Questõesde UNIFESP 2012 sobre Português

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Foram encontradas 27 questões
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UNIFESP 2012 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Ao analisar a prevalência da linguagem verbal na comunicação social, a autora enfatiza que

Há tantos diálogos

Diálogo com o ser amado

o semelhante

o diferente

o indiferente

o oposto

o adversário

o surdo-mudo

o possesso

o irracional

o vegetal

o mineral

o inominado

Diálogo consigo mesmo

com a noite

os astros

os mortos

as ideias

o sonho

o passado

o mais que futuro

Escolhe teu diálogo

e

tua melhor palavra

ou

teu melhor silêncio

Mesmo no silêncio e com o silêncio

dialogamos.

(Carlos Drummond de Andrade. Discurso de primavera e algumas sombras, 1977.)


Instrução: Leia o texto para responder às questões.

       O silêncio é a matéria significante por excelência, um
continuum significante. O real da comunicação é o silêncio.
E como o nosso objeto de reflexão é o discurso, chegamos a
uma outra afirmação que sucede a essa: o silêncio é o real do
discurso.
       O homem está “condenado” a significar. Com ou sem palavras,
diante do mundo, há uma injunção à “interpretação”:
tudo tem de fazer sentido (qualquer que ele seja). O homem
está irremediavelmente constituído pela sua relação com o
simbólico.
       Numa certa perspectiva, a dominante nos estudos dos signos,
se produz uma sobreposição entre linguagem (verbal e
não-verbal) e significação.
       Disso decorreu um recobrimento dessas duas noções, resultando
uma redução pela qual qualquer matéria significante
fala, isto é, é remetida à linguagem (sobretudo verbal) para
que lhe seja atribuído sentido.
       Nessa mesma direção, coloca-se o “império do verbal”
em nossas formas sociais: traduz-se o silêncio em palavras.
Vê-se assim o silêncio como linguagem e perde-se sua especificidade,
enquanto matéria significante distinta da linguagem.
(Eni Orlandi. As formas do silêncio, 1997.)

A
a exigência da comunicação implica o fim do silêncio.
B
a essência do silêncio se perde, quando ele é traduzido pelas palavras.
C
a verdadeira linguagem prescinde do silêncio e das palavras.
D
as palavras recuperam satisfatoriamente os sentidos silenciados.
E
a comunicação pelo silêncio é, de fato, irrealizável.
c97be244-fe
UNIFESP 2012 - Português - Interpretação de Textos, Denotação e Conotação, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

No segundo parágrafo do texto, empregam-se as aspas no termo “condenado” para

Há tantos diálogos

Diálogo com o ser amado

o semelhante

o diferente

o indiferente

o oposto

o adversário

o surdo-mudo

o possesso

o irracional

o vegetal

o mineral

o inominado

Diálogo consigo mesmo

com a noite

os astros

os mortos

as ideias

o sonho

o passado

o mais que futuro

Escolhe teu diálogo

e

tua melhor palavra

ou

teu melhor silêncio

Mesmo no silêncio e com o silêncio

dialogamos.

(Carlos Drummond de Andrade. Discurso de primavera e algumas sombras, 1977.)


Instrução: Leia o texto para responder às questões.

       O silêncio é a matéria significante por excelência, um
continuum significante. O real da comunicação é o silêncio.
E como o nosso objeto de reflexão é o discurso, chegamos a
uma outra afirmação que sucede a essa: o silêncio é o real do
discurso.
       O homem está “condenado” a significar. Com ou sem palavras,
diante do mundo, há uma injunção à “interpretação”:
tudo tem de fazer sentido (qualquer que ele seja). O homem
está irremediavelmente constituído pela sua relação com o
simbólico.
       Numa certa perspectiva, a dominante nos estudos dos signos,
se produz uma sobreposição entre linguagem (verbal e
não-verbal) e significação.
       Disso decorreu um recobrimento dessas duas noções, resultando
uma redução pela qual qualquer matéria significante
fala, isto é, é remetida à linguagem (sobretudo verbal) para
que lhe seja atribuído sentido.
       Nessa mesma direção, coloca-se o “império do verbal”
em nossas formas sociais: traduz-se o silêncio em palavras.
Vê-se assim o silêncio como linguagem e perde-se sua especificidade,
enquanto matéria significante distinta da linguagem.
(Eni Orlandi. As formas do silêncio, 1997.)

A
atribuir-lhe um segundo sentido, equivalente a culpado.
B
reforçar-lhe o sentido contextual, equivalente a predestinado.
C
marcá-lo com sentido conotativo, equivalente a reprovável.
D
enfatizar-lhe o sentido denotativo, equivalente a desgraçado.
E
destituí-lo do sentido literal, equivalente a buliçoso.
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UNIFESP 2012 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

A ideia comum entre o poema de Drummond e o texto de Eni Orlandi diz respeito ao fato de que o silêncio

Há tantos diálogos

Diálogo com o ser amado

o semelhante

o diferente

o indiferente

o oposto

o adversário

o surdo-mudo

o possesso

o irracional

o vegetal

o mineral

o inominado

Diálogo consigo mesmo

com a noite

os astros

os mortos

as ideias

o sonho

o passado

o mais que futuro

Escolhe teu diálogo

e

tua melhor palavra

ou

teu melhor silêncio

Mesmo no silêncio e com o silêncio

dialogamos.

(Carlos Drummond de Andrade. Discurso de primavera e algumas sombras, 1977.)


Instrução: Leia o texto para responder às questões.

       O silêncio é a matéria significante por excelência, um
continuum significante. O real da comunicação é o silêncio.
E como o nosso objeto de reflexão é o discurso, chegamos a
uma outra afirmação que sucede a essa: o silêncio é o real do
discurso.
       O homem está “condenado” a significar. Com ou sem palavras,
diante do mundo, há uma injunção à “interpretação”:
tudo tem de fazer sentido (qualquer que ele seja). O homem
está irremediavelmente constituído pela sua relação com o
simbólico.
       Numa certa perspectiva, a dominante nos estudos dos signos,
se produz uma sobreposição entre linguagem (verbal e
não-verbal) e significação.
       Disso decorreu um recobrimento dessas duas noções, resultando
uma redução pela qual qualquer matéria significante
fala, isto é, é remetida à linguagem (sobretudo verbal) para
que lhe seja atribuído sentido.
       Nessa mesma direção, coloca-se o “império do verbal”
em nossas formas sociais: traduz-se o silêncio em palavras.
Vê-se assim o silêncio como linguagem e perde-se sua especificidade,
enquanto matéria significante distinta da linguagem.
(Eni Orlandi. As formas do silêncio, 1997.)

A
consiste em repressão ao diálogo.
B
é sinônimo de ausência de sentido.
C
é também uma forma de comunicação.
D
permite a interpretação mais objetiva.
E
reconstrói a comunicação verbal.
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UNIFESP 2012 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Escolhe teu diálogo
                            e
tua melhor palavra
                           ou
teu melhor silêncio
Mesmo no silêncio e com o silêncio
dialogamos.

Nesses versos da última estrofe do poema, o sentido com que se emprega o imperativo afirmativo e a circunstância expressa pelas expressões “no silêncio” e “com o silêncio” são, respectivamente:

Instrução: Leia o poema O constante diálogo, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões.

Há tantos diálogos

Diálogo com o ser amado
                     o semelhante
                     o diferente
                     o indiferente
                     o oposto
                     o adversário
                     o surdo-mudo
                     o possesso
                     o irracional
                     o vegetal
                     o mineral
                     o inominado

Diálogo consigo mesmo
                     com a noite
                     os astros
                     os mortos
                     as ideias
                     o sonho
                     o passado
                     o mais que futuro
Escolhe teu diálogo
                     e
tua melhor palavra
                    ou
teu melhor silêncio
Mesmo no silêncio e com o silêncio
dialogamos.

(Carlos Drummond de Andrade. Discurso de primavera e algumas sombras, 1977.)

A
sugestão e modo.
B
sarcasmo e consequência.
C
advertência e lugar.
D
orientação e causa.
E
ordem e movimento.
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UNIFESP 2012 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Na abordagem temática do poema, destaca-se a inserção do discurso

Instrução: Leia o poema O constante diálogo, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões.

Há tantos diálogos

Diálogo com o ser amado
                     o semelhante
                     o diferente
                     o indiferente
                     o oposto
                     o adversário
                     o surdo-mudo
                     o possesso
                     o irracional
                     o vegetal
                     o mineral
                     o inominado

Diálogo consigo mesmo
                     com a noite
                     os astros
                     os mortos
                     as ideias
                     o sonho
                     o passado
                     o mais que futuro
Escolhe teu diálogo
                     e
tua melhor palavra
                    ou
teu melhor silêncio
Mesmo no silêncio e com o silêncio
dialogamos.

(Carlos Drummond de Andrade. Discurso de primavera e algumas sombras, 1977.)

A
da metafísica, marcando-se com imagens que suscitam ideias relacionadas à morte e à fugacidade do tempo.
B
da ausência, marcando-se pela tensão existencial conflituosa e pela falta de sentimento entre as pessoas.
C
do desalento, expressando-se uma visão pessimista do mundo e das pessoas, decorrente da frustração com a vida.
D
da comunicação, estabelecendo-se por meio dela uma reflexão filosófica sobre o fazer poético.
E
da autobiografia, evidenciando-se com sutileza aspectos relacionados à vida do poeta em Minas Gerais.
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UNIFESP 2012 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

O eu lírico, ao mostrar as variedades do diálogo, revela que este

Instrução: Leia o poema O constante diálogo, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões.

Há tantos diálogos

Diálogo com o ser amado
                     o semelhante
                     o diferente
                     o indiferente
                     o oposto
                     o adversário
                     o surdo-mudo
                     o possesso
                     o irracional
                     o vegetal
                     o mineral
                     o inominado

Diálogo consigo mesmo
                     com a noite
                     os astros
                     os mortos
                     as ideias
                     o sonho
                     o passado
                     o mais que futuro
Escolhe teu diálogo
                     e
tua melhor palavra
                    ou
teu melhor silêncio
Mesmo no silêncio e com o silêncio
dialogamos.

(Carlos Drummond de Andrade. Discurso de primavera e algumas sombras, 1977.)

A
é uma forma que, na verdade, dissimula um monólogo.
B
é uma realidade inerente à condição humana.
C
implica necessariamente um outro, distinto do eu.
D
constrói a ideia de que comunicar exige afinidade.
E
concebe o presente desprovido das marcas do passado.
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UNIFESP 2012 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Examine a tira Níquel Náusea, do cartunista Fernando Gonsales.

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Com a fala – É o novo Drummond –, no último quadrinho, a personagem revela-se

A
extasiada, pois considera que os versos declamados pelo amigo são líricos.
B
raivosa, pois considera que o amigo e Drummond são péssimos poetas.
C
irônica, pois sugere que os versos do amigo são de má qualidade.
D
perplexa, pois considera que os versos do amigo são arte legítima.
E
desdenhosa, pois sugere que Drummond é um poeta sem atrativos.