Iniciativas do poder público para prevenir o uso
de bebidas alcoólicas por motoristas, causa de muitos
acidentes nas estradas do país, trouxeram à ordem do dia,
não sem suscitar polêmica, o instrumento popularmente
conhecido como bafômetro. Do ponto de vista de
detecção e medição, os instrumentos normalmente
usados pelas polícias rodoviárias do Brasil e de outros
países utilizam o ar que os “suspeitos” sopram para
dentro do aparelho, através de um tubo descartável,
para promover a oxidação do etanol a etanal. O método
baseia-se no princípio da pilha de combustível: o etanol
é oxidado em meio ácido sobre um disco plástico poroso
coberto com pó de platina (catalisador) e umedecido com
ácido sulfúrico, sendo um eletrodo conectado a cada
lado desse disco poroso. A corrente elétrica produzida,
proporcional à concentração de álcool no ar expirado
dos pulmões da pessoa testada, é lida numa escala que
é proporcional ao teor de álcool no sangue. O esquema
de funcionamento desse detector de etanol pode ser
visto na figura.

As reações eletroquímicas envolvidas no processo são:
Eletrodo A:
CH3CH2OH (g) → CH3CHO (g) + 2 H+ (aq) + 2 e-
Eletrodo
B:
1/2 O2 (g) + 2 H+ (aq) + 2 e- → H2O (l)
BRAATHEN, P C. Hálito culpado: o princípio químico do bafômetro. Química nova na escola.
São Paulo, n° 5, maio 1997 (adaptado).
No estudo das pilhas, empregam-se códigos e
nomenclaturas próprias da Química, visando caracterizar
os materiais, as reações e os processos envolvidos.
Nesse contexto, a pilha que compõe o bafômetro
apresenta o