Questõesde UNIFESP 2010 sobre Português

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Foram encontradas 28 questões
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UNIFESP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O texto permite afirmar que

Instrução: Leia o texto para responder às questões de números 08 a 10.

 Por causa do assassinato do caminhoneiro Pascoal de Oliveira, o Nego, pelo – também caminhoneiro – japonês Kababe Massame, após uma discussão, em 31 de julho de 1946, a população de Osvaldo Cruz (SP), que já estava com os nervos à flor da pele em virtude de dois atentados da Shindô-Renmei* na cidade, saiu às ruas e invadiu casas, disposta a maltratar “impiedosamente”, na palavra do historiador local José Alvarenga, qualquer japonês que encontrasse pela frente. O linchamento dos japoneses só foi totalmente controlado com a intervenção de um destacamento do Exército, vindo de Tupã, chamado pelo médico Oswaldo Nunes, um herói daquele dia totalmente atípico na história de Osvaldo Cruz e das cidades brasileiras.

   Com o final da Segunda Guerra Mundial, o eclipse do Estado Novo e o desmantelamento da Shindô-Renmei, inicia-se um ciclo de emudecimento, de ambos os lados, sobre as quatro décadas de intolerância vividas pelos japoneses. Do lado local, foi sedimentando-se no mundo das letras a ideia do país como um “paraíso racial”. Do lado dos imigrantes, as segundas e terceiras gerações de filhos de japoneses se concentraram, a partir da década de 1950, na construção da sua ascensão social. A história foi sendo esquecida, junto com o idioma e os hábitos culturais de seus pais e avós.
 (Matinas Suzuki Jr. Folha de S.Paulo, 20.04.2008. Adaptado.)

 * Shindô-Renmei foi uma organização nacionalista, que surgiu no Brasil após o término da Segunda Guerra Mundial, formada por japoneses que não acreditavam na derrota do Japão na guerra. Possuía alguns membros mais fanáticos que cometiam atentados, tendo matado e ferido diversos cidadãos nipo-brasileiros.

A
o antigo e pernicioso sentimento de intolerância entre brasileiros e japoneses, cultivado há quatro décadas, recrudesce no pós-guerra.
B
a ideia de um “paraíso racial”, cristalizada no mundo das letras, foi bastante benéfica para o desenvolvimento do país.
C
a ideologia, de um lado, e o pragmatismo, de outro, criaram condições para uma fase de silêncio sobre a intolerância antinipônica.
D
as motivações racistas do assassinato do caminhoneiro Pascoal pelo caminhoneiro Kababe, em 1946, desencadearam as hostilidades entre brasileiros e japoneses.
E
a violência dos atentados da Shindô-Renmei reprimiu a intolerância dos brasileiros contra os japoneses.
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UNIFESP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considere as afirmações.

I. A falta de empregos, a baixa remuneração e o déficit habitacional raramente são compreendidos como forma de violência.

II. O não-oferecimento de educação, saúde e transporte público a toda a população também pode ser visto como uma forma de violência.

III. Uma briga de bar que resulta em morte é um ingrediente a mais a engrossar o caldo da violência no país.

As ideias apresentadas no texto encontram-se em

Instrução: Leia o texto para responder às questões de números 05 a 07

       Nos últimos três anos foram assassinadas mais de 140 mil pessoas no Brasil. Uma média de 47 mil pessoas por ano. Uma parcela expressiva destas mortes, que varia de região para região, é atribuída à ação da polícia, que se respalda na impunidade para continuar cometendo seus crimes. São 25 assassinatos ao ano por cada 100 mil pessoas, índice considerado de violência epidêmica, segundo organismos internacionais.

       Se os assassinatos com armas de fogo são uma face da violência vivida na nossa sociedade, ela não é a única. Logo atrás, em termos de letalidade, estão os acidentes fatais de trânsito, com cerca de 33 mil mortos em 2002 e 35 mil mortes por ano em 2004 e 2005. Isto, sem falar nos acidentados não fatais socorridos pelo Sistema Único de Saúde, que multiplicam muitas vezes os números aqui apresentados e representam um custo que o IPEA estima em R$ 5,3 bilhões para o ano de 2002.

       A lista da violência alonga-se incrivelmente. Sobre as mulheres, os negros, os índios, os gays, sobre os mendigos na rua, sobre os movimentos sociais etc. Uma discussão num botequim de periferia pode  terminar em morte. A privação do emprego, do salário digno, da educação, da saúde, do transporte público, da moradia, da segurança alimentar, tudo isso pode ser compreendido, considerando que incide sobre direitos assegurados por nossa Constituição, como tantas outras formas de violência.

  (Silvio Caccia Bava. Le Monde Diplomatique Brasil, agosto 2010. Adaptado.)


A
I, apenas.
B
I e II, apenas.
C
I e III, apenas.
D
II e III, apenas.
E
I, II e III.
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UNIFESP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Funções morfossintáticas da palavra QUE, Coesão e coerência

No período Uma parcela expressiva destas mortes, que varia de região para região, é atribuída à ação da polícia, que se respalda na impunidade para continuar cometendo seus crimes, as palavras sublinhadas referem-se, respectivamente,

Instrução: Leia o texto para responder às questões de números 05 a 07

       Nos últimos três anos foram assassinadas mais de 140 mil pessoas no Brasil. Uma média de 47 mil pessoas por ano. Uma parcela expressiva destas mortes, que varia de região para região, é atribuída à ação da polícia, que se respalda na impunidade para continuar cometendo seus crimes. São 25 assassinatos ao ano por cada 100 mil pessoas, índice considerado de violência epidêmica, segundo organismos internacionais.

       Se os assassinatos com armas de fogo são uma face da violência vivida na nossa sociedade, ela não é a única. Logo atrás, em termos de letalidade, estão os acidentes fatais de trânsito, com cerca de 33 mil mortos em 2002 e 35 mil mortes por ano em 2004 e 2005. Isto, sem falar nos acidentados não fatais socorridos pelo Sistema Único de Saúde, que multiplicam muitas vezes os números aqui apresentados e representam um custo que o IPEA estima em R$ 5,3 bilhões para o ano de 2002.

       A lista da violência alonga-se incrivelmente. Sobre as mulheres, os negros, os índios, os gays, sobre os mendigos na rua, sobre os movimentos sociais etc. Uma discussão num botequim de periferia pode  terminar em morte. A privação do emprego, do salário digno, da educação, da saúde, do transporte público, da moradia, da segurança alimentar, tudo isso pode ser compreendido, considerando que incide sobre direitos assegurados por nossa Constituição, como tantas outras formas de violência.

  (Silvio Caccia Bava. Le Monde Diplomatique Brasil, agosto 2010. Adaptado.)


A
à palavra parcela e tem a função de sujeito; à palavra polícia e tem a função de sujeito.
B
à palavra mortes e tem a função de sujeito; à palavra polícia e tem a função de sujeito.
C
à palavra parcela e tem a função de objeto; à palavra polícia e tem a função de objeto.
D
à palavra parcela e tem a função de objeto; à palavra ação e tem a função de sujeito.
E
à palavra parcela e tem a função de sujeito; à palavra ação e tem a função de sujeito.
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UNIFESP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Segundo o texto,

Instrução: Leia o texto para responder às questões de números 05 a 07

       Nos últimos três anos foram assassinadas mais de 140 mil pessoas no Brasil. Uma média de 47 mil pessoas por ano. Uma parcela expressiva destas mortes, que varia de região para região, é atribuída à ação da polícia, que se respalda na impunidade para continuar cometendo seus crimes. São 25 assassinatos ao ano por cada 100 mil pessoas, índice considerado de violência epidêmica, segundo organismos internacionais.

       Se os assassinatos com armas de fogo são uma face da violência vivida na nossa sociedade, ela não é a única. Logo atrás, em termos de letalidade, estão os acidentes fatais de trânsito, com cerca de 33 mil mortos em 2002 e 35 mil mortes por ano em 2004 e 2005. Isto, sem falar nos acidentados não fatais socorridos pelo Sistema Único de Saúde, que multiplicam muitas vezes os números aqui apresentados e representam um custo que o IPEA estima em R$ 5,3 bilhões para o ano de 2002.

       A lista da violência alonga-se incrivelmente. Sobre as mulheres, os negros, os índios, os gays, sobre os mendigos na rua, sobre os movimentos sociais etc. Uma discussão num botequim de periferia pode  terminar em morte. A privação do emprego, do salário digno, da educação, da saúde, do transporte público, da moradia, da segurança alimentar, tudo isso pode ser compreendido, considerando que incide sobre direitos assegurados por nossa Constituição, como tantas outras formas de violência.

  (Silvio Caccia Bava. Le Monde Diplomatique Brasil, agosto 2010. Adaptado.)


A
as formas de violência mais difíceis de eliminar são aquelas relacionadas aos assassinatos e aos acidentes fatais de trânsito
B
os assassinatos com armas de fogo, nas periferias, constituem a face perversa da impunidade exercida pela polícia.
C
nossa Constituição assegura direitos restritos aos negros, aos índios e aos gays e, assim, eles costumam também ser alvo de muita violência.
D
como causa de mortalidade, os acidentes de trânsito são quase tão importantes quanto os assassinatos, no ranking da violência no Brasil.
E
o conjunto das mortes pela violência – assassinatos, acidentes de trânsito e constrangimentos a vários grupos sociais – onera os cofres do Estado.
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UNIFESP 2010 - Português - Pronomes pessoais oblíquos, Morfologia - Pronomes

Leia o texto.

  Dimitria cursava a oitava série no colégio e desapareceu durante as férias de julho de 2008. Segundo a polícia, a garota avisou que iria viajar em companhia do caseiro, mas nunca mais foi vista. (...) De acordo com a polícia, [o caseiro] Silva disse que matou a menina porque era apaixonado
por ela, mas ela não o correspondia.
(Folha de S.Paulo, 16.08.2010.)

No texto, há um erro gramatical. O tipo de erro e a versão que o corrige estão, respectivamente, em

A
uso de conectivo – Silva disse no depoimento o qual matou a menina (...)
B
uso de pronome – (...) porque era apaixonado por ela, mas ela não correspondia.
C
uso de conectivo – (...) iria viajar em companhia do caseiro, porém nunca mais foi vista.
D
uso de adjetivo – (...) porque era obcecado por ela, mas ela não o correspondia.
E
uso de verbo – Dimitria frequentava a oitava série no colégio (...)
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UNIFESP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o texto.
 
O cyberbullying é um problema crescente justamente porque os jovens usam cada vez mais a tecnologia. Ana, 13 anos, já era perseguida na escola – e passou a ser acuada, prisioneira de seus agressores via internet. Hoje, vive com medo e deixou de adicionar “amigos” em seu perfil no Orkut. Além disso, restringiu o acesso ao MSN. Mesmo assim, o tormento continua. As meninas de sua sala enviam mensagens depreciativas, com apelidos maldosos e recados humilhantes, para amigos comuns. Os qualificativos mais leves são “nojenta, nerd e lésbica”. Outros textos dizem: “Você deveria parar de falar com aquela piranha” e “A emo já mudou a sua cabeça, hein? Vá pro inferno”. Ana, é claro, fica arrasada. “Uso preto, ouço rock e pinto o cabelo. Curto coisas diferentes e falo de outros assuntos. Por isso, não me aceitam.”
(Beatriz Santomauro. Nova Escola, junho/julho 2010. Adaptado.)

Conforme o texto


A
o desenvolvimento da tecnologia extinguirá o proble- mas do cyberbullying entre os jovens.
B
apenas os jovens que não frequentam a escola são perseguidos implacavelmente pela internet
C
Ana é vítima do cyberbullying porque tem gostos e interesses que seu grupo social não aprecia.
D
os qualificativos enviados pelas colegas de sala a amigos comuns levaram Ana a usar preto e pintar o cabelo.
E
a restrição do acesso ao MSN e o uso mais limitado do Orkut eliminam, significativamente, problemas de cyberbullying.
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UNIFESP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

De acordo com o texto,

A palavra bullying ainda é pouco conhecida do grande público brasileiro. De origem inglesa e ainda sem tradução no Brasil, é utilizada para qualificar comportamentos violentos no âmbito escolar, tanto de meninos quanto de meninas. Dentre esses comportamentos podemos destacar as agressões, os assédios e as ações desrespeitosas, todos realizados de maneira recorrente e intencional por parte dos agressores. É fundamental explicitar que as atitudes tomadas por um ou mais agressores contra um ou alguns estudantes, geralmente, não apresentam motivações específicas ou justificáveis. Isso significa dizer que, de forma quase “natural”, os mais fortes utilizam os mais frágeis como meros objetos de diversão, prazer e poder, com o intuito de maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar suas vítimas. E isso,  invariavelmente, produz, alimenta e até perpetua muita dor e sofrimento nos vitimados.


A
os estudantes mais fortes usam de sua prepotência e do constrangimento e intimidação dos mais frágeis, com o objetivo de se divertirem.
B
as ações violentas, praticadas no ambiente escolar, são invariavelmente frequentes, involuntárias e motivadas por sofrimentos dos agressores.
C
o sofrimento proveniente das manifestações violentas na escola pode demandar tratamentos dispendiosos, porém eficientes.
D
em geral, as agressões sofridas pelos alunos não são gratuitas e possuem causas cada vez mais claramente identificáveis.
E
a humilhação e o medo a que são submetidas as vítimas do bullying são consequências naturais da sociedade contemporânea.
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UNIFESP 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Segundo o texto,

A palavra bullying ainda é pouco conhecida do grande público brasileiro. De origem inglesa e ainda sem tradução no Brasil, é utilizada para qualificar comportamentos violentos no âmbito escolar, tanto de meninos quanto de meninas. Dentre esses comportamentos podemos destacar as agressões, os assédios e as ações desrespeitosas, todos realizados de maneira recorrente e intencional por parte dos agressores. É fundamental explicitar que as atitudes tomadas por um ou mais agressores contra um ou alguns estudantes, geralmente, não apresentam motivações específicas ou justificáveis. Isso significa dizer que, de forma quase “natural”, os mais fortes utilizam os mais frágeis como meros objetos de diversão, prazer e poder, com o intuito de maltratar, intimidar, humilhar e amedrontar suas vítimas. E isso,  invariavelmente, produz, alimenta e até perpetua muita dor e sofrimento nos vitimados.


A
embora a palavra bullying ainda não seja muito familiar em nosso país, com o tempo ela se tornará quase natural para nós.
B
os comportamentos violentos de garotos e garotas, em contexto escolar, têm recebido a denominação inglesa de bullying.
C
mesmo ignorado pela maior parte das pessoas, o termo bullying designa um fenômeno que está sendo encarado com crescente naturalidade.
D
a falta de uma tradução para a palavra inglesa bullying provoca dificuldades para qualificar comportamentos violentos na escola.
E
somente a metade das manifestações violentas, na escola, qualificadas como bullying, apresenta motivações justificáveis.