
probando
B
antropismo
C
especiação
D
seleção natural
E
efeito do fundador
81eee22a-f8
UEG 2017 - Matemática - Função Logarítmica, Funções

O gráfico a seguir é a representação da função



O valor de ƒ-1(-1) é

A
-1
B
0
C
-2
D
2
E
1
81f23b2e-f8
UEG 2017 - Matemática - Pontos e Retas, Circunferências e Círculos, Geometria Analítica, Geometria Plana

Uma circunferência com centro na origem está tangenciando duas retas paralelas de equações y = -2x + b e y = -2x + c . Nesse caso, o valor de b + c é

A
- 2
B
- 1
C
1
D
2
E
0
81e5f12d-f8
UEG 2017 - Matemática - Análise de Tabelas e Gráficos

As ações de uma empresa variaram semanalmente conforme os dados da figura a seguir.



De acordo com os dados apresentados, o período de maior variação ocorreu entre as semanas

A
1 e 2
B
3 e 4
C
4 e 5
D
2 e 3
E
5 e 6
81e16a07-f8
UEG 2017 - Matemática - Geometria Espacial, Cilindro

Deseja-se construir um reservatório cilíndrico circular reto com 8 metros de diâmetro e teto no formato de hemisfério. Sabendo-se que a empresa responsável por construir o teto cobra R$ 300,00 por m², o valor para construir esse teto esférico será de

use π = 3,1

A
R$ 22.150,00
B
R$ 29.760,00
C
R$ 32.190,00
D
R$ 38.600,00
E
R$ 40.100,00
81dbcc8d-f8
UEG 2017 - Matemática - Análise de Tabelas e Gráficos

A tabela a seguir apresenta a distribuição dos pontos de uma avaliação realizada com 100 alunos.


Pontos    0  1   2   3   4   5   6   7   8   9   10 

Alunos    2   5  8  10 15 17 15 12   8   4     4 



Analisando-se os dados dessa tabela, a média do número de pontos desses alunos é igual a

A
5,0
B
5,2
C
5,1
D
5,5
E
5,4
81d46886-f8
UEG 2017 - Matemática - Funções, Função de 2º Grau

Dadas a funções ƒ(x) = -x2 e g(x) = 2x , um dos pontos de intersecção entre as funções ƒ e g é

A
(0 , 2)
B
(2 , 4)
C
(0, - 2)
D
(- 2 , - 4)
E
(- 2 , 4)
81ca0213-f8
UEG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O poema apresenta uma linguagem permeada de aliterações e assonâncias, o que lhe confere mais musicalidade, ao passo que a pintura apresenta traços de uma estética


FRANCO, Siron. O aliado (1978), Óleo sobre tela. Disponível em:

<http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra12757/o-aliado>.

Acesso em: 24 ago. 2017. 



Um galo sozinho não tece uma manhã:

 ele precisará sempre de outros galos.   

De um que apanhe esse grito que ele  

e o lance a outro; de um outro galo      

 que apanhe o grito de um galo antes    

 e o lance a outro; e de outros galos      

  que com muitos outros galos se cruzem

os fios de sol de seus gritos de galo,    

     para que a manhã, desde uma teia tênue,

se vá tecendo, entre todos os galos.    


E se encorpando em tela, entre todos,

  se erguendo tenda, onde entrem todos,

se entretendendo para todos, no toldo

 (a manhã) que plana livre de armação.

 A manhã, toldo de um tecido tão aéreo

que, tecido, se eleva por si: luz balão.


MELO NETO, João Cabral de. Tecendo a manhã. Disponível em:

<http://www.jornaldepoesia.jor.br/joao02.html>. Acesso em: 24 ago.

2017. 

A
fauvista
B
dadaísta
C
expressionista
D
impressionista
E
cubista
81c0a79e-f8
UEG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A imagem possui elementos visuais que dialogam com o poema por apresentarem aspectos constitutivos com formato de

Observe a imagem e leia o poema a seguir para responder à questão.


YAYOKI KUSAMA. Dots obsession (Obsessão dos pontos – tradução livre). 1998

Instalação – 600 X 600 X300 cm Fonte: COUTURIER, Élisabeth. Art contemporain.

Le guide. Paris: Flamarion, s.d. p.60.



PEREIRA, C. Disponível em:

<http://1.bp.blogspot.com/_p6aURW6N4ik/Ssvzu47gU7I/AAAAAAAAACE/6

8mw5hykZTM/s320/POEMA03.jpg>. Acesso em: 23 ago. 2017.

A
círculos
B
linhas
C
losangos
D
quadriláteros
E
retângulos
81c556c2-f8
UEG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A leitura, tanto da imagem quanto do poema apresentados, metaforiza o caráter

Observe a imagem e leia o poema a seguir para responder à questão.


YAYOKI KUSAMA. Dots obsession (Obsessão dos pontos – tradução livre). 1998

Instalação – 600 X 600 X300 cm Fonte: COUTURIER, Élisabeth. Art contemporain.

Le guide. Paris: Flamarion, s.d. p.60.



PEREIRA, C. Disponível em:

<http://1.bp.blogspot.com/_p6aURW6N4ik/Ssvzu47gU7I/AAAAAAAAACE/6

8mw5hykZTM/s320/POEMA03.jpg>. Acesso em: 23 ago. 2017.

A
efêmero das paixões humanas.
B
linear de tudo que compõe a vida.
C
duradouro das coisas e da vida.
D
recorrente da existência humana.
E
moroso dos entusiasmos existenciais.
81bc7080-f8
UEG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No enunciado “É sobre tais alicerces que se edifica o discurso da escassez, afinal descoberta pelas massas”, a parte “afinal descoberta pelas massas” estabelece o seguinte pressuposto:

O mundo como pode ser: uma outra globalização


    Podemos pensar na construção de um outro mundo a partir de uma globalização mais humana. As bases materiais do período atual são, entre outras, a unicidade da técnica, a convergência dos momentos e o conhecimento do planeta. É nessas bases técnicas que o grande capital se apoia para construir uma globalização perversa. Mas essas mesmas bases técnicas poderão servir a outros objetivos, se forem postas a serviço de outros fundamentos sociais e políticos. Parece que as condições históricas do fim do século XX apontavam para esta última possibilidade. Tais novas condições tanto se dão no plano empírico quanto no plano teórico.

    Considerando o que atualmente se verifica no plano empírico, podemos, em primeiro lugar, reconhecer um certo número de fatos novos indicativos da emergência de uma nova história. O primeiro desses fenômenos é a enorme mistura de povos, raças, culturas, gostos, em todos os continentes. A isso se acrescente, graças ao progresso da informação, a “mistura” de filosofia, em detrimento do racionalismo europeu. Um outro dado de nossa era, indicativo da possibilidade de mudanças, é a produção de uma população aglomerada em áreas cada vez menores, o que permite um ainda maior dinamismo àquela mistura entre pessoas e filosofias. As massas, de que falava Ortega y Gasset na primeira metade do século (A rebelião das massas, 1937), ganham uma nova qualidade em virtude de sua aglomeração exponencial e de sua diversificação. Trata-se da existência de uma verdadeira sociodiversidade, historicamente muito mais significativa que a própria biodiversidade. Junte-se a esses fatos a emergência de uma cultura popular que se serve dos meios técnicos antes exclusivos da cultura de massas, permitindo-lhe exercer sobre esta última uma verdadeira revanche ou vingança.

    É sobre tais alicerces que se edifica o discurso da escassez, afinal descoberta pelas massas. A população, aglomerada em poucos pontos da superfície da Terra, constitui uma das bases de reconstrução e de sobrevivência das relações locais, abrindo a possiblidade de utilização, ao serviço dos homens, do sistema técnico atual.

    No plano teórico, o que verificamos é a possiblidade de produção de um novo discurso, de uma nova metanarrativa, um grande relato. Esse novo discurso ganha relevância pelo fato de que, pela primeira vez na história do homem, se pode constatar a existência de uma universalidade empírica. A universalidade deixa de ser apenas uma elaboração abstrata na mente dos filósofos para resultar da experiência ordinária de cada pessoa. De tal modo, em mundo datado como o nosso, a explicação do acontecer pode ser feita a partir de categorias de uma história concreta. É isso, também, que permite conhecer as possiblidade existentes e escrever uma nova história.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização. 13. ed. São Paulo: Record, 2006. p. 20-21. (Adaptado).

A
a escassez é um discurso baseado em teorias.
B
as massas descobriram a existência da escassez.
C
a escassez já existia antes de as massas a descobrirem.
D
as massas eram proibidas de conhecer o discurso da escassez.
E
o discurso da escassez existe desde o começo da globalização.
81af0b1c-f8
UEG 2017 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O processo argumentativo do texto é construído a partir do seguinte procedimento:

O mundo como pode ser: uma outra globalização


    Podemos pensar na construção de um outro mundo a partir de uma globalização mais humana. As bases materiais do período atual são, entre outras, a unicidade da técnica, a convergência dos momentos e o conhecimento do planeta. É nessas bases técnicas que o grande capital se apoia para construir uma globalização perversa. Mas essas mesmas bases técnicas poderão servir a outros objetivos, se forem postas a serviço de outros fundamentos sociais e políticos. Parece que as condições históricas do fim do século XX apontavam para esta última possibilidade. Tais novas condições tanto se dão no plano empírico quanto no plano teórico.

    Considerando o que atualmente se verifica no plano empírico, podemos, em primeiro lugar, reconhecer um certo número de fatos novos indicativos da emergência de uma nova história. O primeiro desses fenômenos é a enorme mistura de povos, raças, culturas, gostos, em todos os continentes. A isso se acrescente, graças ao progresso da informação, a “mistura” de filosofia, em detrimento do racionalismo europeu. Um outro dado de nossa era, indicativo da possibilidade de mudanças, é a produção de uma população aglomerada em áreas cada vez menores, o que permite um ainda maior dinamismo àquela mistura entre pessoas e filosofias. As massas, de que falava Ortega y Gasset na primeira metade do século (A rebelião das massas, 1937), ganham uma nova qualidade em virtude de sua aglomeração exponencial e de sua diversificação. Trata-se da existência de uma verdadeira sociodiversidade, historicamente muito mais significativa que a própria biodiversidade. Junte-se a esses fatos a emergência de uma cultura popular que se serve dos meios técnicos antes exclusivos da cultura de massas, permitindo-lhe exercer sobre esta última uma verdadeira revanche ou vingança.

    É sobre tais alicerces que se edifica o discurso da escassez, afinal descoberta pelas massas. A população, aglomerada em poucos pontos da superfície da Terra, constitui uma das bases de reconstrução e de sobrevivência das relações locais, abrindo a possiblidade de utilização, ao serviço dos homens, do sistema técnico atual.

    No plano teórico, o que verificamos é a possiblidade de produção de um novo discurso, de uma nova metanarrativa, um grande relato. Esse novo discurso ganha relevância pelo fato de que, pela primeira vez na história do homem, se pode constatar a existência de uma universalidade empírica. A universalidade deixa de ser apenas uma elaboração abstrata na mente dos filósofos para resultar da experiência ordinária de cada pessoa. De tal modo, em mundo datado como o nosso, a explicação do acontecer pode ser feita a partir de categorias de uma história concreta. É isso, também, que permite conhecer as possiblidade existentes e escrever uma nova história.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização. 13. ed. São Paulo: Record, 2006. p. 20-21. (Adaptado).

A
são expostas, de forma detalhada, duas consequências econômicas de um determinado modelo de organização de produção.
B
relata-se o conjunto de ações desenvolvidas por uma instituição pública como fundamento e justificativa de um projeto de lei.
C
elabora-se um quadro comparativo, no qual se apresentam a aproximação e os contrastes de dois tipos de pesquisa social.
D
faz-se a explanação dos dados de um relatório técnico-científico de uma pesquisa desenvolvida por dois cientistas sociais.
E
são apresentadas, de forma paralela, duas dimensões teórico-conceituais como argumentos em defesa de uma tese.
81b70fdd-f8
UEG 2017 - Português - Análise sintática, Termos essenciais da oração: Sujeito e Predicado, Sintaxe

Considere o seguinte parágrafo:


“É sobre tais alicerces que se edifica o discurso da escassez, afinal descoberta pelas massas. A população, aglomerada em poucos pontos da superfície da Terra, constitui uma das bases de reconstrução e de sobrevivência das relações locais, abrindo a possiblidade de utilização, ao serviço dos homens, do sistema técnico atual”.


A oração reduzida de gerúndio “abrindo a possiblidade de utilização, ao serviço dos homens, do sistema técnico atual” retoma como sujeito o seguinte sintagma:

O mundo como pode ser: uma outra globalização


    Podemos pensar na construção de um outro mundo a partir de uma globalização mais humana. As bases materiais do período atual são, entre outras, a unicidade da técnica, a convergência dos momentos e o conhecimento do planeta. É nessas bases técnicas que o grande capital se apoia para construir uma globalização perversa. Mas essas mesmas bases técnicas poderão servir a outros objetivos, se forem postas a serviço de outros fundamentos sociais e políticos. Parece que as condições históricas do fim do século XX apontavam para esta última possibilidade. Tais novas condições tanto se dão no plano empírico quanto no plano teórico.

    Considerando o que atualmente se verifica no plano empírico, podemos, em primeiro lugar, reconhecer um certo número de fatos novos indicativos da emergência de uma nova história. O primeiro desses fenômenos é a enorme mistura de povos, raças, culturas, gostos, em todos os continentes. A isso se acrescente, graças ao progresso da informação, a “mistura” de filosofia, em detrimento do racionalismo europeu. Um outro dado de nossa era, indicativo da possibilidade de mudanças, é a produção de uma população aglomerada em áreas cada vez menores, o que permite um ainda maior dinamismo àquela mistura entre pessoas e filosofias. As massas, de que falava Ortega y Gasset na primeira metade do século (A rebelião das massas, 1937), ganham uma nova qualidade em virtude de sua aglomeração exponencial e de sua diversificação. Trata-se da existência de uma verdadeira sociodiversidade, historicamente muito mais significativa que a própria biodiversidade. Junte-se a esses fatos a emergência de uma cultura popular que se serve dos meios técnicos antes exclusivos da cultura de massas, permitindo-lhe exercer sobre esta última uma verdadeira revanche ou vingança.

    É sobre tais alicerces que se edifica o discurso da escassez, afinal descoberta pelas massas. A população, aglomerada em poucos pontos da superfície da Terra, constitui uma das bases de reconstrução e de sobrevivência das relações locais, abrindo a possiblidade de utilização, ao serviço dos homens, do sistema técnico atual.

    No plano teórico, o que verificamos é a possiblidade de produção de um novo discurso, de uma nova metanarrativa, um grande relato. Esse novo discurso ganha relevância pelo fato de que, pela primeira vez na história do homem, se pode constatar a existência de uma universalidade empírica. A universalidade deixa de ser apenas uma elaboração abstrata na mente dos filósofos para resultar da experiência ordinária de cada pessoa. De tal modo, em mundo datado como o nosso, a explicação do acontecer pode ser feita a partir de categorias de uma história concreta. É isso, também, que permite conhecer as possiblidade existentes e escrever uma nova história.

SANTOS, Milton. Por uma outra globalização. 13. ed. São Paulo: Record, 2006. p. 20-21. (Adaptado).

A
“uma das bases de reconstrução e de sobrevivência das relações locais”
B
“a população aglomerada em poucos pontos da superfície da Terra”
C
“descoberta pelas massas”
D
“o discurso da escassez”
E
“tais alicerces”