Questõesde UERJ sobre Português

1
1
Foram encontradas 453 questões
ecd24217-b9
UERJ 2016 - Português - Interpretação de Textos, Estrutura das Palavras: Radical, Desinência, Prefixo e Sufixo, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Morfologia

Quase hiper-realisticamente vivenciei a primeira noite de minha vida. (l. 9)

Na palavra destacada, o acréscimo do prefixo hiper indica ideia de:

A
ampliação
B
hierarquia
C
proporção
D
simultaneidade
ecc9abfe-b9
UERJ 2016 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No poema, há marcas de linguagem que remetem tanto à poeta quanto a seus leitores.

Uma dessas marcas, referindo-se unicamente ao leitor, está presente no seguinte verso:

A
como o passado nas pedras nos móveis no rosto (v. 8)
B
das pessoas que conhecemos (v. 9)
C
pense em como do lodo primeiro surgiu esta poltrona este livro (v. 15)
D
à frente de nós à frente deles (v. 17)
65ccf414-b9
UERJ 2015, UERJ 2015, UERJ 2015 - Português - Morfologia - Verbos

O primeiro parágrafo expõe projeções passadas sobre possibilidades de um futuro regido pela internet.

O recurso linguístico que permite identificar que se trata de projeção e não de fatos do passado é o uso da:

O FUTURO ERA LINDO


Marion Strecker

Adaptado de Folha de São Paulo, 29/07/2014.

A
forma verbal
B
pontuação informal
C
adjetivação positiva
D
estrutura coordenativa
65dade19-b9
UERJ 2015, UERJ 2015, UERJ 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A narrativa condensada do texto sugere uma crítica relacionada à educação, tema anunciado no título.

Essa crítica dirige-se principalmente à seguinte característica geral da vida social:

A EDUCAÇÃO PELA SEDA

Vestidos muito justos são vulgares. Revelar formas é vulgar. Toda revelação é de uma vulgaridade abominável.
Os conceitos a vestiram como uma segunda pele, e pode-se adivinhar a norma que lhe rege a vida ao primeiro olhar.
Rosa Amanda Strausz
Mínimo múltiplo comum: contos. Rio de Janeiro: José Olympio, 1990.
A
problemas frequentes vividos na infância
B
julgamentos superficiais produzidos por preconceitos
C
dificuldades previsíveis criadas pelas individualidades
D
desigualdades acentuadas encontradas na juventude
abe8838b-f9
UERJ 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No final da peça, Joana fala do “sofrimento de conviver com a tragédia todo dia”.

Em relação a esse sofrimento, a personagem tem uma reação que consiste em:

JOANA:

                  (...)

                   A Creonte, à filha, a Jasão e companhia

                   vou deixar esse presente de casamento

                   Eu transfiro pra vocês a nossa agonia

                    porque, meu Pai, eu compreendi que o sofrimento

                    de conviver com a tragédia todo dia

                    é pior que a morte por envenenamento

                    (...)

A
conter emoção excessiva
B
provocar dor desmedida
C
despertar memória repulsiva
D
manifestar opinião agressiva
abec24f5-f9
UERJ 2019 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

A obra de Chico Buarque e Paulo Pontes inspira-se na tragédia clássica “Medeia” para denunciar “uma tragédia brasileira”, conforme se observa no subtítulo da obra.


Essa denúncia expõe o seguinte problema:

JOANA:

                  (...)

                   A Creonte, à filha, a Jasão e companhia

                   vou deixar esse presente de casamento

                   Eu transfiro pra vocês a nossa agonia

                    porque, meu Pai, eu compreendi que o sofrimento

                    de conviver com a tragédia todo dia

                    é pior que a morte por envenenamento

                    (...)

A
racismo violento
B
alienação política
C
estratificação social
D
progresso sem limite
abdc3e90-f9
UERJ 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

JOANA:


O pai e a filha vão colher a tempestade

A ira dos centauros e de pomba-gira

levará seus corpos a crepitar na pira

e suas almas a vagar na eternidade

Os dois vão pagar o resgate dos meus ais

Para tanto invoco o testemunho de Deus,

a justiça de Têmis e a bênção dos céus,

os cavalos de São Jorge e seus marechais,

Hécate, feiticeira das encruzilhadas,

padroeira da magia, deusa-demônia,

falange de Ogum, sintagmas da Macedônia,

suas duzentas e cinquenta e seis espadas,

mago negro das trevas, flecha incendiária,

Lambrego, Canheta, Tinhoso, Nunca-visto,

fazei desta fiel serva de Jesus Cristo

de todas as criaturas a mais sanguinária

(...)


A invocação de Joana, que revela uma característica da religiosidade brasileira, é organizada por meio de certo recurso literário.

Esse recurso e a característica da religiosidade são nomeados, respectivamente, como:

A
gradação e fé
B
polifonia e culpa
C
dramaticidade e formalidade
D
intertextualidade e sincretismo
abe2962d-f9
UERJ 2019 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

JOANA:

(...)

Seu povo é que é urgente, força cega,

coração aos pulos, ele carrega

um vulcão amarrado pelo umbigo

Ele então não tem tempo, nem amigo,

nem futuro, que uma simples piada

pode dar em risada ou punhalada

Como a mesma garrafa de cachaça

acaba em carnaval ou desgraça

(...)


Na caracterização do povo brasileiro feita por Joana no trecho acima, observa-se uma sequência da seguinte figura de linguagem:

A
ironia
B
paródia
C
antítese
D
eufemismo
abe5818e-f9
UERJ 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

JOANA:

(...)

Já lhe dei meu corpo, não me servia

Já estanquei meu sangue, quando fervia

Olha a voz que me resta

Olha a veia que salta

Olha a gota que falta

Pro desfecho da festa

Por favor

Deixa em paz meu coração

Que ele é um pote até aqui de mágoa

E qualquer desatenção

− faça não

Pode ser a gota d’água

(...)


A expressão “gota d’água” é uma metáfora que expressa o sentimento de Joana.

Dentre os acontecimentos da peça vividos pela personagem, aquele que se torna a gota d’água é:

A
a traição de Nenê
B
o conselho de Egeu
C
o desprezo de Alma
D
o casamento de Jasão
abdf4974-f9
UERJ 2019 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

CREONTE:


Esperem um pouco

Eu preciso de alguém pra refletir

comigo se eu estou caduco, louco,

ou o mundo está ficando esquisito...

Fazem baderna, chiam, quebram trem,

Quebram estação, muito bem, bonito

E a gente inda tem que dizer amém

(...)


JASÃO:

Não discuto quebrar... Agora

quem às três da manhã tá de olho aberto,

se espreme pra chegar no emprego às sete,

lá passa o dia todo, volta às onze

da noite pra acordar a canivete

de novo às três, tinha que ser de bronze

pra fazer isso sempre, todo dia

(...)


Na resposta de Jasão a Creonte, o uso da palavra “agora”, sublinhada acima, possui função argumentativa, expressando sentido de:

A
condição
B
oposição
C
conclusão
D
explicação
abd95b95-f9
UERJ 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

JASÃO:


Puxa, mestre, o senhor é cismento

Eu já lhe falei pra levantar

grana num banco. Aí moderniza

a oficina, põe pra trabalhar

uns empregados e nem precisa

forçar a vista. Fica ali só

na administração... (Levantando)


EGEU:

(Com autoridade) Presepada,

menino... Tira esse paletó

e senta aí. Que banco que nada!

Senta duma vez, eu tou mandando

Pega o alicate e a chave de fenda

e vai matutando, matutando,

até que você um dia aprenda

a ser dono da sua consciência


A reação de Mestre Egeu se baseia em uma avaliação implícita acerca de Jasão. De acordo com essa avaliação, o compositor se caracteriza como uma pessoa:

A
manipulada pelo sogro
B
enganada pelos amigos
C
inexperiente com trabalho
D
irresponsável com dinheiro
abd6582c-f9
UERJ 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

JOANA:


(...)

Olhando eles assim, sem sofrimento,

imóveis, sorrindo até, flutuando,

olhando eles assim, fiquei pensando:

podem acordar a qualquer momento

Se eles acordam, minha vida assim

do jeito que ela está destrambelhada,

sem pai, sem pão, a casa revirada,

se eles acordam, vão olhar pra mim

Vão olhar pro mundo sem entender

Vão perder a infância, o sonho e o sorriso

pro resto da vida... Ouçam, eu preciso

de vocês e vocês vão compreender:

duas crianças cresceram pra nada,

pra levar bofetada pelo mundo,

melhor é ficar num sono profundo

com a inocência assim cristalizada


O fragmento da cena acima contém um índice, para os leitores, da construção da história. A função desse índice é:

A
provocar catarse
B
preparar o desfecho
C
caracterizar o cenário
D
apresentar a personagem
abcc0976-f9
UERJ 2019 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Para expor um ponto de vista, o autor se vale de ironia no seguinte trecho:


A
arma de mobilização eleitoral que o populismo de direita não inventou agora. (ℓ. 7-8)
B
o mar de lama do Palácio do Catete ganhou um ar até bucólico de poça d’água, (ℓ. 14-15)
C
Na tradição rural – vastíssima nos sentidos geográfico e histórico (ℓ. 17)
D
O oceano goza de boa reputação científica como provável criadouro da vida (ℓ. 29)
abcee246-f9
UERJ 2019 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia

Ao recuperar os sentidos atribuídos à palavra “lama”, Sérgio Rodrigues indica que as metáforas se caracterizam como:


A
emocionais
B
universais
C
racionais
D
culturais
abd28129-f9
UERJ 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

JASÃO:


Eu só não gosto

de deixar este fim de mundo sem levar

tudo o que sempre foi pra mim a vida inteira

Uma alegria ou outra, um pouco de saudade,

meus filhos, minha carteira de identidade,

cada bagulho, meu calção, minha chuteira,

a mesa do boteco, o time de botão,

tanto amigo, tanto fumo, tanta birita,

que dava pra botar na sala de visita

mas ia atrapalhar toda a decoração...

(...)


As recordações de Jasão atrapalhariam a decoração da casa nova pois representam o seguinte elemento de sua vida:

A
origem pobre
B
infância traumática
C
educação precária
D
família desajustada
abc67708-f9
UERJ 2019 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A história da expressão “mar de lama”, relatada por Sérgio Rodrigues, reforça uma ideia apontada no texto O que nossas metáforas dizem de nós.


Essa ideia está sintetizada na seguinte frase do texto base:

https://qcon-assets-production.s3.amazonaws.com/images/provas/65675/prova_Uerj.jpg

A
Com frequência são nossa bússola invisível, orientando tanto os gestos instintivos que fazemos como as decisões mais importantes que tomamos. (ℓ. 10-12)
B
É muito provável que aqueles que concebem a vida como uma cruz e os que a entendem como uma viagem não reajam da mesma forma ante um mesmo dilema. (ℓ. 12-13)
C
As figurações dão coesão às identidades coletivas, pois circulam sem cessar até se incorporarem à linguagem cotidiana. (ℓ. 20-21)
D
As boas metáforas nos trazem outras perspectivas, fronteiras menos rígidas e novas categorizações que substituem aquelas já desgastadas. (ℓ. 36-37)
abc9123a-f9
UERJ 2019 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Metáforas são um perigo. (. 1)

No primeiro parágrafo do texto Com a lama na alma, o autor dá um tratamento metafórico à própria metáfora.

Esse procedimento é exemplificado pelo seguinte trecho:


A
jorram pelas encostas do sentido literal, (. 1-2)
B
fenômeno menos raro do que parece, (. 2)
C
poder de destruição física. (. 2)
D
expressão brandida pela UDN (. 4)