Questõesde UERJ 2011 sobre Português

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UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Essas coisas verdadeiras podem não ser verossímeis. (l. 22)

Com a frase acima, o escritor lembra um princípio básico da literatura: a verossimilhança − isto é, a semelhança com a verdade − é mais importante do que a verdade mesma.

A melhor explicação para este princípio é a de que a invenção narrativa se mostra mais convincente se:

A
parece contar uma história real
B
quer mostrar seu caráter ficcional
C
busca apoiar-se em fatos conhecidos
D
tenta desvelar as contradições sociais
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UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Normalmente, é possível omitir elementos de construção de frases sem dificultar a compreensão do leitor, uma vez que ficam subentendidos pelo conjunto da própria estrutura ou pela sequência em que se apresentam.

O exemplo do texto em que há omissão de elementos de construção de frases, sem prejuízo da compreensão, é:

A
com o decorrer do tempo, ia-me parecendo cada vez mais difícil, quase impossível, redigir esta narrativa. (l. 3-4)
B
Se ele existisse, ver-me-ia propenso a consultá-lo a cada instante, mortificar-me-ia por dizer com rigor a hora exata de uma partida, (l. 18-19)
C
Afirmarei que sejam absolutamente exatas? Leviandade. (l. 25)
D
Com esforço desesperado arrancamos de cenas confusas alguns fragmentos. Dúvidas terríveis nos assaltam. (l. 30-31)
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UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Nesta reconstituição de fatos velhos, neste esmiuçamento, exponho o que notei, o que julgo ter notado. (l. 25-26)

O uso do verbo “julgar”, no fragmento acima, promove uma correção do que estava dito imediatamente antes.

Essa correção é importante para o sentido geral do texto porque:

A
questiona a validade de romancear fatos
B
minimiza o problema de narrar a memória
C
valoriza a necessidade de resgatar a história
D
enfatiza a dificuldade de reproduzir a realidade
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UERJ 2011 - Português - Uso dos conectivos, Sintaxe

Não resguardei os apontamentos obtidos em largos dias e meses de observação: num momento de aperto fui obrigado a atirá-los na água. (l. 15-16)

O fragmento acima poderia ser reescrito com a inserção de um conectivo no início do trecho sublinhado.

Esse conectivo, que garantiria o mesmo sentido básico do fragmento, está indicado em:

A
porque
B
embora
C
contudo
D
portanto
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UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Ter enxaqueca não era para todos, (l. 2)

Considerando que a afirmação acima não pode ser verdadeira, conclui-se que ela é feita para expressar outro sentido, menos literal.

O sentido expresso pela afirmação, no texto, pode ser definido como:


A
metonímico
B
hiperbólico
C
metafórico
D
irônico
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UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em sua reflexão acerca das possibilidades de recompor a memória para escrever o livro, o narrador utiliza um procedimento de construção textual que contribui para a expressão de suas inquietudes.

Tal procedimento pode ser identificado como:

A
encadeamento de fatos passados
B
extensão de parágrafos narrativos
C
sequência de frases interrogativas
D
construção de diálogos presumidos
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UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Memórias do cárcere, do romancista Graciliano Ramos, contam as desventuras do autor enquanto foi preso político no Presídio da Ilha Grande, em 1936.

Apesar de ser um livro autobiográfico, o autor expõe, logo na abertura, as dificuldades de reconstrução da memória.

A consciência de Graciliano Ramos em relação ao caráter parcialmente ficcional das suas memórias está evidenciada no seguinte trecho:

A
Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, (l. 1)
B
Também me afligiu a ideia de jogar no papel criaturas vivas, (l. 6)
C
Outros devem possuir lembranças diversas. (l. 26-27)
D
conjugam-se, completam-se e me dão hoje impressão de realidade. (l. 27-28)
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UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Graciliano Ramos busca dar uma explicação mais objetiva ao leitor sobre os motivos que justificam seu relato. Entretanto, já nesta explicação, o autor lança mão de recursos da linguagem figurada, frequentes no discurso literário.

O fragmento do texto que melhor exemplifica o uso de linguagem figurada é:

A
dar-lhes pseudônimo, fazer do livro uma espécie de romance; (l. 7-8)
B
Outros permaneceram junto a mim, ou vão reaparecendo (l. 13)
C
quantas demoradas tristezas se aqueciam ao sol pálido, (l. 19-20)
D
às vezes necessitamos confirmação, apelamos para reminiscências alheias, (l. 34-35)
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UERJ 2011 - Português - Advérbios, Morfologia

As palavras classificadas como advérbios agregam noções diversas aos termos a que se ligam na frase, demarcando posições, relativizando ou reforçando sentidos, por exemplo.

O advérbio destacado é empregado para relativizar o sentido da palavra a que se refere em:

A
utilizá-las em história presumivelmente verdadeira? (l. 8-9)
B
Certamente me irão fazer falta, (l. 17)
C
Afirmarei que sejam absolutamente exatas? (l. 25)
D
desenterrarmos pacientemente as condições que a determinaram. (l. 36-37)
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UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O segundo parágrafo do texto revela mais claramente a compreensão do menino acerca daquela sociedade de papéis bem definidos, a partir da situação econômica de cada um.

O par de vocábulos, presentes no texto, que remete à divisão entre grupos sociais, tal como caracterizada pelo narrador, é:


A
chá – fantasmas
B
elegância – laçarote
C
privativa – verdadeira
D
encanados – espichado
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UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Além da comparação entre papéis sociais, há no texto outra comparação, implícita, que indica uma compreensão do narrador acerca de comportamentos na sociedade.

Essa comparação implícita está em:


A
menino, naqueles tempos, não dava opinião (l. 4)
B
Também se falava misteriosamente em “moléstias de senhoras” (l. 6)
C
Nunca me apareceu nenhuma. (l. 9)
D
até hoje me assombra este verso único: (l. 11-12)
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UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O texto de Mário Quintana se baseia em duas oposições: “gente bem” versus “criadas” e “este mundo” versus “o outro mundo”.

“O outro mundo” é representado, no texto, por alguns elementos evocados pelo narrador.
A expressão que melhor identifica tais elementos é:


A
ventos encanados
B
moléstias de senhoras
C
anúncios farmacêuticos
D
histórias de assombrações
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UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A não ser através d’ O tico-tico e da poesia de Camões, (l. 10-11)

A expressão em destaque torna a frase que ela introduz uma ressalva em relação ao que está enunciado anteriormente.

Essa ressalva evidencia que as leituras do poeta lhe davam a seguinte possibilidade:


A

rever suas crenças arraigadas

B
interagir com universos diferentes
C
superar uma alienação do presente
D
compreender a idealização da morte
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UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A tira traz um efeito de surpresa ao final, produzido pela cena inusitada de uma pessoa sentada no ar, como se isso fosse possível.

Esse efeito de surpresa se intensifica pelo fato de o último quadrinho contrastar com o seguinte aspecto da própria tira:

A
exposição parcial do cotidiano familiar
B
sugestão gradual de atitudes imprevisíveis
C
apresentação sequencial de ações rotineiras
D
referência indireta à solidão dos personagens
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UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Na tira do cartunista argentino Quino, utilizam-se recursos gráficos que lembram o cinema. A associação com a linguagem artística do cinema, que lida com o movimento e com o instrumento da câmera, é garantida pelo procedimento do cartunista demonstrado a seguir:

A
ressaltar o trabalho com a vassoura para sugerir ação
B
ampliar a imagem da mulher para indicar aproximação
C
destacar a figura da cadeira para indiciar sua importância
D
apresentar a sombra dos personagens para sugerir veracidade
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UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais

Essas coisas verdadeiras podem não ser verossímeis. (l. 22)


Com a frase acima, o escritor lembra um princípio básico da literatura: a verossimilhança − isto é, a semelhança com a verdade − é mais importante do que a verdade mesma.

A melhor explicação para este princípio é a de que a invenção narrativa se mostra mais convincente se:

A
parece contar uma história real
B
quer mostrar seu caráter ficcional
C
busca apoiar-se em fatos conhecidos
D
tenta desvelar as contradições sociais
e0ef66a5-b9
UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Normalmente, é possível omitir elementos de construção de frases sem dificultar a compreensão do leitor, uma vez que ficam subentendidos pelo conjunto da própria estrutura ou pela sequência em que se apresentam.

O exemplo do texto em que há omissão de elementos de construção de frases, sem prejuízo da compreensão, é:

A
com o decorrer do tempo, ia-me parecendo cada vez mais difícil, quase impossível, redigir esta narrativa. (l. 3-4)
B
Se ele existisse, ver-me-ia propenso a consultá-lo a cada instante, mortificar-me-ia por dizer com rigor a hora exata de uma partida, (l. 18-19)
C
Afirmarei que sejam absolutamente exatas? Leviandade. (l. 25)
D
Com esforço desesperado arrancamos de cenas confusas alguns fragmentos. Dúvidas terríveis nos assaltam. (l. 30-31)
e0e16a9b-b9
UERJ 2011 - Português - Uso dos conectivos, Sintaxe

Não resguardei os apontamentos obtidos em largos dias e meses de observação: num momento de aperto fui obrigado a atirá-los na água. (l. 15-16)


O fragmento acima poderia ser reescrito com a inserção de um conectivo no início do trecho sublinhado.

Esse conectivo, que garantiria o mesmo sentido básico do fragmento, está indicado em:

A
porque
B
embora
C
contudo
D
portanto
e0e8d2b9-b9
UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Nesta reconstituição de fatos velhos, neste esmiuçamento, exponho o que notei, o que julgo ter notado. (l. 25-26)


O uso do verbo “julgar”, no fragmento acima, promove uma correção do que estava dito imediatamente antes.

Essa correção é importante para o sentido geral do texto porque:

A
questiona a validade de romancear fatos
B
minimiza o problema de narrar a memória
C
valoriza a necessidade de resgatar a história
D
enfatiza a dificuldade de reproduzir a realidade
e0e55733-b9
UERJ 2011 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Redação - Reescritura de texto

Em sua reflexão acerca das possibilidades de recompor a memória para escrever o livro, o narrador utiliza um procedimento de construção textual que contribui para a expressão de suas inquietudes.


Tal procedimento pode ser identificado como:

A
encadeamento de fatos passados
B
extensão de parágrafos narrativos
C
sequência de frases interrogativas
D
construção de diálogos presumidos