Nesta questão, temos, por um lado, as conjunções ou locuções conjuntivas e, por outro, os galicismos. Sobre
isso, explanemos:
1.º) Relativamente às conjunções e locuções conjuntivas, assim se constituem seus sentidos: estabelecem,
por não terem “vida” própria, uma conexão entre construções frasais e, para produzir sentidos, medeiam
essas frases, levando o teor do conteúdo enunciado a produzir um sentido em detrimento de outro(s).
2.º) Acerca dos galicismos, são palavras de origem francesa, utilizadas no português:
A tradição normativa [...] no Brasil (ver Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa) considera que as
locuções conjuntivas «de forma a»/«de forma a que», [...] «de modo a», «de modo a que», «de maneira
a»/«de maneira a que», «de sorte a»/«de sorte a que» são galicismos, pelo que são preferíveis as sequências
sem a preposição a, isto é, «de forma que», [...] «de modo que», «de maneira que», «de sorte que».
Apesar disso, na atualidade, o uso está a impor as formas com a referida preposição, havendo, portanto,
maior tolerância com «de maneira a», «de modo a », etc., com infinitivo. É o que se conclui das palavras de
Maria Helena de Moura Neves (Guia de Uso do Português, São Paulo, Editora Unesp, 2003), a respeito do
português do Brasil: «As lições normativas tradicionais condenam o uso da expressão de maneira a, mas
ela é mais usual (52%), nos diversos registros. Muitos países, por exemplo, indexaram seus bens de capital,
de MANEIRA a criar compensações em torno da inflação.»
Disponível em:<https://ciberduvidas.iscte-iul.pt>. Acesso em: 26 jun. 2018.
Partindo desses aspectos, por meio do trecho: “É nosso papel, enquanto na vanguarda social, trabalhar para
inserir os jovens no espectro da política, de modo a que se transformem em protagonistas da
contemporaneidade.” (linhas 38-39), pode-se afirmar que