Questõesde UEFS 2011 sobre Português

de vocativos e imperativos, elementos próprios de uma prece.

da seleção vocabular e de hipérbatos, aspectos presentes em poemas líricos religiosos.

de metáforas rebuscadas em paralelo às expressões dialetais, próprias da segunda geração modernista.

da linguagem culta e formal, comum em textos religiosos que retomam características barrocas e românticas.

do diálogo e da variação coloquial, próprios da linguagem oral, valorizada pelos escritores da primeira geração modernista.

“Meu Deus” (v. 1) é uma apóstrofe que introduz, em tom irônico, a relação do sujeito poético com o seu interlocutor.

“que se veste/ de humildade e esperança” (v. 4-5) apresenta uma prosopopeia, sugerindo um comportamento incomum do sujeito lírico diante de Deus.

“braços estendidos” (v. 14) é uma metonímia que reproduz a imagem dos seres que têm seus braços voltados para o alto, pedindo a ajuda divina.

“chover a chuva boa” (v. 17) é uma hipérbole, que denuncia a escassez de água no Nordeste.

“qual cantada de Bach” (v. 19) é uma comparação crítica, procurando traduzir a sensação utópica dos nordestinos em relação à perspectiva de dias melhores.

expressa-se em um tom individualista, à medida que pede em nome de projetos pessoais.

dialoga com Deus, na condição de homem nordestino, privado de todos os direitos básicos.

denuncia a desigualdade social alicerçada na política injusta dos governantes, que sempre estão no poder.

exterioriza seu sentimento de angústia e sofrimento por causa do abandono divino diante das injustiças sociais.

ironiza, na condição de ser humano, seu contato com Deus tão somente em momentos de necessidade.

o conhecimento compartilhado entre a narradora o leitor em relação à existência da aranha.

a simbologia do medo do filho da narradora, que reage imediatamente, matando a aranha.

a constatação de que aquela aranha era o elemento decisivo na extinção da esperança.

a ideia de que a aranha era um animal ausente da vida da narradora e de seu filho.

a presença do inseto esperança desencadeia sentimentos contraditórios na narradora.

o filho da personagem narradora fica deslumbrado e, ao mesmo tempo, pessimista diante do inseto.

a narradora-personagem depara-se, diante do inseto esperança, com seus próprios medos passados.

um fato cotidiano leva a narradora a refletir sobre suas escolhas no passado e suas consequências no presente.

a surpresa gerada pela presença do inseto é imediatamente substituída pela atitude prática e objetiva na resolução de um problema metaforizado na figura da aranha.

“embora, mesmo assim, nos sustente sempre.” (l. 3) encerra uma expressão hiperbólica do sujeito narrador em relação a sua própria atitude.

“Houve um grito abafado de um de meus filhos” (l. 5) sugere um sentimento espontâneo e destemido por parte da personagem.

“costuma pousar diretamente em mim, sem ninguém saber” (l. 10-11) é uma referência à percepção subjetiva e psicológica do sentimento esperança.

“— Ela se esqueceu de que pode voar” (l. 22) revela uma constatação consciente e irônica de que o ser humano perde, aos poucos, a perspectiva de ter esperanças.

“como se uma flor tivesse nascido em mim.” (l. 50-51) apresenta uma contradição irônica entre a delicadeza e beleza da flor e a presença imperceptível da esperança na vida da narradora.